18- Café na cama

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Novembro, 25.
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Um clarão invade minhas vistas, sou forçada a acordar.
Sento meio zonza na cama e me deparo com café da manhã em uma linda bandeja.
Olho para o rumo da claridade, enxergo Matheus abrindo a janela com um buquê de flores na mão. O sol termina de invadir todo o quarto.
Olho novamente para a enorme bandeja com morangos, mistos e suco natural, acompanhado também com vários chocolates.
– Bom dia meu amor! – Matheus me entrega o buquê de rosas vermelhas.
Estavam tão vivas que pareciam ter sido colhidas agora.
E sai o Matheus noiado e entra o meigo super romântico. E eu não tinha saco pra nenhum dos dois.
Olho para o relógio que ficava ao lado da cama, ele desligou meu despertador eu já estava atrasada para aula.
Salto da cama já tirando minha roupa indo direto para chuveiro. Eu não ia poder enrolar se não, nem no segundo horário conseguiria chegar.
– É sério isso? – Matheus vem atrás de mim até o banheiro.
– Atrasada para aula, não tenho tempo pra ficar de Love com você.
– Desculpa-me! Eu não sei onde eu estava com a cabeça ontem. – Diz Matheus com semblante de arrependido.
– Na droga! – Sou direta.
Matheus fica parado no box do chuveiro meio  cabisbaixo.
– Eu não me importo, só quero tomar banho ok? – Ensaboou meu cabelo.
– Não vai hoje, vamos ficar juntos fazer algo legal.
Porra, ele não cansa de tentar.
– Já faltei aula demais.
– Por isso mesmo, só mais um dia não vai fazer diferença.
– Não Matheus!
–Mas... – Matheus tenta insistir.
– Porra! Você vai me forçar a matar aula também? – Digo gritando.
Matheus me encara por alguns segundos e deixa o banheiro.
Porra... finalmente!
Eu não estou agüentando nem ver o seu rosto. Fora de cogitação eu passar o dia com ele. Acho que vou fugir dele esses dias e vou para casa da minha mãe.
Escuto barulho de algo se quebrando no quarto, não sei do que se trata, mas não vou lá. Vou terminar meu banho, é mais importante.
Chegando ao quarto me deparo com o café da manhã que Matheus trouxe todo no chão.
Começo a estranhar esse comportamento de Matheus, ele esta um pouco sem noção e agressivo. Isso é resultado de tanta droga.
Ignoro toda a bagunça, a empregada limpa isso depois. Vou me arrumar que ganho mais.
Planejo passar no Studio depois da aula, estou com saudade de Derek.
Coloco uma cinta-liga por baixo da camiseta do Pink floyd e saia jeans. Por fora rock, por dentro uma grande vadia má.

──────⊱◈⊰──────

Eu não sei o porquê, mas eu sentia tanta ansiedade em ir encontrar Derek. Sinceramente, acho que isso é gostar de alguém, bom se não for assim, pelo menos é o meu jeito de gostar de alguém.
Nos corredores da escola encontro Katlen. Ela vem contra a mim me encarando o tanto que consegue. Finjo a inexistência dela.

Vadia!

Mal sabe ela que vou foder com seu namorado agora.
Matheus pela primeira vez tinha passado a manhã sem me atormentar com suas inúmeras ligações, deve esta se drogando neste momento com algum noiado.
Eu precisava só de mais um tempo e poderia terminar com ele. Não o agüentava mais. Resolvi fingir que a noite de ontem nunca aconteceu, ele foi tão idiota comigo que eu ainda estava um pouco sem acreditar.
Subo no Studio de Derek. Primeira coisa que percebi foi à troca de funcionária, aposto que isso é coisa de Katlen.
– Diga a Dere...
Sou interrompida por Derek. – Não precisa.
Ele abre mais a porta para que eu entre.
A funcionária me repara bastante, será que ela esta com ciúmes ou o que?
– Já esperava por sua presença. – Derek se senta na sua mesa de atendimento.
– Ótimo.
Vou até ele e paro a sua frente. Ele me observa em silêncio. Beijo seus lábios e não sou respondida.

Droga!

– O que foi? – Ouso perguntar.
– Acompanhei você por sites americanos.
Ele sabe?
– Vi sobre Jensen Walker.
– Está obcecado em mim a esse ponto? – Questiono.
– Você sabe que sim.
Beijo seu pescoço que é coberto de tatuagens.
– Não foi nada.
– Eu não entendo, você diz me querer. Namora com outro, viaja e fica com outros.
– Eu senti tanta falta de você. Percebi que não importa com quem eu esteja Derek, é em você que penso, que quero. – Olho em seus olhos. – Eu gosto de você, do meu jeito, mas gosto. Se essa era a confissão que você precisava, aqui está.
Derek sorrir desviando sua visão de mim. – Talvez se eu fosse Matheus acreditaria em você.
– O que quer que eu faça? Para acreditar em mim.
– Termine com todos os seus brinquedos, e fique comigo.
– Tá.
– Tá?
– Isso.
– Você esta brincando?
– Não. Mas e você? Vai ser fiel a mim ou só me quer com amante novamente?
– Não, eu vou terminar com Katlen.
– Hoje?
– Hoje.
Beijo seus lábios que neste momento estão sorrindo. – Então estamos resolvidos. – Derek agarra meu cabelo. – Então fode comigo e mata minha saudade.
– Como quiser.
Ajoelho a sua frente.

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Visto minhas roupas e Derek faz o mesmo.
– Preciso te falar algo.
– O que?
Caminho até ele. – Por favor, tenha paciência, agora não é a hora. Eu e Katlen estamos brigando muito, se ficarmos juntos agora ela vai pensar que foi um ato de vigança e vai querer guerra comigo, e eu nunca vou poder viver em paz com você.
– Eu sabia que era ko seu, até parece que você teria coragem de largar tudo.
– Tudo o que? Matheus? Não, estou com ele por pena. Estou aguardando ele se reabilitar mais, ele esta péssimo tendo problemas com drogas e etc. Por isso também quero esperar.
– Desde quando virou essa pessoa boa?
– Eu sempre fui, só que nunca mostrei. – Faço um meigo riso para Derek.
– Quanto tempo?
– Pouco tempo! – Envolvo meus braços em Derek que me retribui com um beijo.
– Anseio para que seja minha.
– Esta mais perto do que possa imaginar.
Enquanto abraço Derek coloco meu batom em seu bolso sem que ele perceba. Sei que as tardes Katlen vem o visitar, hoje ela terá uma surpresa.

A saga Refém - Condenados (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora