Capítulo 100

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Larissa

Acordo com a brisa fria que entrava pela janela e acaricia meu rosto. Olho ao redor e vejo a cama vazia ao meu lado. Alex não estava ali. Reparo em sua blusa no chão e a coloco sobre meu corpo, junto com minha calcinha que também estava caída. A sensação do decido dele na minha pele me faz sorrir, lembrando dos momentos de ontem.

Caminho ate o banheiro para me recompor. No espelho meus olhos se encontram com o anel que estava em meu dedo. É lindo, perfeito, mas a imagem dele desperta uma mistura de emoções. Parte de mim está apaixonada, certa de que Alex é o homem com quem quero passar minha vida. Mas a outra parte, inquieta, me diz que tomei um caminho perigoso - um caminho que pode acabar em dor

Desço até a cozinha, onde ouço o som de prato se movendo. Fico na porta em silêncio, observando Alex de costas, arrumando o café da manhã. Eu o admiro, meu peito cheio de amor intenso que tenta, de alguma forma afogar o medo que paira no fundo da minha mente.

Ele se vira, percebendo a minha presença.

Alex- era para ser uma surpresa, mas você acordou antes da hora - ele sorri

Eu- como você sabia que eu estava aqui? -vou para perto dele

Alex- seu perfume sempre te entrega! - coloco meus braços em volta do seu pescoço e ele coloca suas mãos na minha cintura

Eu- não precisa fazer isso, aliás você já fez muito por mim essa semana...-ele desce suas mãos até minha bunda onde ele apertava com força

Alex- não é todos os dias que minha mulher faz 18 anos, não é mesmo? - em questão de segundos nossos lábios se grudam.

Ele me pega no colo e entrelaço minhas pernas em sua cintura. Logo ele anda comigo ainda em seu colo e me coloca sentada no balcão. As mãos dele percorrem minhas pernas, deixando meu corpo inteiro pegando fogo. Sinto seus lábios deslizando pelo meu pescoço, descendo até minha barriga, onde ele tira minha blusa, deixando meus peitos amostra.

Até que ouvimos seu rádio tocar.

Rádio: ae chef, na escuta?

Alex- não deve ser nada....- ele murmura, tentando ignorar, mas o rádio é insistente

Rádio: chef, de b.o aqui na boca. Bagulho tá loko aqui, você precisa vim aqui agora!

Ele suspira frustrado, e vejo em seu olhar que a situação é séria. Ele se afasta, pega o rádio e vai para a sala, deixando-me com um pressentimento ruim que cresce a cada segundo. Quando ele retorna, a expressão de seu rosto é grave.

Alex- eu preciso sair, meu amor- passa as mãos sobre meus cabelos-preciso resolver isso, mas venho te buscar para sua festa! -fala olhando em meus olhos

Eu- aconteceu alguma coisa? Você não acha melhor adiar essa festa? Não estou com um pressentimento bom! -olho para baixo

Alex- nem fudendo, quero que o morro todo saiba que a gente vai casar! -ele sorri para mim- fica tranquila, não é nada de mais! Eu vou e volto! -damos um selinho

Eu- eu te amo! -olho em seus olhos

Alex- eu também te amo, minha mulher -sorri para ele, que logo foi embora.

Depois que ele sai, subo para tomar um banho e me preparar. Visto um short e uma blusa, pego as chaves e saio para resolver a outra questão - Caique

Ao chegar na porta dele, meu coração parece querer sair pela boca. Estou com o estômago embrulhado, mãos suando. Bato na porta, e ele abre rápido com um sorriso que traz um misto de carinho e culpa

Caique- feliz aniversário amor! - ele me puxa para um beijo

Eu- obrigada....-falo sem jeito

Caique- eu estava pesando da gente ir, antes da sua festa começar -ele coloca uma mexa de cabelo minha para trás

Eu- na verdade...era sobre isso que eu queria falar com você - minha voz falha, e ele percebe a seriedade em meu olhar

Antes que eu possa dizer mais alguma coisa, o rádio dele toca. Ele o pega e sai para a cozinha, onde começa a conversar em voz baixa, mas o ton de urgência é claro. Minhas mãos estão geladas, e o desconforto cresce. Quando ele volta, seu rosto está pálido e seu olhar aflito.

Caique- você fica aqui, Larissa. Não sai daqui por nada. -ele segura minhas mãos, e o medo em seus olhos faz meu coração acelerar

Eu- o que está acontecendo, caíque? -minha voz é baixa, quase um sussurro

Caique- nada. Só promete para mim que você vai ficar aqui, não importa o que aconteça - ele me olha intensamente, como se quisesse me proteger de algo que nem ele mesmo pudesse controlar.

Eu- prometo! - digo mesmo sem entender. Ele me dá um último beijo e sai, deixando um vazio cortante no ar

Minutos depois, o som de tiros ecoa pelo morro. A cada disparo, meu corpo estremece, e me abaixo, buscando proteção. Os gritos, os tiros, o caos se misturam em uma sintonia aterrorizante. Meu coração bate tão forte que parece que vou sufocar, mas tento respirar fundo e manter a calma.

De repente, a porta é arrombada com um estrondo, e homens armados invadem, seus olhos frios fixos em mim. Sinto o chão tremes sob meus pés, mas lembrando das palavras de caíque: "não treme na base. Nunca mostre medo".

Xxx- então finalmente te encontramos, você, Larissa. Agora você vai conhecer nosso chef

Eles se aproximam, e mesmo tentando lutar, sou dominada. É cinco contra um. Colocaram um capuz na minha cabeça, e o mundo a minha volta se apaga. Tudo o que eu ouço são tiros, gritos, choros do lado de fora enquanto sou levada para algum lugar desconhecido.

O trajeto parece uma eternidade, tento manter a calma, mas o pânico está crescendo dentro de mim. Finalmente, param. Eles me empurraram para o chão, forçando-me a ajoelhar, e retiram o capuz.

Minha visão se ajusta, e o choque me torna por completo. Alex, caíque, Amanda, cobra e Gaby estão cara a cara comigo, ajoelhados, com as mãos amarradas e panos em suas bocas. Todos me olhavam com os olhos aterrorizados.

Eu- o que...o que vocês vão fazer com eles? - tento me levantar mais sou forçada a voltar para o chão

Xxx- fica quietinha, princesa. O chef já está vindo - ele me empurra de volta para o chão.

O silêncio pesa o ar, interrompido apenas pelas respirações rápidas e ofegantes ao meu redor. Olho para Alex, seu olhar tenta me passar calma, mas sei que ele está tão apavorado quanto eu. Caique me olhava com uma mistura de culpa e medo, como se tivesse sido ele o responsável por ter me colocado nessa situação.

Cada segundo parece uma eternidade. A tensão é insuportável, o silêncio, ensurdecedor. Tento manter a cabeça erguida, não mostrar medo, mas por dentro estou desmoronando, lutando para controlar o terror que ameaça me consumir.

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Gente, muito obrigada pelos 200k de visualizações. Obrigada por não desistirem de mim, mesmo que eu mereça ❤️

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