A saga Refém - Condenados (Finalizada)

25- Blake acorda

– Você foi um leão? – Diz ele com seu sotaque esquisito bebendo um velho whisky.

Olho aos meus redores e vejo que estou em casa, finalmente. Esse era o escritório do meu pai. Fico em observação como vir parar aqui de frente a esse homem.

– Eu sou um leão.

Ele sorrir. – Vamos ver isso agora.
– O que quer dizer com isso?

– Agora vem á parte que eu não te falei, o pós-vingança. Será um inferno, agora basta saber se você vai abraçar o capeta ou só vai se lamentar.

– A forma como você diz é um pouco ousada.

Ele joga a ponta do seu casaco trench para trás e coloca a mão no bolso. Com a outra mão ele ergue o seu copo de whisky a mim. – É a verdade, nua e crua.

– Poderia me dizer quem é você! – Eu realmente precisava saber quem era essa criatura que me guiou no meu pior momento.

– Alguém que você se arrependeria em conhecer.
– De novo isso?

O estranho se aproxima de mim, retirando sua mão do bolso ele segura meu queixo. – Volte para seu pai baby.

──────⊱◈⊰──────

Um clarão toma conta de tudo.

E de repente eu já não estava no escritório do meu pai. Na verdade eu não conseguia me identificar.

Um som vem á tona. Foco para identificá-lo.
Eu conheço esse barulho, é o som do eletrocardiograma.

Blake!

Também conheço essa voz, é da minha mãe.
Tento acordar, mas não consigo abrir os olhos.

– Filha? Você esta me ouvindo.
Quero falar, mas não consigo, é só meu subconsciente funcionando.
É normal, ela ainda esta acordando.
Alguém desconhecido conversa com minha mãe.

Droga!

Eu quero acordar! Ai meu Deus!
Será que estou cega? Será que aquele desgraçado me deixou cega? E muda? Eu não enxergo e não consigo falar.

E se eu tiver dado uma hemorragia cerebral e tirou minha visão e minha fala?

Não! Não! Não! – Grito por dentro.

O coração dela esta acelerando. Chame o médico!
Blake, minha filha se acalme! – Escuto a voz da minha mãe.

Eu quero acordar! Socorro! Cadê minha visão?

Injeta calmante, ela deve ter acordado, mas não consegue abrir os olhos e nem falar. – Retorna a voz estranha.
O que ele quis dizer com isso? Eu realmente perdi minha visão?
Não, socorro, eu não posso viver assim!
Sou desligada no mesmo momento.

──────⊱◈⊰──────

Abro os olhos e vou enxergando toda uma luz. Aquilo queimava meus olhos.
Minha boca estava seca e eu ansiava por água.

Blake! – Minha mãe aparece meio embaçado na minha frente.
– Mãe. – Sussurro bem baixinho.
– Consegue me ver?

Fecho meus olhos novamente e os abro. Agora eu enxergava melhor mas ainda estava ruim.

– Mãe... – Tento falar de novo, mas ainda sai baixo.
– Não se esforce muito, é normal está assim. Logo estará cem por cento.

Tenho flashback de noite anterior. Matheus com uma faca cravada dizendo suas últimas palavras e caindo ao meu lado.