Capítulo 1: O Início da Aventura

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Com o brilhante luar que presente se fazia para afastar o perpetuar das sombras, a luz da noite reinava pelas infinitas fronteiras do céu estelar. Vagando um singelo olhar pela imensidão do mundo selvagem, a brisa do vento guiava os perdidos pelos seus caminhos a trilhar.

Percorrendo as tranquilas águas que corriam pelo rio, trilhando as montanhas que ilustravam o horizonte e atravessando o sucinto silêncio da floresta, enfim, um lugar havia sido alcançado. Um pequeno vilarejo, não muito grande, refinado ou animado, apenas um ambiente calmo. Pelo decorrer das velhas cabanas que de madeira eram feitas, somente o vazio nas ruas se fazia presente. Para cada pessoa que habitava sua simples moradia, uma agradável noite de sonhos os preenchia.

Um lugar realmente tranquilo para se morar, no entanto, não é esse o ponto onde tudo começará. Aquele que dará início a essa aventura aqui não está.

Um pouco mais a frente, ao norte desse pequeno vilarejo, abandonando as cabanas e em um caminho de pedras entrando, um novo destino havia sido escolhido.

Ultrapassando rapidamente as estradas que todo dia um pacífico senhor percorria, passando por um pequeno riacho onde os peixes pulavam e, por fim, atravessando o bosque onde outrora algumas crianças brincavam. No final desse caminho, uma pequena cabana, que no topo de um íngreme penhasco foi-se construída, podia ser vista.

Vendo de fora, essa simples construção que de madeira era feita não parecia ter nada a se destacar, mas a estranha distância a qual ela se encontrava do próximo vilarejo era algo a se intrigar.

Observando mais de perto, era possível notar-se uma de suas janelas aberta, permitindo assim a entrada de uma leve brisa ao seu interior, um lugar humilde, sem nada a se surpreender. Um desgastado sofá e uma grande estante de livros era o que decorava toda a sala, uma simples cozinha e um singelo banheiro para as necessidades básicas e, para finalizar, um velho par de camas era o que compunha os quartos a descansar.

Uma humilde casa que possuía um único detalhe de vida, um jovem garoto que repousava sobre uma das camas. Com seus olhos fechados e sua respiração leve, o garoto estava imerso nos gentis braços de Morfeu.

O jovem, que não aparentava ter mais que os seus 15 ou 16 anos, parecia ser um dos dois moradores dessa casa. No geral, ele usava uma muda de roupas pretas que cobriam todo o seu corpo, entrando em um contraste direto com os seus puros cabelos brancos como a neve.

Traaansk!

Enquanto o jovem permanecia em seu sono profundo, um ranger ecoou pelo ambiente, a porta da entrada havia sido aberta. Adentrando o local, uma figura coberta por um manto escuro surgia. Sua estatura era alta e robusta, possivelmente masculina, somente sua volumosa barba branca podia ser vista através de seu manto.

Dando alguns passos, a estranha figura se posicionou em frente ao garoto inconsciente, assim o observando fixamente.

— Parece que... já começou a fazer efeito.

Falou o encapuzado. Sua voz, melancólica, parecia se dirigir diretamente ao garoto.

— Com a dose que eu te dei, deve ser o suficiente — ele suspirou levemente. — A hora chegou, eu não posso mais segurar o seu futuro. Agora, com um pequeno empurrão, você finalmente poderá se tornar o aventureiro que tanto almeja, Bell.

Não havia malícia em sua voz, apenas algumas breves palavras envoltas de sinceridade.

— Torço por sua glória, meu neto. Estando em Orario, você terá uma jornada árdua, repleta de perigos e ameaças, porém, envolta das maiores recompensas — seus punhos cerraram com força. — Estive o atrasando por tanto tempo, tudo pelo meu desejo egoísta de dá-lo uma juventude tranquila. Vejo que eu me envolvi demais com o papel de avô.

Dungeon ni Deai: O Caminho do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora