[EM ANDAMENTO] [EM BREVE LIVRO FÍSICO PELA EDITORA PROMISE]
Jungkook se vê diante de um dilema após começar a dividir o quarto com Jimin, um baixinho teimoso e obstinado. Entre noites repletas de boa música compartilhada através dos fones de ouvido...
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Lana Del Rey, em uma de suas canções, disse que felicidade era como uma borboleta. No primeiro momento, Jungkook achou a frase um tanto estranha ao comparar sentimentos humanos com algo tão pequeno e delicado. Pois, ao seu ver, naquela época, sentimentos sempre eram grandiosos e intensos. Entretanto, mais tarde, ele começou a compreender a sutileza que aquela poesia carregava.
A felicidade não é algo concreto e perpétuo, não mesmo. A felicidade é de fato como borboletas que por sorte podem pousar em você ou simplesmente balançar suas asas ao seu lado e não notar sua presença enquanto seguem seu caminho.
E bom, naquele exato momento, enquanto Jimin estava com a cabeça descansando em seu peito e a palma macia da mão em um punho preguiçoso ao lado do rosto com expressões serenas, era definitivamente seu momento de felicidade.
Havia uma borboleta pousada em Jungkook.
Jungkook ainda estava no quarto de Park Jimin, compartilhando sua cama, sem malícia alguma nisso, muito pelo contrário. Era, de longe, o momento de mais intimidade que eles tinham tido desde que se conheceram. Já haviam dançado na mais íntima valsa que seus corpos poderiam se permitir, suas digitais já haviam descoberto o mais oculto um do outro e a fragrância de seus fluídos já se misturara em um único perfume.
Porém, agora, estavam escavando seus sentimentos e permitindo que, pela primeira vez, deixassem borboletas pousarem em seus corpos sem pensar em nada além do que seus corações queriam.
Jungkook observou Jimin acordar, guardando em suas memórias cada segundo do despertar dele. Primeiro, suas pálpebras tremeram, incomodadas com a intromissão da luz dos primeiros raios solares daquela manhã invadindo o quarto pela persiana. Então, suas pequenas mãos apertaram os dedos em suas palmas, seu corpo começou a se espreguiçar e, finalmente, seus olhos se abriram, confusos, analisando o que acontecia ao seu redor, com sua mente trazendo à tona as lembranças da noite de conversas que tiveram.
E Jimin sorriu...
Ele sorriu, sem notar que Jungkook estava bem ali... Ele sorriu se lembrando, sorriu enquanto seu corpo ainda estava adormecido. Levado por uma reação assustada, não querendo ser pego admirando-o tão atentamente, Jungkook fechou os olhos. No começo, ele apenas sentiu a movimentação suave da cabeça de Jimin se levantando de seu peito e podia apostar que ele deveria ter apoiado a bochecha em uma das mãos para também observá-lo.
E ele possivelmente o fez, pois Jungkook ouviu uma risadinha baixinha enquanto fingia seu sono inexistente. Então, o colchão se afundou próximo ao travesseiro, e dedos delicados colocaram uma mecha de sua franja — agora grande — atrás da orelha dele. Com a distância desconhecida pela percepção cega de Jungkook, ele sentiu a respiração de Jimin dar passagem e tocar sua pele, anunciando uma aproximação que fez seu coração pulsar forte.
