Promessas

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"O simples bater de asas de uma borboleta no Brasil, pode ocasionar um tornado no Texas" - Efeito Borboleta

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Status: Presente

O tempo estava acabando.

Meus pés estavam cansados e correndo automaticamente para qualquer lugar que quisessem me levar, na realidade eu nem ao menos reconhecia esse lugar.

Bom, a princípio deveria ser Hogwarts, um lugar que já foi meu lar.

Agora eu só via pedras deterioradas por todo o lugar onde passava e os corpos de alunos e professores virados em ângulos não naturais com uma expressão de horror estampado em seus rostos.

Eu estava com a varinha empunhada firmemente em minha mão suada pronto para atacar qualquer um que representasse um perigo para mim.

Mas não eram os alunos, professores ou qualquer um que estivesse à favor de Potter, mas sim contra os comensais da morte.

Os passos ecoavam sobre o corredor escuro e sombrio eu conseguia ver as poças de sangue saindo das pedras soltas e como se fosse o seu triunfo elas ainda deixavam aparecer partes dos corpos esmagados.

Os meus passos ficaram cada vez mais rápidos.

Meus pensamentos eram todos voltados à promessa de meu padrinho, ele me assegurou que Potter iria ganhar e então eu confiei secretamente nele.

Ele foi o único que realmente confiou em mim sabendo que eu escolheria a melhor decisão, e ele me prometeu, prometeu que ficaria ao meu lado.

E aqui estou eu empunhando minha varinha contra até mesmo aos que já moraram em minha casa, na época mais sombria.

Nesse meio tempo eu ainda tentava ajudar os pequenos sonserinos largados na guerra, ninguém ao menos tentavam me proteger e era tão injusto descontar nas crianças por causa de uma imagem que se formaram contra minha casa.

Meus pensamentos de raiva foram interrompidos quando um armário fez um barulho incomum.

Meus pés se aproximaram lentamente do armário e espreitei sobre o corredor para ver se havia alguém vindo. Por mais que já tivesse visto coisas horríveis naquele curto período de tempo, um simples barulho ou qualquer grito que cortava o silêncio aumentava meu ritmo cardíaco fazendo eu suar ainda mais.

Escondi minha varinha, mas deixando ela em posição fácil de retirada não poderia me dar ao luxo de simplesmente perder outra e abri lentamente e com cuidado a porta do armário.

E lá estava um menino do primeiro ano, mais baixo do que deveria pela sua idade, os cabelos suados pelo calor grudaram em seu rosto salpicado de sardas e o mais irônico era um grifinório.

━ Quem está aí? ━ ouvi murmurar ━ Por favor não me machuque.

A voz quebrada deu um nó em meu coração e me prontifiquei a me aproximar com cuidado.

━ Eu posso te ajudar, sou aluno do último ano ━ Disse e toquei seu ombro.

Ele concordou e saiu relutantemente do armário, suas mãozinhas estavam machucadas e segurando firmemente as bordas do armário, mas seus olhos foram as coisas que mais me chamaram a atenção, ele não olhava para mim para falar a verdade eles estavam sem foco.

━ Você não consegue enxergar? ━ Perguntei relutantemente.

Ele negou com veemência fazendo seus cabelos molhados grudarem nas bochechas e eu via algumas lágrimas formarem e descerem lentamente pelo seu rosto redondo.

Efeito borboleta | Drarry ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora