Chapter four :

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Luke Archeron

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Luke Archeron

O grito estridente fez com que todo o meu corpo tremesse, mas eu ainda não conseguia me levantar, a dor na perna era terrivelmente insuportável, nem mesmo o meu sangue estava curando.

Eu sentia tanto o cheiro quanto o toque pegajoso do sangue que estava no chão, mas esse não era o meu.

A fêmea de cabelos brancos ainda estava imóvel no chão, e o seu peito não se movi mais, ela não estava respirando.

O frio se intensificou e a as lufadas de ar foram ficando pesada a cada segundo, dificultando ainda mais a minha respiração.

A risada grave masculina ecoou por todos os lados e eu pude sentir o momento em que a escuridão me chamou.

Meu corpo estava encharcado de suor quando acordei, o meu peito nu, coberto apenas pelas tatuagens que ganhei ao completar o Rito de Sangue, subia e descia em uma respiração descontrolada e intercortada.

Perigo.

Fique atento.

Era o que o poder sussurrava.

Uma mão tocou de leve meu ombro e eu obriguei os meus poderes, que já tomavam conta do quarto o escurecendo totalmente, recuarem novamente para dentro de mim. Demorou um tempo a mais do que eu gostaria.

— Calma. — A voz doce da fêmea pediu. — Está tudo bem. Eu estou aqui. — A mão dela fez caricia de leve no meu peito, bem acima de meu coração.

Ainda havia uma voz dentro da minha mente que gritava como se estivesse algo perigoso prestes a me atacar, mas a empurrei fundo, ignorando totalmente o aviso que a semanas começou a apitar em minha mente, e retirar qualquer resquício de sono tranquilo que eu poderia ter.

Os cabelos dourados caíram como uma cortina sobre o tronco nu de Asterin quando ela apoiou os cotovelos no colchão erguendo um pouco o corpo. As asas estavam incrivelmente reluzentes descansando atrás dela.

— Ainda com os pesadelos? — Meu peito se moveu desconfortável quando percebi o toque de preocupação em sua voz.

Murmurei um pedido de desculpas enquanto esfregava o rosto e aos poucos a luz do fim da tarde ia entrando pelas janelas do meu quarto, no mesmo momento que as minhas sombras recuavam e recuavam.

— Eu não queria te acordar, peço desculpas. — As sobrancelhas dela se franziram enquanto analisava com calma o meu rosto, como se pudesse ou desejasse olhar dentro de minha mente e descobrir o que tinha me deixado tão... alerta ou desesperado.

Me desculpei mais um milhão de vezes enquanto ela se jogava novamente no colchão, os cabelos se espalhando sobre o travesseiro.

— Tudo bem, se não quer falar sobre isso, mas você sabe que qualquer coisa que precisar... Eu estou aqui, certo? — Murmurei alguma coisa. Ela continuou. — Aliás, eu preciso mesmo terminar de fazer o que Drakon mandou para voltar para a ilha. E eu não vou terminar de cumprir minhas obrigações se eu continuar aqui deitada com você.

𝑺𝑬𝑪𝑹𝑬𝑻𝑺 𝑨𝑵𝑫 𝑳𝑰𝑬𝑺, 𝕤𝕡𝕚𝕟-𝕠𝕗𝕗Onde histórias criam vida. Descubra agora