Sweet Melodies [Castiel, Amor Doce]

28. Pais e filhos

Capítulo dedicado a tullifrutti! Obrigada pelos comentários no capítulo passado <3

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O barulho insistente da campainha me despertou. Resmunguei ao abrir os olhos em completo mau humor. Ao meu lado, Castiel não havia mexido um músculo, ele continuava dormindo com a boca levemente aberta. Quando o som reverberou pelo apartamento mais uma vez, levantei da cama, buscando meu short e resmungando. Que horas era? Tenho certeza que não são nem nove! Fui vestindo a peça enquanto ia atender quem quer que fosse, porque sei que até acordar o dono do lugar… é complicado.

Passei a mão pelos cabelos antes de abrir, tentando amenizar a bagunça. Destranquei a porta e a abri levemente, espiando quem estava ali… eu nunca tinha visto essas pessoas na vida.

Uma mulher, que não parecia ter mais de trinta anos, com os cabelos ondulados e castanho-avermelhados. Nas pontas eles eram realmente vermelhos. Ela veste uma camiseta branca de manga curta, com botões e detalhes azuis, além de uma saia justa. Atrás dela, um homem que aparenta ser um pouco mais velho me observa com calmaria. Seu cabelo é preto e curto, ele veste uma roupa social na mesma paleta da mulher e seus olhos são de um cinza familiar.

— Oh! — Ela exclama, levando a mão ao peito. Ela parece ser bem expressiva. — Acho que estamos no apartamento errado!

O homem atrás dela nega com a cabeça e aperta seu ombro antes de falar, num tom muito mais baixo que ela.

— Não, é o número correto, meu amor.

Finalmente reajo, piscando algumas vezes e saindo de trás da porta. Os olhos da mulher viajam por mim descaradamente. Com um sorriso sem graça, eu aceno com a mão.

— Eu não moro aqui… vocês estão procurando por…?

— Nosso filho, Castiel Veilmont! Esse é o apartamento dele?

Puta que pariu.

Eu arregalo os olhos, são os pais de Castiel? Eu estou atendendo a porta para os pais dele? Vestindo um shortinho de pijama minúsculo! Eu abro a porta para eles no mesmo instante, gaguejando a resposta.

— É sim! U-uh, eu… vou chamá-lo! Só um momento!

Eles entram no apartamento sem delongas. Tento fugir da sala o mais rápido possível, mas a mãe de Castiel me impede, fazendo perguntas. 

— Ele está dormindo? Se estiver… é mais fácil acordarmos fazendo barulho que chamando! — Ela parecia entusiasmada, cheia de energia. Seu marido, em contrapartida, quase me dava um ar de sonolência. Ele deixou uma sacola de papel em cima da bancada. — Trouxemos pães! Você gosta de croissant? Ah, meu nome é Valéria, a propósito. E esse é meu marido Jean-Louis.

Balancei a cabeça timidamente, Jean correspondeu o aceno. Eu quero me enfiar no buraco mais próximo.

— Meu nome é Emma… 

— É um prazer te conhecer, querida! Vem cá, você sabe onde ficam as panelas? Vamos fazer um café.

Sem saída, eu simplesmente aceno e entro na cozinha com ela. Busco a chaleira internamente xingando Castiel pela falta de organização nos armários. Jean limpa a garganta e anuncia suavemente:
— Vou acordá-lo, não aguento mais vestir esta gravata…

Valéria o dispensa com um apelido carinhoso e volta ao preparo do café. Eu a guiei pela cozinha e até mesmo fiquei surpresa por conhecer tão bem o lugar. A presença dela é contagiante e meu desconforto acaba se dissipando aos poucos. Sentamos nas banquetas da cozinha enquanto a água ferve.