01. Prólogo

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Mudar de escola é sempre assustador, não importa em qual período da vida você esteja. No jardim de infância, é assustador porque você não tem nenhum amiguinho. No ensino fundamental, as crianças são cruéis, elas assustam naturalmente se você for um pouco mais recluso. No ensino médio, quando se é uma aluna nova, você é praticamente um pedaço de carne aos olhos de todos.

Na faculdade, eu me sentia totalmente perdida. Ainda mais porque estava começando o terceiro ano! Foi muito difícil me achar no campus, eu não conhecia ninguém. Tive que engolir a timidez e sair perguntando onde eram os dormitórios, pelo menos achei o meu rápido.

Não havia ninguém no quarto mas como um lado dele já estava totalmente decorado eu presumi que seja lá quem for a dona, já mora aqui há um tempo, o que é bom, porque calouros são imprevisíveis (autocrítica).

Deixei minhas coisas por ali e resolvi dar uma volta pelo campus. Primeiro porque estava com fome e segundo porque não sabia onde ficava o prédio de Dança, era melhor aprender logo, já que as aulas começavam em dois dias.

Tranquei o quarto e saí da ala dos dormitórios. Haviam muitos prédios e diferentes ramificações de ruas. Não conseguiria me localizar sozinha e não sei consultar o Maps (sim, pode me julgar, eu deixo). Então, a melhor solução era sair perguntando, né?

Havia um grupo de garotas ao redor de algo, resolvi perguntar a uma delas. Cutuquei o ombro de uma garota de cabelos rosas.

— Licença, desculpa, eu sou nova aqui... você sabe me dizer onde é o prédio de dança?

Ela olhou para mim e deu um sorriso doce.

— Desculpe, não sei. Gisele, você sabe onde fica o prédio de dança? – Ela perguntou para a garota ao seu lado.

— Não sei não amiga... Ah, mas o Castiel deve saber! Vem aqui!

A tal Gisele me pegou pela mão e entrou no meio das garotas, me puxando junto, arregalei os olhos e não tive outra escolha a não ser ir junto.

Ela me levou até um garoto que estava sentado nas costas de um banco, seus cabelos eram vermelhos e ele tinha muitas tatuagens. Era muito bonito.

— Castiel, essa moça quer saber onde é o prédio de dança, você sabe onde é?

A atenção do tal Castiel veio para mim – e de todas as garotas também –, ele me fitou de cima a baixo e se levantou.

Mas que porra?

— Então você dança? – Ele ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços. — Fiquei encantado só de te ver andar, imagina se te visse dançar pra mim? – E sorriu.

Isso era pra ser um flerte? Minhas bochechas coraram, de raiva! O cara nem me conhece e me seca de cima a baixo descaradamente! Quem ele pensa que é? Franzi o cenho.

— Vai se foder.

Saí andando com raiva numa direção qualquer, ouvi de longe sua risada e de mais algumas meninas. Que ódio. Queria ter dado um tapa nele, mas perdi os sentidos com a raiva.

Respirei fundo e procurei alguém que estivesse sozinho. Encontrei uma garota de longos cabelos brancos e olhos mel. Ela era muito estilosa. Resolvi tentar.

— Oi, bom dia. Eu sou nova aqui e tô procurando o prédio de dança... você sabe me dizer qual é?

Ela tirou os olhos do caderno em seu colo e sorriu para mim.

— Claro! É o terceiro prédio virando aquela rua à esquerda, com uma escultura esquisita na frente. Primeiro ano?

— Terceiro, mas eu cheguei na cidade hoje.

Sweet Melodies [Castiel, Amor Doce]Onde histórias criam vida. Descubra agora