A saga Refém - Condenados (Finalizada)

17- Brasil

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Como eu não estava nem um pouco ansiosa para chegar em casa, dessa vez passar horas viajando me irritou e me deu um belo cansaço. Tudo que eu não ia querer lidar era com Matheus em cima de mim.
Planejo blefar dizendo que estou menstruada, e reparando agora ela esta atrasada. Mas não me anseio, ela é bem desregular. Apesar, que ultimamente eu tenho me arriscado com Matheus, era tudo que não poderia acontecer um filho do Matheus, mas também se acontecesse eu arrancaria o feto antes mesmo dele progredir.

– Então, gostou da viagem? – Meu pai tenta puxar assunto.
– Foi ótimo, do início ao fim.
– Sou bem próximo de Frank Walker, pai do garoto que você saiu.
– Jensen comentou que jogavam golfe.
– Espero que tenha se comportado. Eu não quero que Jensen faça comentários ruins sobre a filha de Edgar Ferretto.
Reviro os olhos.
– Eu me comportei, ok? Não fingir que era uma louca sem limites.
– Agora uma pergunta, Jensen sabe sua idade?
– Obviamente não, ele também não fez tanta questão de saber.
– Entendi, pois nos Estados Unidos isso dar uma tremenda cadeia. É bom ele rezar para ninguém descobrir sua identidade.
– Ele vive a sair com várias mulheres pai, ninguém vai fazer questão de saber quem sou.
– Esperamos.

Para minha péssima surpresa avisto o carro de Matheus estacionado em frente a residência da minha mãe. Ele não pode esperar eu chegar primeiro e já veio a minha espera.

– Seu namorado está aqui. – Edgar nota a presença de Matheus.
– Que ótimo. – Digo ironizando.
– Jantar em família, finalmente conhecer meu genro, que felicidade a minha! Digamos que estou ansioso para contar sobre nossa fantástica viagem em família.

– Isso, não se esqueça de falar que ficamos na casa de campo com a vovó, onde não tinha sinal e nenhuma rede de internet.

Meu pai sorrir, consigo ver o traço sarcástico em seu rosto.
Vamos direto à sala de estar que é onde Matheus e Selene devem está.
Aposto que minha mãe esta falando horrores sobre mim, se for pra falar mal de mim ela se empolga.
Chegando à sala encontramos quem já esperávamos.
Matheus tomava alguma bebida alcoólica e Selene um chá.
Os olhos de Matheus saltam em mim, logo ele abre um largo sozinho exalando sua covinhas. Estranho porque dessa vez ao invés de achá-lo um fofo, estou achando invasivo em esta na minha casa sem me comunicar e um chato por não ter esperado meu chamado para vir até a mim.
Ele logo se levanta, o primeiro a ser cumprimentado é meu pai, óbvio.
Observo seus olhos e movimentos e logo saco que estava drogado. Passo os olhos no relógio que ficava acima da TV, eram onze horas da manhã.

– Meu amor, quanta falta sua sentir. – Matheus me envolve em um abraço.
Até seu cheiro estava me irritando no momento.
– Deu pra perceber. – Digo tentando não parecer ser grossa.

Por cima de seu ombro minha mãe repara meu semblante e balança a cabeça em negação. Ela já sentiu que eu aprontei todas.

Afasto Matheus. E olho bem em seus olhos.

– Aparenta esta cansado.
– Ah... – Ele fica meio sem jeito. – Trabalhei muita essa semana, quase não dormir.

Sei.

Depois de toda recepção fomos almoçar. Minha mãe havia mandado preparar um belo almoço para nos receber. Ela sabe como a comida dos EUA é horrível. Corrijo, horrível não, mas diferente.

– Então, como foi a viagem? – Minha mãe quebra o silêncio na mesa.
– Chato. Você sabe como eu me sinto fora da casinha quando estou no meio da família do papai.
Minha mãe cerra os olhos para mim.
– Porque meu amor?
Meu amor... grr
– Lá é frio, não há nada de bom para fazer. Eu passo o dia inteiro com a vovó fazendo crochê.
Matheus franze o rosto.
– Sim, é isto.
– Não te imagino tão quieta assim.
– Ah, ela só para com o crochê pra tomar achocolatado. – Meu pai me olha fazendo um riso sínico.
– Por um momento pensei que você tinha caído nas farras por lá.
– Não, meus primos são bem cultos, eles detestam essas coisas. – Tomo um gole da minha água para parecer bem convincente.