capitulo 3

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Larissa

Olho em volta, percebendo que a casa estava vazia. Meus avós ainda devem estar no trabalho.

Mando uma mensagem pra minha vó, perguntando se posso sair.

Mensagem onn:

Eu- Boa tarde, vó. Posso ir tomar sorvete com uma garota da escola? É aqui no morro mesmo...

Rita- Eu não sei, não, Larissa. Não quero que você fique andando aí por esse morro, ele tá cheio de traficantes.

Eu- Vó, eu só vou tomar sorvete e depois volto pra casa. Não vou ficar andando por aí não...

Rita- Tudo bem, Larissa. Mas, não é pra demorar! E não conta nada pro seu vô, sabe como ele é.

Eu- Tudo bem, meu amor. Não vou demorar, e não vou contar nada pra ele. Muito obrigada.

Mensagem off

Aviso pra Gaby que minha vó deixou, e ela logo respondeu dizendo que em meia hora vai estar me esperando na esquina.

Vou pro banheiro e tomo um banho rápido, quando termino vou direto procurar uma roupa.

Optei por vestir um short branco, com um body preto. Passei meu creme de morango por todo o meu corpo, logo soltando o meu cabelo e indo pra frente do espelho. Faço uma maquiagem bem básica mesmo, já que não iria fazer nada dms.

Sinto o celular vibrar no meu bolso e o pego, lendo a mensagem da Gaby falando que ja estava me esperando.

Passo meu perfume, pego minha bolsa e chaves. Tranco a casa e saio.

Gabi- Até que enfim, né, gata! Bora logo- já foi me puxando pelo braço.

Até que o morro não é tudo isso que falam. Tem igrejas, centros culturais, lanchonetes e... meu Deus! Quantos bares tem aqui.

Não é diferente de qualquer comunidade!

Por onde a gente andava, eu sentia vários olhares sendo lançados a mim, mas ignorei.

Chegamos na sorveteria, pedimos nosso açaí e ficamos sentadas conversando sobre assuntos aleatórios.

Eu ria de uma careta da Gaby, quando a vi olhar por cima dos meus ombros. Segui seu olhar, ao ouvir o ronco de uma moto.

Eram várias motos, mas uma em específico me chamou a atenção. Ela era dirigida por um moreno e, quando ele tirou o capacete...meu deus do céu, que homem era aquele?? Ele era lindo, forte, lindo, moreno, lindo, tatuado e, eu já disse lindo?

Ele se aproximou da sorveteria, atraindo o olhar de todos que estavam no local. Ele olhou em volta com a sobrancelha arqueada, fazendo com que todos desviassem o olhar rapidinho.

Quando ele entrou, passou por mim me encarando. E eu encarei igual, perplexa com tanta beleza. ele sentou no fundo da sorveteria onde não havia ninguém, pegou uma agua e ficou mexendo no celular. 

Larissa- Quem é ele?- desviei o olhar, encarando a Gaby.

Gaby- Vai por mim, é melhor você nem saber- fez careta.

Eu- Ele é muito gato, ala- ri abafado, voltando a encarar o moreno que estava a poucos metros de nós.

Gaby- Não fica olhando pra ele não, sua sequelada- puxou meu braço, rindo- vamo vazar, tenho muita coisa pra te mostrar ainda!

Eu- Certo- murmurei, a seguindo.

Saímos da sorveteria, mas eu ainda sentia o olhar do moreno queimar minha nuca.

Gaby me levou pra conhecer o morro inteiro, oq me deixou impressionada.

Ele era tão bonito a noite, cheio de pessoas, crianças brincando na rua e a garotada jogando futebol na quadra. paramos em frente a quadra onde tinha uns caras jogando bola, tinha uns ate que bonitinhos ate que chegou um cara de moto.

-caralho meu, não falei para vocês me esperarem? 

- i chef demorou mo cota, a gente pensou que você nem ia vi mais.

ave maria, só tem cara gato aqui nesse morro? o cara colocou o capacete na moto, tirou a camisa e entrou na quadra. 

eu- em qual mundo eu vivi nesse tempo todo. falei olhando ele jogar

gaby- i fia, esse ai que você não vai querer conhecer mesmo. falou ela balançando a cabeça

eu- porque todos os proibidos são tão gatos desse jeito.

gaby- o proibido sempre e mais gostoso. 

ficamos ali um tempo,  eu não consigo tirar os olhos desse homem. ele era muito lindo mesmo, forte, cheio de tatto e muito gostoso. vi que ele começou a me olhar e desviei o olhar, gaby pegou o meu braço e fomos embora de lá.

Gaby- Eae? O que tá achando?- me olhou, esperançosa.

Eu- Eu tô gostando, não achei que ele fosse desse jeito... Achei que era mais tipo "tiro, porrada e bomba"- ri, oq a fez fazer careta.

Gaby- Você ainda não viu nada! Ah, falando nisso...amanhã é dia de baile, cê vai né? Vai ser só cachaça, pinga e puto- sorriu maldosa- o carro de som já tá confirmado, chefe liberou o bar do camarote até às 3 horas e, a melhor coisa, vai ter muito macho bonito! Bora, vai- fez bico, me olhando.

Eu- Deve ser foda, mas não sei. Meus avós não deixam nem eu sair direito, quem dirá ir pra baile- estalei a língua.

Gaby- Ah, qual é, mina? Eu sei que você dá um jeito, vamooo. Eu te apresento umas pessoas, cê vai gostar.

Eu- Eu não prometo nada, mas vou ver- ela me dá um abraço, animada.

Gaby- Com o sucesso que você tá fazendo aqui, vai pegar vários boyzinho gostoso e o que não falta aqui- deu um empurrão de leve no meu ombro.

Eu-  antes que eu me esqueça, Quem era aqueles caras que eu vi hoje?- falei, me recordando deles.

Gaby- olha gata, Eu já disse, é melhor você não saber quem eles são!

Eu- Quem vai esquecer aqueles  caras lindos daqueles jeito? o cara da sorveteria era muito lindo, não tiro o olhar dele da cabeça- suspirei.

Gaby- eles não valem a pena, vai por mim. e Tira isso da cabeça, fia.

Notei que ela ficou um pouco desconfortável quando eu perguntei de novo do tal menino, mas resolvi ignorar.

Olhei no meu relógio de pulso, notando que já estava ficando tarde e falei pra irmos embora.

Seguimos conversando durante todo o caminho, até a esquina da minha casa onde ela se despediu e eu segui sozinha pra casa. cheguei em casa e meus avos não tinham chegado ainda, subi para o meu quarto e fiquei mexendo no celular. 

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