A saga Refém - Condenados (Finalizada)

16- De volta a residência dos Ferretto

Outubro, 22.
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Ao entrarmos na residência do meu tio, já sou flagrada por Edgar Ferretto à minha espera.

– Eu não sei se faço você pagar agora ou depois da viagem.
– Pagar pelo o que? Eu te avisei.
– Você avisou a Willian que me avisou de algo que nem ele sabia direito.
– Bom, essa é a hora que eu me retiro. – Will me deixa com a encrenca e foge para seu quarto .
– Eu estava no Havaí.
–Eu sei porque você saiu em manchetes.
– O que? – O desespero já vem à tona.
– O que esperava? Que iria conseguir se esconder com alguém como Jensen Walker. Eu espero que isso faça parte dos seus planos.
– Pai isso não pode chegar no Brasil!
– Não deve ter chegado lá, reze pra ninguém descobrir sua identidade.

Vou imediatamente para o quarto. Preciso entrar em contato com Matheus que deve esta uma fera pelo tempo que passamos sem nos falar e agora isso, estou contando com a sorte dele não descobrir se não todo meu plano de arruinar Katlen vai por água abaixo.
Sento na cama e elaboro um plano. Algo que não reste dúvidas sobre onde e com quem eu estava. Se as matérias não tiver chegado ao Brasil, consigo me escapar fácil.

Alguém bate na porta.

Quem seria?

– Entra! – Ordeno.
Era Henrique vestido todo social em pleno fim de domingo.
– Para onde vai? – Aposto que vai sair com a sem sal.
– Jantar com Wanessa. – Ele entra no quarto.
Reviro os olhos. – Hum! – Não dou muito à mínima, eu precisava pensar em algo rápido.

Caminho de um lado para o outro impaciente atrás de um plano.

– Blake? – Henrique chama minha atenção.
– Sim, Henrique. – Olho para Henrique que está parado a minha frente.
– Não vai perguntar o que vir fazer aqui?
– O que veio fazer aqui? – Digo ríspida.
– Não sei como, mas seu namoradinho Matheus entrou em contato comigo. – Henrique é um pouco debochado ao dizer "namoradinho Matheus."

Oi?

– O que ele queria? O que você disse? – Anseio por respostas.
– Inventei que foi à casa de campo onde não havia internet, visita a vovó. E que só voltaria deus sabe quando.
Respiro fundo aliviada.
– E tem mais uma.

Só falta ele não ter acreditado.

Henrique joga uma revista em mim que cai no chão.

Ela cai de capa pra cima e logo avisto meu rosto bem pleno junto com Jensen.

– Fodeu! – Cato a revista no chão.
– Não! Jensen sai em revistas e jornais toda semana com uma garota diferente, você vai e foi só mais uma. A não ser que eles descubram quem é sua família, ai talvez renda conteúdo. Mas acho que não.

Respiro aliviada mais uma vez.

– Obrigada por livrar minha barra com Matheus. – Vou até Henrique e beijo sua bochecha. – Por isso é meu primo preferido!
– Não minta, eu sei que é Willian, por isso passou todo o seu tempo com ele. – Henrique me afasta de perto dele.
– Esta com ciúmes? – Estranho seu comportamento.
– Óbvio? Dois anos sem vir aqui e nem uma caminhada fez comigo.
– Transamos.
– Mas só porque eu Will apostou com você. – Henrique fala um pouco mais alto. – E outra, tudo pra você é sexo? Isso não significa nada. – Henrique de vira contra a mim e caminha rumo a porta do quarto.
– Como posso me redimir? – Vou atrás dele.
– Não precisa e não pode. Vou deixar você ligar pro seu namorado agora e confirmar a mentira que eu inventei para salvar sua pele. – Henrique apressa os passos e deixa meu quarto.

Reviro os olhos renegando o comportamento de Henrique. Quanto drama do caralho! Mas sempre foi assim, ele sente ciúmes de Willian comigo.

Se Henrique já resolveu tudo com Matheus, não tem o porque de ligar. Vou deixar pra falar com ele só quando chegar no Brasil depois de amanhã.

Sento na cama e folheto a revista, havia mais fotos minha com Jensen. Meu coração chega deu umas pontadas, acho que já estou sentindo falta do que vivi com ele em uma semana, porra... foi tão incrível!

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Mesmo sendo o tipo de pessoa que não esta nem ai pra ninguém, eu fiquei um pouco mexida por Henrique. Ele havia sido muito útil para mim então eu resolvir dar um ibope a ele.

Fui para seu quarto e esperei ele chegar do tal jantar com Wanessa. Programei um filme chato e entediante daqueles de guerra que ele tanto gosta e fiquei o aguardando.

Nesse prazo aproveitei para mandar mensagens pelo MSN pra Matheus reforçando a história de Henrique. Mas ele estava off, quando chegasse iria ver as mensagens.

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Desperto do meu cochilo com os chamados de Henrique.

– O que faz aqui? – Diz ele bem rude.
– Pensei em assistirmos um filme e conversar. Amanhã vou embora.
– Eu não vou tran...
– Henrique é só assistir filme de guerra e conversar, eu juro.

Henrique me avalia cerrando os olhos.

– Certo, qualquer tentativa eu te coloco para fora.

Sorrio de Henrique.

Ele fala em não transar, mas se despi na minha frente, parece até uma provocação. Ele veste um samba canção de estampa dólares.

– Anda logo! – Apresso-o.
Henrique pula na cama. – Aperta o play!