Capítulo 80

868 36 11
                                    

                          Dia 01

Larissa

Que ótimo jeito de passar o domingo a noite, fechando o caixa da lanchonete. E agora que eu virei gerente daqui, eu praticamente tenho que fazer tudo, as outras meninas sentiram raiva de mim, quando o Fernando me tornou gerente daqui. Elas não falaram nada, mas eu podia ver a irá em seus olhares, principalmente da Gabriela

Não sei se ele me tornou gerente pelo meu trabalho realmente, ou por conta das palavras do Alex, para ele, falando que eu era sua mulher. Eu não queria ter aceitado ser gerente dali, estava com tantas coisas na cabeça, que sempre me desligava quando podia, e algumas vezes não sabia distinguir se eu realmente estava ali, ou não.

Eu só aceitei em ser gerente, porque ele insistiu muito, falou que eu era uma ótima funcionária, tratava as pessoas bem e que eu era muito honesta.

Já era 02 horas da manhã e eu terminava de fechar o caixa, não havia ninguém na rua, pois estava caindo um realmente dilúvio de água. Terminei de fechar peguei minha bolsa e estava indo embora.

Até que ouço passos vindo de fora, dois homens  entraram na lanchonete, os dois molhados pelo chuva, já eram bem da casa dos 30 e pouco. E não pareciam ser daqui, me olharam de cima a baixo

Eu- já estamos fechados! -apontei para a enorme placa escrita, " estamos fechados".

Xxx- oh novinha, a gente nem viu- deu um sorriso para mim- a gente pensou que tava aberto ainda, porque tá tudo aceso. Mais tu pode atender eu e o meu amigo aqui né? -passou a língua em seus lábios

Eu- vocês além de burros, São surdos e analfabetos? -a expressão deles mudou totalmente- vou falar de um jeito que vocês possam entender, estamos fechados, não vou servir ninguém -olho seria para eles

Xxx-do que você chamou a gente, vagabunda? Repete se tu é mulher caralho! -gritou

Eu- eu não fui clara o bastante? Surdos, burros e analfabetos. E você me chamou de vagabunda? Não são daqui mesmo né- dei um risada

Ele vinha dando passos lentos até mim e eu andava para trás bem devagar.

Xxx- gente só ia vim comer e sair fora, não ia fazer nada com você! Mas agora que eu notei, tu é bem gostosa em! - mordeu os lábios- acho que nenhum homem de verdade, te deu um trato de verdade né? -continuo vindo em minha direção- vamos mudar isso né novinha? -ele tira uma faca de seu casaco

Estava suando frio, minha respiração estava bem rápida e eu estava com medo, muito medo. Mas não podia expressar esse sentimento.

Eu- você não me conhece mesmo, nem o meu namorado- dei um risada- você não é capaz de imaginar a coisas que ele vai fazer com você se você tocar um dedo em mim!

Xxx- teu namorado é o que? Deus por acaso?

Eu- não, ele é o oposto de Deus! Se é que você me entende- não conseguia andar mais para trás, pois minhas costas já estavam batendo na parede

Ele se aproximou bem de mim, podia ouvir sua respiração. Ele cheirava meu pescoço e eu virava meu rosto para todos os lados,  passava a faca sobre meu rosto bem devagar.

Xxx- você é muito cheirosa sabia? Eu promete que eu vou te dar a melhor foda que você já teve, novinha! -sorrio para mim

Quando ele ia passar a mão sobre o meu corpo, a porta da frente se abre com tudo. Meu coração disparou na aquele momento. Ele deu uma cotovelada no rosto do outro cara, que caiu do chão com o nariz sangrando.

O cara que estava perto de mim, se vira rapidamente para frente, vê seu amigo caído no chão e olha para caíque com fúria e vai até ele.

dono do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora