LIGADA AO MAFIOSO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 1

QUEM É ELA?

MELISSA FONTANA

Sinto o corpo do senhor que se sacrificou por mim gelado embaixo de mim, todos aqui estão exaustos e chorosos.

O homem que nos mantém aqui não para de olhar para a porta, se preparando para quem quer que seja que entre.

- que merda - ele sussurra - como vou sair dessa - ele fala andando de um lado para o outro até pisar em algo.

Ele olha e vê que pisou em uma compra, a minha compra, mas que de certa forma ele não sabe de quem é.

O vejo abaixando e pegando a sacola abrindo e vendo vários testes de gravidez.

- de quem é isso aqui - ele pergunta olhando para todos que estão no lado do balcão abaixados - anda porra de quem é isso.

Diz se aproximando e sinto meu peito apertar ainda mais.

ele passa direto pelos homens que estão ao canto e para entre eu e mais duas mulheres.

- esses testes são seus ? - pergunta para primeira que nega com a cabeça. - se estiver mentindo eu te mato na mesma hora, são seus porra - pergunta gritando e ela o responde chorando.

- nao, não são meus.

Ele da mais três passos em direção da segunda e a encara firme.

- esses testes são seus ? - pergunta e ela nega com a cabeça também.

- não senhor eu não posso mais engravidar sou operada - diz trêmula e sinto um bolo na garganta quando seu olhar vem lentamente até mim.

- se não são delas, então é seu não é - ele diz com uma voz que me dá medo e eu sinto que meu mundo vai desmoronar. - vou pergunta só uma vez, se você disser que não é seu e insinuar que uma delas está mentindo, e mato as duas - fala e posso escutar o choro dela aumentando

O meu choro aumenta gradualmente e ele me olha severamente em meus olhos.

- esse teste é seu - Pergunta e quando eu vou responder escuto um barulho no canto da farmácia.

Vejo uma garota jovem com suas roupas rasgadas e sujas, vejo seus longos cabelos loiros e um rosto delicado e lindo, para alguém que parece sofrer muito.

- não ele é meu - ela fala encolhida e ele a olha estranho.

- quem é você - ele grita - onde você estava - pergunta indo em sua direção e apontando a arma para ela que inicia um choro.

- eu vi você entra e me escondi - diz abaixada. - achei que iria me assaltar e eu já não tenho nada e grávida, me escondi - ela fala e ele a encara com fúria.

- então é você que irá ser meu escudo - diz e puxa ela pelos cabelos trazendo até meu lado e a jogando.

O choro dela aumenta e ele fica irritado.

- fica quieta porra, só não te mato porque vou precisar de você - fala e vai para frente.

Ela continua chorando, eu a olho e sei que ela mentiu mas será que esta grávida também.

- hey não fica assim vai dá tudo certo...

Paro de falar quando eu percebo que ela não estava chorando de verdade, ela estava fingindo.

E pior ainda, ela o irritou e pegou a arma dele enquanto ele a puxava pelos cabelos.

- você ? - começo a questionar e ela sorri colocando um dedo sobre sua boca.

- shiuu! - diz sorrindo - fica bem quietinha que agora o show vai começar - fala e eu a encaro sem entender.

Ela então levanta e todos a olham inclusive o homem lá na frente que estava olhando fixamente para fora.

- o que acha que tá fazendo - começa a falar - senta antes que eu te...

Ele para de falar quando percebe que não encontra sua arma, arma que roubou ao matar meu guarda, arma que era seu único triunfo aqui dentro.

- está procurando isso - ela fala sorridente e ele da um passo para nossa direção e para quando ela aponta para ele.

- você acha mesmo que é capaz de me matar ? - pergunta zombeiro e ela sorri para ele de um jeito doce e meigo nem parecendo que tem uma arma em suas mãos.

- bom diretamente não - ela diz e ele a olha confuso - mas eu tenho um amigo grande, que pode acabar com você - diz e a escuto assobiar mais alto.

- grandão mal humorado agora que você entra - ela fala e vejo um homem o atingir rapidamente pela sua lateral o derrubando no chão, todos começam a gritar mais, eu o reconheço, como não reconhecer o homem que deita em meu lado todos os dias.

- Giovanni - sussurro e eles continuam na batalha em briga.

- em galerinha venham me sigam e sumam daqui - diz apontando uma saída pela lateral onde ela apareceu - todos começam a sair e eu observo aquela cena sem saber o que fazer. - isso mesmo galerinha a coisa aqui vai ficar feia, e não quero que vejam - fala ainda com a arma em uma mão, e com a outra indicando a saída.

- moça você também - diz e vejo que só resta eu aqui - vamos - diz me encarando - vai ir ou quer ficar e assitir - ela diz sorrindo e olho novamente para Giovanni.