13- Jensen Walker

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Alguém bate na porta e os olhos de Henrique se arregalam.
Faço sinal de silêncio e ele corre para o banheiro.
Enrolo-me no hobby de cetim e destranco a porta.
Ótimo!
Willian estava com seu samba canção tomando café que deve ter algumas gotas de whisky.

– Sério que foi tão fácil assim? – Willian entra no quarto.

Fecho a porta.

– Vai se foder! – Henrique sai do banheiro.
– Agora você pode descer e fazer uma média com a família, fingir que não pegou seus dois primos de primeiro grau na mesma noite em que chegou. – William me faz aquele sorrisinho contido dele.

– Eu vou saindo, não agüento esse humor do Willian logo cedo.

– É, vai mesmo. Não se esqueça  de ligar para Wanessa a convidando para o almoço em família hoje.

Henrique levanta o dedo do meio pra Willian deixando o quarto.

– Não transamos!
– O que? – Will faz espanto.

Sorrio para demonstrar minha mentira.
Will revira os olhos.

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Aproveito a falta do que fazer para ligar pra Matheus que não para de me mandar mensagem no MSN.

Ele atende o telefone.

– Pensei que nunca ia ligar. – Matheus faz questão de reclamar.
– Estou dando atenção a minha família, não estou com tanto tempo.
– Tanto tempo para seu namorado?
– Talvez.

Ficamos em silêncio.

– Sinto a sua falta.
– Também sinto a sua. – Minto.
– Não parece.

Que chatice é essa?

– Não tem como eu vir para o meio da minha família e ficar pendurada no telefone com você, não entende?

Henrique aparece à minha frente vestindo um samba canção e segurando alguns papéis. Ele ergue uma sobrancelha pra mim. Acompanho-o com os olhos, lindo...

– Matheus, eu vou desligar!
– Mas já? Eu mal conversei com você! – Mateus retruca.
– Mas eu preciso sair. Tchau, beijos!
– Estou odiando tudo isso!
– Eu preciso que você fale tchau, para que eu possa desligar.
– Tchau!

Coloco o telefone no guincho desligando a chamada.

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Meu pai entra no quarto enquanto faço as malas.
– Que isso Blake?
– Vou sair para outra cidade com Will.
– Uma viagem dentro de uma viagem?
– Isso, exatamente isso.
– Eu espero que tenha senso.
– Não vou me meter em confusões.
– Você já fez isso ontem.

Arqueio uma sobrancelha.

– Do que se refere?
– Estava jogando verde, mas pela sua expressão eu estava certo sobre minha desconfiança.
– Pai... – Reviro os olhos.
– Como eu disse, tenha senso ou você sofrerá sérias consequências.

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O carro de William era uma linda Mercedes conversível. Mas dessa vez vamos usar o carro blindado, ele disse que o local era público demais, também precisamos de um motorista pra hoje, já que vamos beber.

– Veja, não precisa ficar meio tímida no meio de todo o pessoal.
– Eu sei como me comportar.

Chegamos meio que pelos fundos da boate e fomos guiados por seguranças. Willian neste ano foi um destaque, acredito que ele esteja um pouco famoso.

A saga Refém - Condenados (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora