Capítulo 4: O amor que me segue.

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—E aí Per, o que você achou?— Algum dos caras pergunta.

Estava ocupado demais pensando naquela garota. Talvez isso seja estranho, eu nunca pensei em ninguém assim, mas aquela cena rebobina na minha mente por mais de 5 dias. Até hoje não vi mais ela, talvez eu esteja sendo bobo por achar que nos encontraríamos outra vez, ou que eu tenha o mínimo de coragem para falar com ela.

—Hein? Eu não escutei.— Volto a realidade percebendo todos os caras olhando em minha direção.
—Por que vocês ainda perguntam algo pro Dead? Sabem que ele só escuta a morte...uuuh— Euronymous fala com tom de ironia enquanto faz barulho de fantasma.
—Eu deveria...— Ofegante, fechei meus punhos com força, quase machucando meus dedos.
—Deveria o que? Hein seu idiota?— Abaixo minha cabeça ainda ofegante, mas percebo que todos estão rindo.
—Um dia...um dia eu ainda vou arrebentar a sua cara, você terá sorte se eu não te cortar em pedaços. É bom que você me deixe em paz Euronymous, eu estou avisando!— Senti meu corpo esquentar de tanta raiva, meus dentes rangem involuntariamente assim que terminei de falar.

Todos ficaram em silêncio me olhando de um jeito estranho, então Fenriz se levanta segurando uma garrafa de cerveja.

—Ah galera, vamos parar de brigar. Que tal comprar umas cervejas no mercado? Talvez a gente possa até ir naquele lago atrás da casa e fazer uma fogueira.— Todos se acalmaram e seguiram ele. Eu fui atrás, então subi na minha moto enquanto os outros foram de carro.

As vezes eu gosto de sair a noite com a minha moto em um lugar especial. Ninguém vai nesse lugar além de mim e os animais da floresta.
Apesar de toda a minha tristeza, há pequenas coisas que aprecio como a natureza, o vento gelado que só a noite pode proporcionar, o barulho da chuva ou dos lagos, os corvos que cantam tristemente e muitas outras coisas.
Nessa noite nublada, é difícil ver as estrelas, ainda mais na cidade com toda aquela poluição luminosa. Estrelas também me encantam.

Quando notei, já estávamos no mercado, então desci da moto e observei alguns pássaros famintos em volta da lata de lixo que ali está. Eles parecem realmente famintos, estão devorando um bolinho velho e outras coisas.

—Vem Pelle!— Fenriz me chama e entramos todos no mercado que está tão frio quanto lá fora.
—Quanto vocês tem?— Euronymous pergunta enquanto todos colocamos as mãos nos bolsos.— Vamos contar o dinheiro em cima daquelas caixas.

Fomos até lá, mas percebi que uma das câmeras do mercado estava nos seguindo, aquilo era estranho. Talvez pensem que somos marginais.

—Que merda, tudo isso aqui dá menos de 50 kroner.— Euronymous bate na madeira, dando um de seus chiliques, derrubando quase todo o dinheiro no chão.
—A gente pode pegar algumas coisas escondidas, não tem quase ninguém aqui.— Hellhammer dá uma estúpida ideia enquanto observa todo o lugar.
—Tem uma câmera nos seguindo, vamos ser presos se tentarmos qualquer coisa.—Eu disse com a cabeça baixa tentando disfarçar.
—Isso só vai acontecer se a gente for tão inútil quanto você e se entregar.— Euronymous responde, tentando me irritar, então saio de perto e pego um carrinho. —Coloquem algumas cervejas no carrinho, cigarros e algo pra comer. Menos aquele doce esquisito de pêssego que você comprou outro dia Necrobutcher, minha barriga ainda dói até hoje.

Amo-te morteOnde histórias criam vida. Descubra agora