Clare Beddor era de fato uma criança peculiar para seu tempo, talvez isso seja culpa de seu pai, um ex herói de guerra com traumas, mas isso era o que Clare gostaria de usar como uma desculpa, o motivo de sua estranheza era por influência de nada ma...
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A sensação de cair em um buraco sem fim era uma lembrança constante em minhas memórias, caindo e caindo repetitivas vezes — era isso que acontecia em nossa morte? — Não era surpresa para mim que morri, não que houvesse medo em tais pensamentos, nascemos sabendo que esse um dia seria nosso final, gostava de pensar que era como um livros ao qual mesmo não quando ele chegaria ao final, o que nos restava era viver cada capítulo como se fosse o primeiro e último. Não me arrependo de minhas escolhas de vida, vivi cada momento como desejei, momentos peculiares e memoráveis. Não me casei não por falta de opção, e sim por não encontrar alguém que fizesse meu coração acelera, acho que talvez estivesse focada de mais em apreciar a música como se ela fosse meu próprio corpo e mente.
Não tive filhos gerados por mim mesma, porém tive Deneb uma criança ao qual conheci em uma de minhas viagens, ele estava morrendo em um beco qual quer de uma rua não muito movimentada, talvez tivesse sido seu tom de cabelo peculiar ou talvez os olhos tão pretos que se assemelhava a um buraco negro sem fim. Me apaixonei pela criança que salvei. Ele foi minha luz em meio a escuridão, o ensinei a ser diferente e ele foi diferente até o dia de minha morte, meu pequeno era um pai excepcional e um ótimo marido.
Então não, eu não tinha arrependimentos em minha vida, conheci culturas, experimentos sabores e temperos diferentes, vivi como se a música fosse meu mundo, apreciei a arte, construí uma família difente, eu Clare Beddor vivi cada capitulo de meu livro de forma extraordinária.
Então por que continuava caindo?
De novo E de novo Em um lupim sem fim Revivi tudo de novo e de novo.
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Algo macio, o cheiro de flores, chá e madeira era capotado facilmente por mim, minha pele estava gelada podia facilmente notar isso. E pela primeira vez em o que acho ser anos noto que não estava caindo. Onde estava, havia tudo sido um sonho?
Tento abrir os olhos, meu corpo estava pesado, conhecia essa sensação, era a mesma que sentir uma vez quando quase me afoguei na piscina em uma de minhas aulas de natação. Meus pulmões doem tanto que era doloroso respirar, meu corpo doia em todos os locais e por alguma razão me sentia diferente. Uso a pequena energia que consegui juntar e me forçar a abrir os olhos, minhas pálpebras doem antes conseguir abrir uma brecha, a claridade me fez recuar antes de me forçar mais uma a abrir.
