Larissa
Abri os olhos ao ouvir a porta do quarto se abrir.
Doutora- Larissa, você já está liberada pra ir embora. Só espere a enfermeira vir tirar os aparelhos de você- sorriu, mexendo nos aparelhos.
Assim que ela saiu, o embuste entrou.
Meu deus, mais essa ainda
Eu- É muita cara de pau sua, né não?- o encarei.
Padrão- Ox, ainda vim aqui te buscar. Agradece fia.
Eu- Não fez mais que sua obrigação! Foi você que me mandou pra cá - levantei a voz
Ele abriu a boca pra responder, mas a fechou assim que a enfermeira entrou.
Enfermeira- Oi, vim tirar os aparelhos da Larissa- sorriu pro Alex- prazer, sou Deborah - estendeu a mão para ele
Arqueei uma sobrancelha, ao ver que seus peitos estavam quase saltando do seu cropped. puta que paril, o demônio não me deixa quieta um minuto
Não sabia que enfermeira podia usar esse tipo de roupa!
Patrão- Satisfação- cruzou os braços.
Fiz cara de nojo, olhando aquela cena.
Ela tirava os aparelhos bem devagar, alegando que precisava tirar desse jeito pra não me machucar.
Um caralho! Era pra ela ficar se insinuando pra ele.
Oferecida!
Ele ficou me olhando com um sorriso de lado, oq me dava ainda mais raiva. Ele sabia que eu tava me segurando, para não voar na cara daquela vaca!
Enfermeira- Prontinho, Larissa- se virou pro Patrão, acariciando seu braço- meu número, gato. Me liga- colocou um papel no bolso dele, me ignorando.
Eu- Tu veio aqui pra trabalhar ou pra correr atrás do macho dos outros? Se quiser macho, é só ir pra esquina que essa sua roupa de prostituta já diz tudo -olho seria para ela
Ela se afastou dele, saindo da sala.
Eu- Dá licença, preciso me trocar- ele me encarou por alguns segundos, mas logo saiu.
Me troquei rapidamente, prendendo meu cabelo em um coque alto.
Quando saí do postinho, fiz careta ao ver ele encostado no seu carro.
Assim que me avistou, abriu a porta pra mim.
Patrão- bora, tu vai pra minha casa na 17!
Eu- nem nos teus sonhos. mas é Claro que não, eu vou pra minha casa! Você é um escroto, babaca, me bateu e ainda por cima ficou dando em cima da enfermeira na minha frente, só pode ta gozando com a minha cara!
Patrão- Ciúmes?- sorriu, dando uma leve risada.
Eu- Nunca, só achei uma puta sacanagem ter praticamente me obrigada e ver aquela cena, se tu queria transar com ela, levava para tua casa!- virei a cara.
Patrão- se liga, eu tenho cara de quem pega baranga? no momento só quero uma- passa a mão nas minhas pernas, mas logo tiro- Conversei com a Gabriela, ela falou pros seus avós que você vai passar o final de semana na casa dela! Já tem umas parada tua na minha casa.
Eu- Que caralho você tem na cabeça? Você me bate, me xinga e depois espera que eu fique com você? Você é doido? É retardado? o que te faz pensar, que depois de tudo eu ainda quero ficar perto de tu? -olho para ele seria
Patrão- Você vai e fim de conversa, caralho- falou autoritário.
Não trocamos uma palavra o caminho todo! Quando chegamos na casa dele, eu saí do carro e já fui direto pro quarto.
Neguei com a cabeça ao ver uma mochila com roupas minhas em cima da cama.
Porra, Gaby! Pq você tá compactuando com isso? não era tu que disse que eu merecia mais? esse cara consegue fazer a cabeça de qualquer pessoa
Suspirei, entrando no banheiro. Tomei um banho rápido, coloquei um roupa fresca, passei meu hidratante, perfume e fui finalizar meu cabelo.
Não demoro a escutar minha barriga roncando, desço para ver se tem algo para comer.
Após procurar na casa inteira e não achar a praga, fui olhar nos armários da cozinha pra ver se tinha algo que me agrade.
Não tinha nada além de um macarrão vencido!
Peguei dinheiro na minha bolsa e fui até o bar do seu André.
Comprei uma coca e 2 quentinhas, já que não sabia se o embuste iria querer almoçar. Paguei e logo estava entrando em casa novamente.
Levei um susto quando cruzei a porta e ouvi barulhos de vidro quebrando.
Ele me olhou assim que entrei, vindo me abraçar.
Sim, gente! Pode acreditar, ele me abraçou.
Eu- Calma, tá me machucando- ri.
Ele se afastou de mim, coçando a garganta.
Patrão- Caralho, onde você tava? Não lembro de te deixar sair.
Eu- Eu tava com fome e não tinha nada pra comer, tive que ir comprar- levantei as sacolas pra que ele as visse.
Patrão- Dá próxima vez, fala com algum vapor ou comigo!
Eu- Eu não! Vai que você me vê falando com homem e me manda pro postinho de novo.
Patrão- Já tá boa, né? Tá fazendo até piada.
Ignorei ele, indo na direção da cozinha. Coloquei minha comida em um prato e me sentei a mesa pra comer, observando ele fazer o mesmo.
Ele comeu junto comigo, mas não trocamos uma palavra.
Assim que ele terminou de comer, saiu.
Dei de ombros, indo dormir. Ainda estava com sono por conta dos remédios!
meu deus, será que essa vai ser a minha vida agora? me envolvi com uma pessoa errada e olho como estou agora, toda machucada e cheia de remédios na veia. por uma escolha ruim que eu fiz, isso acontece comigo? fico me perguntando o porque, sempre fui uma boa menina, uma boa aluna, uma boa neta e uma boa pessoa. eu contava tudo para minha vo antigamente, e hoje estamos mais afastadas que nunca!
E para piorar ainda tem meus avos, quem não sabem nem da metade das coisas que já fiz, eu já imagino a cara de decepção deles quando descobrirem as coisas que faço quando eles não estão por perto. Eu só queria que nada disso tivesse acontecido, queria voltar a ter minha vida como era antes, sem nada desse drama todo que estou passando
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dono do morro
Romanceessa não é a historia sobre uma garota que conhece um homem e se apaixona. essa e a história sobre um garota que conhece um homem e se perde.