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Escrito: 13.01.2022
Lançado: 15.01.2022

Se meus cálculos estiverem certos, ainda não estava com um mês, então quando tudo sob a montanha acontecesse eu teria dois próximo de três, e os três meses que Feyre levou até ir para a corte Noturna meu bebê estaria com quase seis meses de gestação, ela fica três meses na primaveril até de fato ir para Velares então estaria com oito de gestação, não lembro muito bem dos meses até que ela aceite a parceiria, porém tenho quase certeza que meu bebê irá nascer próximo a queda das estrelas, certo? Ou não, ela só aceita a parceira depôs de um ano que se conheceram, e eles se conheceram...

Tenho que levar em conta que ela aceita a parceira daqui a um ano, no caso no mesmo dia que meu bebê foi gerado. Então meu pequeno ou pequena nascerá dois meses antes... tá já chega Clare, foque em seus últimos minutos de paz antes da tormenta.

Me sento sobre o banco do piano, usava um elegante vestido verde água, ele era coberto de espirais no busto que quase se identificava com as obras do mar, sua calda era sem detalhes somente escorida até o chão cobrindo meus pés, um pequeno cinto de prata infeitada minha cintura, junta as mangas longas que iam até meus pulsos. Em meus cabelos brancos uma tiara de prata enfeitavam em meio às tranças delicadas que os seguia. Brincos de pérola azul adornava minhas orelhas.

Toco pequenas melodias sobre a tecla do elegante piano branco, deixo minha mente esvair por pequenos segundos enquanto toco a mesma melodia que cantava para meu pequeno Príncipe, ele deveria já ter atravessado para seu descanso eterno agora, deve ter envelhecido e tido netos e bisnetos. Ele deve ter sido feliz com sua esposa e filhos. Meu menininho.

Uma lâmina é colocada contra meu pescoço quando toco a última nota. Ergo meu olhar para o macho de pele verde musgo e orelhas de cabra, ele me olhava como uma assassina, em sua volta vários soldados com espadas prontas estava em pontos estratégicos, agradeço não ter criados na mansão.

Meus olhos claros focam em um macho ao canto, ele me olhava com dor, inclino levemente a cabeça em comprimento fazendo a lâmina em meus pescoço fazer um leve ferimento senti o sangue correr como uma única lágrima, lágrima essa que não liberaria.

— posso saber o motivo de tamanha visita? — Pergunto.

— Você está sendo acusada por nossa rainha. — Rhysand fala friamente — Agora humana, se não deseja uma morte dolorosa sujiro que se levante.

Rhysand queria me matar quando dei essa ideia, que ele me entregasse para Amarantha como a humana que Tamlin encontrou.  Era a única forma de entrar dentro de Sob a montanha sem chamar grandes suspeitas. Anos de planos, eles tinham que ser bem executados ou teremos sérios danos. Chegava a ser irônico ele ter negado, já que me entregou sem pensar duas vezes no livro para salvar Feyre.

×××

Sou jogada no chão aos pés de um trono, sentada a ele uma fêmea com longas cabelos ruivos e um dedo esquelético do pescoço, junto a um olho que estranhamente estava vivo, aquele era Jurian, um antigo herói de guerra. Ela exalava malícia e soberba. Era lamentável e ao mesmo tempo uma verdadeira imagem de poder feminino, afinal, ela tem a seus pés todos os Grão-Senhores e tudo feito com sua própria astúcia. Decepcionante que seja a inimiga.

— Olha o que temos aqui. — Ronrona se erguendo do trono — A amante de Tamlin, esperava algo mais... mortal? Ela não é uma descendente da estival?

— Ela não é minha rainha — um Grão-Feerico que não sei o nome fala ao fundo.

— é humana ? — pergunta a Rhysand.

— Uma mestiça que escolheu as terras humanas quando a muralha foi feita, não nasceu com poderes e por ironia do destino matou o lobo de Tamlin — ele fala sem me encarar.

Me arrumo no chão, com a lança do attros tão perto não podia me levantar. Podia estar no solo porém nunca deselegante, nunca mostre suas fraquezas, era isso que aprendi.

— Oh, então nunca foi uma humana a matar o lobo? — Ela fala divertida — faz sentido ele ter confundido, parece um dos raros mortais. — Ela gargalha segurando meu rosto com as afiadas garras. — Seu nome verme.

— Clare Beddor — tento não rosnar com o "verme"

— Clare... significa brilhante no dialeto feérico antigo, você não tem nada de brilhante — Aperta minha bocheca até que sangre. — matem essa imunda da melhor e mais dolorosa forma possível!

Grita para o salão.

— Parece que no final, Tamlin falhou. — Se vira me fazendo rir, isso pareceu a ter confundido, se vira mais uma vez em minha direção.  — Do que esta a rir, verme estúpido!

— É irônico achar que por ser uma mestiça não consiga quebrar seu reinado, subestimar seu oponente somente por aparência é um dos maiores erros que um governante poderia cometer — Fala calmamente — sendo mestiça tenho parte humana, sendo assim posso e vou mostrar do que um mestiço é capaz. Mesmo que não tenha nascido com poderes como vocês Feéricos superiores tanto se veneram.

Minto. Ela não precisava saber sobre meu lado Illyriano e muito menos que tenho poderes, como se entendesse sinto a energia de minha magia ondular dentro de mim querendo se libertar, o enterro fundo, tão fundo que nem a magia de Helion veria.

— Como ousa. — rosna.

— Mostre que é tão poderosa, estou disposta a fazer uma barganha valendo minha liberdade junto ao povo que você governa, cada alma que reside dentro e fora dessa fortaleza, se eu ganhar quero a libertação imediata. — Me ergo do chão arrumando meu vestido sem pressa. — De todos.

— Acha que consegue — rir amarga apertando suas unhas contra sua pele pálida — Acha que pode dar uma de herói e que tudo sairá bem?

— Teme o jogo? — inclino minha cabeça para o lado em falsa dúvida sorrindo maliciosamente para ela no final. — Teme perder?

— Nunca! — afima com raiva — Pós bem, você terá desafios valendo a liberdade de todos e a sua também. Se você ganhar irie libertar todos, mas se perder, você irá querer morrer no final.

— Quero a quebra da maldição dos Grão-Senhores, e a libertação de todos, imediatamente. Enquanto estiver aqui não faria tarefas além de meus desafios, vocês não podem me trocar. — coloco minhas mãos na frente de meu corpo as entrelaçando em uma postura ereta.

— Libertação da maldição dos Grao-senhores junto a libertação do povo e a sua também. — Ela rir — O que é isso, uma barganha de desespero?

— Uma garantia de que não irei ser passada para trás.

— Aceito.

— Aceito — confirmo antes de receber uma paulada na cabeça, eles sempre me apagam...



×××

A partir daqui a personalidade de Clare irá mudar um pouco, ela tem muito em jogo, não pode ajudar a todos. Isso inclui a morte de Feyre no final. Entre sua amiga e o futuro de seu bebê, está claro quem ela escolhe.


Corte De Sacrifícios Peculiares• Rhysand X Oc Onde histórias criam vida. Descubra agora