09. Crítica e Arte

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Céus. Tudo dói, tudo mesmo. Não consigo abrir os olhos. A cama está tão confortável, eu queria ficar aqui. Mas ouvi meu despertador gritar muitas vezes até desistir e parar. Preciso me levantar. Mas não quero, que dor.

— Se você continuar enrolando vai se atrasar.

Grunhi e com dificuldade sentei na cama, tudo girou. Tô bem.

— Eu nunca mais vou beber na vida.

Chani riu. — Isso é o que todos dizemos. Levanta, preguiça.

Fui até o banheiro me arrastando, nossa, eu tô um caco. Os olhos borrados de maquiagem, o cabelo armado e a roupa amassada. Tô fedendo a álcool também. Chani apareceu na porta do banheiro com removedor de maquiagem e algodão. Minha heroína. Ela me fez sentar na tampa do vaso e começou a limpar meu rosto. Fofa.

— Vê se toma banho rápido para comermos algo no refeitório antes das aulas. Você foi muito irresponsável indo beber de estômago vazio. Por que fez isso?

Suspirei, acho que só fui burra.

— Estávamos atrasadas e eu não queria incomodar...

Chani bufou e deu um peteleco na minha testa.

— Ai! Tô com dor de cabeça, sabia?

— Sei. É pra você deixar de ser otária. Não seria incômodo algum parar para comprar algo, idiota. Incômodo é te ver nesse estado.

— Desculpa... — Murmurei, arrependida.

Eu esqueço de comer com frequência, é um mau hábito. Às vezes me distraio com as coisas e a fome meio que passa, não sei, mas depois ela vem com tudo. Sou idiota. E esquecida.

— Banho, já!

Chani me deixou no banheiro, eu estava vestida com um dos meus pijamas e um sobretudo que com certeza não é meu, mas tem um cheiro bom. Tirei a roupa e tomei banho, Chani deixou roupas para mim em cima do vaso, nem percebi ela entrando no banheiro. Calça jeans e moletom preto. Perfeito.

Saí do banheiro um pouco mais disposta, por mais que minha cabeça ainda estivesse latejando.

— Como acertou que roupa eu tinha em mente?

— Se eu estivesse de ressaca também iria querer me vestir assim.

— Justo. Arruma meu cabelo?

Chani fitou meu cabelo em tempo recorde, saímos depressa para dar tempo de comer.

Mas em menos de cinco minutos eu já queria voltar. Tinha alguma coisa errada.

As pessoas pareciam me olhar discretamente, mas sempre tinham aqueles idiotas nada sutis que tentavam disfarçar e falhavam miseravelmente.

Decidi ignorar por enquanto, eu só queria um pãozinho da cantina. Felizmente a fila não estava longa, conseguimos pegar o que queríamos e sentar rapidamente.

— Eu tô ficando louca ou tão encarando a gente?

— Ainda bem que você também percebeu, Chani. Eu não fiz nada dessa vez! Será que sabem que bebi até não lembrar nada ontem?

— Não tem como saberem, só quem sabe é o Castiel e eu. Você lembra se fez algo idiota enquanto estava bêbada?

— A última coisa que eu me lembro é de o Castiel cantar muito perto de mim, mas nem lembro o que ele estava cantando. De resto são só uns flashes. O que rolou?

— Sei lá, ele te trouxe pro dormitório de madrugada. Disse que você não tinha comido nada desde o almoço e que te levou num BK antes de te trazer.

Sweet Melodies [Castiel, Amor Doce]Onde histórias criam vida. Descubra agora