Capítulo 5: O Monsterphilia

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Conforme o sol se erguia sobre o céu, eu dava os meus primeiros passos do dia. Já faz uma semana desde que enfrentei um monstro que era a encarnação viva do fogo. Assim como foi com o minotauro, eu não deveria ter me deparado com aquela criatura, mas me deparei e perdi. Desde então tenho mantido a minha rotina de passar o dia na Dungeon e caçar monstros.

Meu limite atual é o oitavo andar, enfrentando formigas assassinas e mariposas roxas. O engraçado de eu estar nesses andares é que o meu maior perigo não são os monstros, mas sim a Eina-san. Ela me deu tantos tapas na cabeça por estar indo lá que eu fiquei com calos. Segundo ela, eu não tenho status ou equipamentos para sequer pensar em pisar nesses andares e eu sou um grande idiota por está ignorando seus conselhos.

Concordo que o oitavo andar está sendo um problema, por isso não avanço para andares mais profundos. Enfrentar os monstros insetos não é difícil, mas quando eles formam grupos de vinte ou trinta é impossível não sair com alguns arranhões. Quero esperar a minha próxima atualização de status para ver como as coisas ficarão, mas admito que estou empolgado para chegar logo ao décimo andar. Fiquei sabendo que lá começam a aparecer monstros grandes como Orcs e Silverbacks.

Além disso, não tenho recebido notícias de Buda-sama há mais de uma semana. Me pergunto que tipo de assunto está consumindo tanto o seu tempo. Enquanto ele tem estado fora, tenho vivido sozinho com a Akame-san. Ela tem me aconselhado sobre como ser um aventureiro melhor, sabe, coisas como fazer manutenção no meu equipamento, escolher boas poções e traçar bons percursos de exploração. Em troca ela só pede que eu cozinhe seu café da manhã, almoço e jantar. Honestamente não sei por que, a comida dela é ótima. Bem, se para poder morar com uma das garotas mais bonitas que já vi na vida eu preciso cozinhar muito, acho que posso fazer esse sacrifício.

Agora o meu principal problema são meus equipamentos. Sinto que as novas adagas que comprei na guilda já estão ficando desgastadas, mesmo com manutenções diárias. Preciso economizar para poder comprar armas melhores e uma armadura. A parte boa é que por estar matando mais monstros, já tenho dinheiro quase que suficiente para isso. Logo, minha melhor opção é focar no agora para poder conseguir o que me falta.

Atualmente estou percorrendo o caminho que faço todo dia para ir até a Dungeon. Acho que hoje terei mais um dia cheio de caçadas.

— Nya! Cabelo Branco-kun! Oi!

Ou não.

Enquanto eu andava, escutei essa voz que se dirigia em minha direção. Ao observar meus arredores, percebi que estava em frente da Anfitriã da Fertilidade e havia uma garota que fazia um gesto para eu me aproximar.

— Anya-san?

Ela é uma das garçonetes que trabalha aqui, Anya Fromel, uma demi humana gata. Seus cabelos, olhos, orelhas e cauda são marrons, além disso, ela usa o mesmo uniforme verde com avental branco que todas as funcionárias do restaurante usam. Como uma demi humana, ela possuía orelhas e cauda de gata, além de um encantador vício de linguagem. Na maior parte do tempo que a vi ela sempre esteve com esse sorriso otimista no rosto.

— Toma. Por favor, entregue-a para a garota desajeitada, nya.

Quando me aproximei, Anya-san me entregou uma pequena bolsa e disse isso. Honestamente não entendi nada.

— Como? — questionei confuso.

— Por favor, entregue-a a garota desajeitada, nya. Ela esqueceu, nya — ela reafirmou.

— ?

Novamente não entendi nada.

— Anya, você deve explicar as coisas direito.

Dungeon ni Deai: O Caminho do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora