13. Bilhetes

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Acordei assustada e um pouco deslocada, o álcool estava me desestabilizando um pouco. Sentei na cama, confusa. O dia parecia estar amanhecendo lá fora, puta merda. Procurei meu celular, desesperada e só então notei que estava nua.

Puta que pariu.

Tinha um cara do meu lado mas eu não liguei muito, achei meu celular junto das roupas no chão.

"Chani: to imdo pra casa!!

Chani: cd voce??

Três chamadas perdidas de Chani.

Chani: sp me fala se ta viva!!"

Isso foi há duas horas. Puta merda. Caralho. Meu plano foi pro ralo!

Procurei minhas roupas pelo quarto, estava tudo um caos e minha calcinha tinha sido rasgada. Bruto. Coloquei o vestido e as asas rapidamente, resolvi ficar descalça e levar o salto na mão. A máscara ainda estava no meu rosto então tudo sob controle! Ia saindo do quarto, mas olhei de relance e o diabo dormia tranquilamente na cama. Seria irônico dizer que ele parecia angelical?

Me senti culpada por ir embora no meio da noite, madrugada, tanto faz. Então deixei uma nota no travesseiro:

"Obrigada pela noite, infelizmente, o Cupido tem muito trabalho a fazer! Talvez nos esbarramos em alguma outra festa?

ps: eu não vi quem você é por debaixo da máscara, promessa é promessa. xx"

Eu queria muito ter visto, mas infelizmente sou uma mulher honesta. Saí do quarto rapidamente e desci as escadas, ainda tinha gente dançando, bebendo e gente jogada por aí, mas era bem menos comparado com quando cheguei. Comecei a andar pelo campus e percebi que não tinha para onde ir porque voltar para o dormitório estava fora de cogitação, Chani acordaria na hora e me veria fantasiada. Peguei meu celular e rolei a aba de contatos. Alexy!

Com sorte ele ou Armin estariam acordados essa hora. Eu acho até estranho o Alexy não ter vindo para essa festa, ele adora festas. Disquei o número dele e quase soltei fogos quando ele atendeu. Retirei a máscara enquanto andava.

São cinco e meia da manhã.

— Te acordei?

Não, desembucha.

— O plano deu meio errado, a Chani está no dormitório. Posso ir aí?

Claro, flor. Mas vai me contar tudo.

— Chego já, estou meio bêbada.

Percebi pela voz, cuidado.

Desliguei a ligação e fui o mais rápido possível até o prédio dos três mosqueteiros (sim, sou ótima com apelidos). O moço da portaria me julgou muito com o olhar, mas fazer o quê? Subi para o apartamento deles e bati na porta, não foi Armin, Alexy ou Kentin quem a abriu. Foi um cara loiro, alto e muito gato. Será que tô no andar certo?

— Hmm, você é a Emma?

— Aham...

— Os meninos estão na sala, entra.

Entrei um pouco acanhada, homem bonito me deixa assim. Caramba, eu fico muito assanhada quando bebo! Armin e Kentin estavam jogando videogame na televisão enquanto Alexy comia umas porcarias. O loiro passou por mim e jogou-se na poltrona, pegando uma lata de cerveja e observando os outros jogando.

— O que é isso? Uma festa do pijama?

Os quatro olharam para mim, Kentin, Armin e o loiro negaram e repetiram algo como "noite dos garotos" e Alexy concordou comigo. Segurei a risada.

Sweet Melodies [Castiel, Amor Doce]Onde histórias criam vida. Descubra agora