CONVERSA

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GIOVANNI FONTANA

- Nao vai adiantar - digo e ela se vira para mim bruscamente.- estao lacradas, você não conseguirá sair.

A vejo me olhar assustada sem saber o que fazer.

Ao entrar melhor no quarto o fecho trancando a porta para evitar que ela saia.

- o que você vai fazer comigo - pergunta com medo esbarrando na janela.

- no momento estou te salvando - falo simples puxando uma cadeira e sentando nela, abro o botão do meu terno e ela acompanha o movimento com o olhar.

- como assim me salvando - diz se restabelecendo depois - pelo que me lembro quem estava ferrado ontem era você e não eu - diz com a língua afiada e sorrio de lado.

- e eu te devo agradecer por estar melhor hoje - digo a encarando.

- nem tinha percebido que estava melhor - fala ainda em seu canto e olho seu belo corpo.

Como eu a trouxe e ela estava apagada nem tive tempo de pedir para trocá-la, mas cá entre nós ela está bem melhor com esse vestido.

- o que foi ? - pergunta e eu finalmente levanto o olhar para seu rosto - minha cara é aqui encima - fala e sorrio vendo que em duas vezes nessa manhã ela foi mais ousada em me responde do que qualquer outra pessoa minha vida toda.

- estava só te admirando - digo sem vergonha nenhuma e ela me encara sem graça - mas voltando ao assunto importante que eu estava falando, você tem que ficar aqui comigo - digo e ela não observa - posso dizer apenas que não sou alguém tão bom quanto os tablóides de noticiam retratam, e tem pessoas que querem me fazer mal, e agora essas pessoas que me querem mal também vão querer você - digo e a vejo suspirar passando as mãos pelo cabelo.

- merda eu não devia ter feito igual os carinhas do filme de terror - ela fala e levanto uma sombrancelha - sempre dizem corre - fala indignada se sentando - e os burros vão na direção que não deve - fala batendo em sua testa - sua burra, sua burra.

- em - digo me aproximando e ela se assusta quando estou próximo, quando estou em sua frente, ela me empurra e por impulso pego seu pulso a puxando para encima de mim.

- porra - resmungo de dor, quando uma de suas mãos vem para meu ombro.

- aí meu deus - ela diz quando vê que pode ter me machucado.

Ela se senta em meu colo, creio que não tenha percebido e então abre minha blusa por impulso para olha a ferida, quando ela vê que foi uma pequena bancada e que minha sutura está em perfeita ordem, ela relaxa sobre meu colo Suspirando.

Por impulso seguro sua cintura, tentando pensar em um atropelamento de moto, para não me excitar com ela sentada assim.

- em você está bem ? - ela pergunta analisando meu rosto e eu a olho sem vergonha nenhuma.

- da dor do ombro sim - mas se não levantar em breve pode ficar outra coisa doendo - digo e ela levanta rapidamente sem graca.

- você não rele em mim de novo - ela diz e me sento indignado - eu relar em você? - digo perplexo - você que me empurrou no impulso te puxei - falo e ela me olha brava - quem sentou no meu pau mexendo sem perceber foi você - falo e me arrependo depois de ver sua expressão de vergonha.

Me levanto e então suspiro limpando minha roupa e tentando arrumar a camisa, já que os botões se arrebentaram.

Ela me olha de canto de olho e volto a falar com ela.

- olha estou tão animado quanto você de estar aqui - digo - só te trouxe porque você me salvou e acharia injusto de te deixar em seu apartamento para morrer - falo e ela continua me observando - você tem duas opção, fica aqui durante uns dias, seila até eu os encontrar e matar, ou saia agora e quem morre é você - digo nervoso - bom você decide.

Falo passando as mãos pelos cabelos e indo em direção da porta.

- espera ! - ela fala sem graça e eu paro na porta novamente. - desculpa - diz e me Viro - mas você tem que entender que meu lado também não é fácil - fala tentando se acalmar - eu sou interna tenho plantões a cobrir e uma vida para tocar, não tenho tempo para ficar aqui confinada.

Suspiro e volto alguns passos em sua direção.

- eu também tenho uma vida, também tenho coisas muito importante para comandar e compromisso para cumprir - digo suspirando - por isso te trouxe aqui - falo e ela me olha estranho.

- onde estamos - pergunta confusa e eu a encaro.

- é melhor que você não saiba o que eu faço nem mesmo a vida que tenho, só que minha família não pode saber de sua existência, por inúmeros motivos - suspiro - estamos em um apartamento que tenho aqui em Sicília que passo alguns dias - falo e ela me encara - deixarei tudo aqui pronto para você, para que fique confortável - digo e ela confirma com a cabeça - mais você não poderá sair, deixarei tudo que precisa, celular, notebook algo que possa fazer você levar a faculdade virtualmente ou apenas justificar sua ausência, até eu disser que é seguro ok - pergunto e ela me encara.

Ela não fala nada apenas me observa como se lutasse contra dentro dela.

- Melissa você não responde, okey ?- pergunto novamente.

- E entao ela sussurra - okey.

LIGADA AO MAFIOSO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora