Dungeon ni Deai: O Caminho do Rei

Capítulo 11: Versus Minotauro

Com o seu brilho intenso o sol chegava para iluminar os céus. Um novo dia se iniciava na cidade dos aventureiros que se preparavam para explorar as profundezas do mais cruel labirinto.

— Logo teremos que ir.

Uma afirmação pacífica de alguém que observava um horizonte eterno.

— Ainda temos tempo.

Palavras confortáveis ditas a si mesma.

Neste momento essas duas princesas se encontram novamente no topo da muralha que cercava a imensa cidade, contudo, essa seria a última vez por um bom tempo.

Akame observava a vista além da cidade com um semblante calmo, saboreando ao máximo esses últimos momentos de paz. Em paralelo, Ais estava ao seu lado, sentada de joelhos com um dorminhoco coelho repousando sobre o seu colo. O mesmo ocorrido de sempre, um pequeno deslize acidental ao realizar um chute rápido e ele já estaria no chão.

— Não entendo, qual a lógica em fazer isso? — Akame perguntou enquanto olhava de relance.

— Ele irá se recuperar mais rápido assim — Ais respondeu sem grandes alarmes.

Sempre que perguntava, essa era a resposta que ela dava. A custava acreditar que essa história seria verdadeira, mas não havia muito o que ela pudesse dizer a respeito.

Ais seguia dando um travesseiro de colo ao coelho sonolento enquanto acariciava o seu macio pelo. Sua feição parecia contente, mas se vissem de perto seria possível notar um pequeno vestígio de dúvida em seu olhar.

— Acha que fizemos um bom trabalho?

— Huh?

— O treinando... Ele ficará bem só com isso? — A insegurança se apresentava em sua voz.

Mesmo que a princípio não tivesse grandes pretensões com esses poucos dias de treino, Ais desenvolveu uma genuína preocupação com suas capacidades de ensino. Um peso que começou a assolá-la no momento em que percebeu que o coelho usaria tudo o que ela ensinasse para encarar a Dungeon com suas próprias garras, arriscando assim sua própria segurança e vida.

— Não sei, apenas ajudei a refinar as falhas que perduraram com mais força. A base que você passou só ele poderá sentir se será o suficiente.

— ...

— Devemos confiar nele — Akame suspirou preocupada. — Ele quer ficar forte mais do que qualquer coisa, evitar que entre em perigo é como tentar inverter o curso de um rio.

Akame permanecia convicta das capacidades do albino, ela enxerga sua força, mas Ais parecia possuir suas próprias preocupações.

— Eu sei... Bell é muito mais forte do que eu era quando comecei, ele não deve ter problemas como um novato... Mas isso será o suficiente para um aventureiro que pertence a Buda Família?

— ...

— Famílias grandes possuem muitos inimigos, pessoas que não se importam se o oponente está em um mesmo nível — Ais voltou um olhar sério a Akame. — No momento em que for anunciado oficialmente que ele pertence a Buda Família, o mesmo alvo que está em nossas cabeças estará na dele também.

Akame ouvia as palavras de sua amiga atentamente, porém ela permanecia olhando para o horizonte. Sua postura era fria e decidida, não haviam possibilidades que ela já não tenha considerado.

— Não faz diferença, tudo permanecerá igual — não havia dúvidas em sua voz. — Se ele precisar ficar mais forte, eu o treinarei mais, se ele precisar ser salvo, eu o salvarei. Esse é o meu dever por tê-lo aceito como parte da minha família.