VIAGEM

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MELISSA GOMES

- Vamos Mel, temos que passar na sua avó antes de ir para o aeroporto - diz dona Fátima minha mãe.

- to indo ! - digo pegando minha mochila enquanto meu pai carrega minha mala para o carro.

- eu vou ficar com seu quarto já que você vai embora mesmo e vai fica vazio - chega minha irma falando ao meu lado enquanto carrega minha cachorra a Lola.

- sabia ! - digo rindo - pode ficar desde que cuide bem da minha filha! - digo dando um beijo em lola.

- iih você ja perdeu sua filha faz tempo, mó puxa saco da mãe. - fala rindo.

- eu sei nao precisa me lembrar! - faço cara de emburrada e minha mãe chega me abraçando de lado.

Meus pais terminam de arrumar minhas coisas no carro e já entram se acomodando.

Entro no carro e coloco o sinto, minha irma se ajeita e pega a minha cachorra em seu colo para nós acompanhar, meus pais estão na frente super nervosos com a minha partida, não posso julga - Los eu também estou, eles se preocupam muito, sempre foi assim.

- vamos passar na sua avó Maria e depois na Luiza, tabom ? - mamãe pergunta

- okey mãe. - digo a vendo pegar pela quinta vez a bolsa para assegurar que ela não está esquecendo.

- prontas ? - meu pai pergunta de maneira afetuosa e eu e minha irmã nos encaramos, apertando nossas mãos em parceria.

- sim - Louise diz.

- mas que isso impossível - falo confiante e posso ver meu pai sorrindo pelo espelho no retrovisor.

***

- promete que vai ligar 2 vezes ao dia ? - minha mae pergunta me abraçando com seu famoso abraço de urso.

- Sim mãe - digo a apertando com toda saudade que irá me deixar.

- e que vai mandar mensagem se sair e quando chegar? - diz segurando meu rosto entre suas mãos e sorrio acenando em confirmação novamente.

- prometo mãe - sorrio e ela beija minha testa, me soltando aos poucos.

- e que nao vai falar com estanho...

- mãe - minha irmã a corta - ela já está velha, não precisa desse sermão quinze vezes ao dia - diz e a encaro rindo.

- prometo mae pode fica tranquila - digo rindo e indo em direção de meu estresse diário denominada "irma".

- tchau feiosa nem vou sentir sua falta - diz minha irma com cara de choro e vou em seu encontro.

- também nem vou sentir a sua piralha - digo a abraçando bem forte.

- me manda mensagem escutou - ela diz me apertando.

- pode deixar - dou um beijo em sua testa- farei questão de te irritar todos os dias.

- também não é para tanto - fala e gargalho de sua ousadia.

- vou me lembrar disso na hora de ver seus presentes - digo ela começa a gargalhar.

Olho meu pai triste próximo a nos, e vou em sua direção.

-sabe que qualquer coisa é só me liga que vou la te buscar na mesma hora - diz disfarçando o choro.

- eu sei pai - digo ja dentro de seu abraço. - te ligarei o dia inteiro se deixar. - sorrio.

- bom mesmo, vou cobrar - me aperta mais - sabe que você sempre sera meu bebe né!

- sei - digo sorrindo - sempre - recebo um beijo na testa.

- boa sorte minha filha e vá com Deus - diz e nós soltamos - você é nosso orgulho - fala e seco uma lágrima minha - não exite em nos chamar, sempre estaremos aqui por você.

Escuto o chamado do meu vôo e dou um último adeus a eles.

Pego minha mala e sigo para despachar, me sinto triste de deixá-los, olho para trás e os vejo a acenando de maneira carinhosa, mas sera para o bem deles, farei isso por ele, pela minha mãe, pela minha irmã, por nós.

Acordo com barulhos e percebo que cheguei finalmente na Itália

Foram 12 horas exaustante de viagem.

Olho para meu relógio que está em meu pulso e são exatamente oito horas da manhã.

Sinto a aeronave pousar, e os passageiros se levantarem.

Levanto exausta e pego minha maleta no compartimento de bagagem.

Sigo com ele andando pelo aeroporto até pegar minhas outras malas.

Pego um carrinho e as coloco la, quase morrendo após a forca que tive que fazer, suspiro cansada e vou em direção da saída.

Olho a vista de fora do aeroporto e me encanto com a beleza dessa cidade, super diferente da minha realidade, é lindo e mágico, algo que não reclamaria em ter como vista para sempre.

Saiu sorridente pedindo um taxi e vou em direção ao endereço em meu pequeno papel.

Olho pelo vidro do carro a cidade que a partir de hoje chamarei de minha e fico tentando memorizar, cada ambiente diferente, cada espaço que me encante, até perceber que o carro parou.

Desço minhas bagagens e pago o táxi, olho para o prédio e vejo que ela não é tão parecido como no anúncio.

Entro na recepção, com dificuldade pela grande quantidade de bagagem que carrego até ver o guarda vir em minha direção.

- olá senhorita - diz em italiano - posso lhe ajudar - fala e eu o encaro sorrindo.

- olá bom dia - respondo em sua língua - preciso pegar a chave desse apartamento - lhe entrego o papel - e também de ajuda para levar - falo e ele sorri para mim.

Ele me ajuda com umas malas porém as que eu pego subo quase morrendo as carregando.

Parando na porta ele as deixa lá e me entrega a chave voltando para seu lugar.

Sorrio orgulhosa de mim e abro a porta vendo meu novo lar.

Apesar de no Brasil ser mais facil, confiro todas minhas coisas o país de primeiro mundo é novo para mim, mas o medo de ser roubada ainda é antigo.

Entre e vejo o cubículo de 9 m² que vai ser meu lar durante esse ano.

Olho no canto esquerdo um balcão, pia, armário pequeno suspenso e uma geladeira pequena na direita tem um banheiro pequeno, uma cama de solteiro, um armário anexado e uma mesa de estudo.

Respiro fundo lembrando de tudo que tenho que organizar até o final do dia, e suspiro vendo que terei as malas para organizar ainda.

Mas a correria será apenas hoje, a partir de amanhã será tranquilo, a única correria que terei é a faculdade.

LIGADA AO MAFIOSO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora