3- Seu teto é de vidro

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Agosto, 7.
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Blake Ferretto!

Uma voz asquerosa invade meus sonhos.

Blake Ferretto!

O tom de voz aumenta.

Abro os olhos com a visão meio embaçada, vejo a imagem da minha figura paterna.

Ótimo!

– Droga! – Esfrego os olhos para acordar cem por cento.

Sento-me na cama e encaro meu pai com seus braços cruzados e muito zangado.

– Engraçado como eu estava em outro país e sua mãe ligou me informando a vida que esta levando em seguida por mera coincidência o diretor da sua escola me ligou informando a quantidade de faltas que levou nesse mês.

Ignorando total a sua bronca, levanto-me, usando apenas uma calcinha e uma camiseta grande vou atrás do meu roupão, que está atrás da porta do banheiro.

– Não se faça de surda caralho! – Edgar vem atrás de mim.

Visto meu roupão e desvio de Edgar que está atrás de mim. Vou sair desse quarto a voz dele esta muito alta aqui.

Edgar me segue me cobrando todo tipo de explicação.

Na sala está seu segurança que já transei, nossa, ele é uma delicia, meu pai nem sonha.

Passo por ele dando um sorriso irônico, ele logo desvia seu olhar, morre de medo do poderoso Edgar Ferretto descobrir seu maior pecado.

– Eu tenho que sair de Seattle para resolver esse tipo de problema porra! – Meu pai vem aos berros.

Jogo-me ao sofá.

A empregada vem ás pressas abrir as cortinas, ela já sabe da baixaria que está prestes á acontecer. Ela logo deixa a sala.
Edgar passa um olhar para o seu segurança que em seguida também deixa a sala.

Agora a sós, já sei todo o escândalo que há de vir.

– Me escuta aqui porra, eu te enfio em um internato e acabo com a sua vida.
– Você não tem mais esse poder desde quando eu o ameacei com fotos íntimas de você praticamente comendo minha amiga de dezenove anos.

Edgar é rápido ao pegar um cristal e arremessar na parede, o cristal passa me beirando poucos centímetros de distâncias.

Sorrio da sua cena. – Nossa! – Gracejo.

– Oh filha do satanás, você tem tudo o que quer. Era só viver a merda da sua vida e estudar, isso é muito para você? – Ele fala meio pirado fazendo gestos com as mãos. – Você me obrigou a te emancipar, ótimo e confortável para você. Mas a minha vida virou um grande inferno, eu não estou aguentando a sua mãe me enchendo a paciência todos os benditos dias da minha vida e você ao invés de colaborar ao menos indo para o inferno da sua escola, não, você tem que ficar igual um cão sobre a terra pra sua mãe me surtar ainda mais porra! – Edgar começa a caminhar de um lado para o outro.

Fico imóvel observando  todo seu desequilíbrio emocional. Hoje ele esta o puro nervos.

– Eu vou cortar sua mesada!
– Corta que eu vendo o carro, tv, geladeira até minha mãe e por fim viro puta de esquina, ai você vai ter que lidar com essa vergonha na família.
– Você é meu maior desgosto! – Edgar vem até a mim e ficar parado à minha frente com os braços cruzados. 
– Você também nunca foi um super pai! – Lembro a ele.

Edgar me encara por algum instante. Um silêncio pareia na sala.
Seu estresse estava tanto que sua pele branca estava avermelhada no momento.
Eu transparecia frieza, tentava não expressar minha aflição neste momento.

A saga Refém - Condenados (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora