[EM ANDAMENTO] [EM BREVE LIVRO FÍSICO PELA EDITORA PROMISE]
Jungkook se vê diante de um dilema após começar a dividir o quarto com Jimin, um baixinho teimoso e obstinado. Entre noites repletas de boa música compartilhada através dos fones de ouvido...
GENTE! Desculpa pela demora, o primeiro volume de OFTEN em físico está quase na porta e fiquei meio enrolada! Não esqueçam dos comentários e votos!
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Timothée
Lembrava com perfeição o momento em que seus olhos foram, como presas, direcionados para ele. Como se sua memória fosse fotográfica e tivesse captado com exatidão todos os sentimentos que se formaram em seu peito ao ver o rosto, com expressões tão angelicais que o arrancaram de órbita.
"Merda, petit, você me pegou de jeito."
Agora, Timothée não conseguia fugir daquele sentimento.
Ele não podia dizer que o que sentia era apenas amizade, porque não era. Mas tinha consciência de que, para Park, tudo se resumia a um grande nada.
Quando se beijaram naquela ilha, quando os ponteiros anunciaram um novo ciclo dentro do rapaz, ele pôde ver que os olhos de Jimin procuravam algo nos seus, e ele rezava em silêncio para que fosse encontrado. Mas não foi. Pois seu colega de quarto já tinha encontrado essa intensidade em outra pessoa, alguém que, ao seu ver, não valia o esforço.
Ainda assim, Timothée se manteve esperançoso durante aqueles breves dias.
Sim, ele sabia que Jungkook estava na festa de réveillon, e sim, ele tomou aquela atitude de encontrar os lábios de Jimin como se fosse sua última tentativa, e infelizmente, de fato, foi.
O destino já estava escrito, e Jeon que estava traçado ao destino de Jimin, não ele. Mas isso não significava que Timothée não deveria lutar... Vendre la peau de l'ours avant de l'avoir tué...
Ele não era de desistir tão fácil assim; seu sangue francês não permitiria tal coisa.
Era uma tarde no meio da semana, depois da reunião no apartamento de Jungkook, que terminou com Sulli bêbada mostrando um vídeo que ele preferia não ter visto.
A princípio, não havia nada demais naquelas imagens, nada que um coração não apaixonado não pudesse suportar. Mas o dele estava entregue, e não foi surpresa alguma quando Timothée fugiu para o banheiro, tentando se recompor de toda aquela confusão que se instalou em seu peito e da dor que se manifestou em sua garganta.
Bel notou seu estado e não demorou para assimilar o que seu amigo estava passando em silêncio. No pequeno banheiro, ela o abraçou, permitiu que suas lágrimas humilhantes caíssem e o aconselhou a não continuar se ferindo daquela forma. Mas ele ignorou os conselhos, estava até o pescoço com aquela areia movediça que era Park Jimin.
No dia seguinte, ele continuou agindo como se nada tivesse acontecido. Não demonstrou nenhum tipo de desconforto, afinal, não queria afastar Jimin ainda mais. Bastava a crise de ciúmes que havia tido alguns dias antes.
