Dungeon ni Deai: O Caminho do Rei

Capítulo 12: Nível 2

Muito além de onde a humanidade deveria pisar, em uma terra de fogo e cinzas, uma guerra se desenrolava entre duas forças opostas que lutavam pelo título de vitorioso.

— Saía da minha frente se não quiser ser partido ao meio, pulguento!

— Han... Como se algo tão lento pudesse chegar perto de me tocar!

Um dos grupos que se envolvia neste embate não hesitava em proferir palavras ríspidas entre seus aliados, porém, de alguma maneira eles conseguiam manter um nível de trabalho em equipe nada inferior ao profissional. O amontoado de Flame Rocks que tentava combatê-lo se via esmagado por pouco menos de meia dúzia de aventureiros.

— O que deu neles? — Questionou um anão. — Desse jeito os novatos não irão aprender nada.

— He... estão motivados — mencionou Finn com um sorriso enigmático. — Deixe com que extravasem um pouco, seus corpos devem estar loucos para se provarem como aventureiros depois do que viram.

— Se refere a anomalia que teve nos andares superiores?

Em meio ao quadragésimo quinto andar, o anão que representa a força e resistência de Loki Família, Gareth Landrock, questionou seu velho amigo e capitão sobre os eventos que seus olhos não haviam visto. Após ponderar por alguns instantes, Finn respondeu em um tom compreensivo.

— Como aventureiros que ocupam o topo da escala, ver um simples novato fazendo o que eles não conseguem é como um tapa nos seus egos. Se nós fugimos do risco para evitar perder tudo o que construímos, aquele garoto se lançou nele para poder provar que pode construir algo.

— Está dizendo que uma demonstração das imprudentes chamas da juventude os deixaram motivados?

— Bem, acho que essa é uma forma de se ver as coisas... — Finn riu para si mesmo. — Apenas tenha certeza de lembrar do seu nome, garanto que no futuro ele ainda será muito falado.

— Hum, entendo... Qual é mesmo?

— Ham... Já não te disse antes? Seu nome é...

— Bell...

Em uma outra área do amplo salão rochoso, num pico elevado acima do campo de batalha, Ais Wallenstein deixou escapar essa única palavra de seus lábios.

— Já deve estar recuperado, acredito.

Ao seu lado, a melhor amiga que compartilhava seu hábito de poucas palavras. Se mantendo fora do que deveria ser um momento para os mais fracos do seu grupo ganharem experiência, Akame apenas imaginava o que ocorria fora do buraco em que estava.

— ...

— ... Então, não acha que já está na hora de falar sobre aquilo? — Indagou Akame.

— ... Não há nada a se falar.

— Tem certeza?

— ...

Ais sabia do que sua amiga estava se referindo, como poderia não saber? Mesmo ela estava ciente que passou do limite naquele dia, mas essa não era a coisa mais fácil de se conversar.

Fechando os seus olhos, Ais permitiu que as palavras daquele momento viessem à sua mente como uma memória recente.

— ... Tempest... Avenger...

Palavras que romperam um limite que ela mesma havia imposto.

Por um único segundo, todo o corredor ficou em silêncio frente ao caos que estava para nascer. De fato, em um primeiro momento nada aconteceu, apenas uma leve brisa gélida percorreu os três aventureiros que estavam presentes. Em um segundo havia três, no próximo, dois.