Capítulo 2.

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8 anos atrás...

País do Fogo – Konohagakure – Academia Ninja.

Cobriu seus lábios com sua delicada mão, tentando disfarçar o décimo quarto bocejo que soltava apenas naquela manhã, estava com sono, encontrava-se exausta, com seus músculos fadigados e doloridos, mexia-se o mínimo possível, pois tudo em si doía e era uma dor horrorosa! Entretanto, tudo apenas piorava, já que ela não dormira a noite, não descansou como deveria e agora precisava se esforçar para manter seus olhos abertos, esses que estavam quase cedendo para o sono, mas ela precisava se manter acordada e prestar atenção na aula, mas.... Sobre o que eles falavam mesmo? O par de olhos sonolentos mirou quadro negro e viu Iruka-sensei explicando algo, deveria ser sobre o chakra ou algo do gênero, do que ele se referia? Estava tão ocupada tentando manter-se acordada que não prestou atenção na aula, droga! Isso não era bom! Brigou consigo mesma e usando o resto de determinação que possuía, resolveu prestar atenção na aula.

Apesar do sono estar a bofeteando a todo o instante e os bocejos constantes, os quais eram abafados por sua pequena mão, ela conseguiu se situar da situação, não havia sido difícil, Hyuuga Hinata era do tipo visual, aprendia olhando e absorvendo as informações, por exemplo: Caso uma equação fosse escrita no quadro, a garota iria analisar a resposta e seu cérebro rapidamente trabalharia no processo de absorver a informação dada, observando a conta e desmontando-a tintim por tintim, até que ela entendesse como o matemático chegou até aquele resultado, ou ela poderia optar pelo caminho mais fácil, observar os erros de seus colegas, perceber o erro e descartar a ideia formada em sua cabeça, até que ela chegasse a conclusão exata. Portanto, não foi uma grande dificuldade para ela acompanhar a matéria, além do fato de que Iruka-sensei estava constantemente repetindo o que era dito, pois um ou outro não havia entendido realmente.
 

– Ei, você viu? – Enquanto anotava as atividades no caderno, Hinata ouviu uma conversa paralela entre uma de suas colegas de turma. – Ele olhou para mim! – Seu tom era sonhador e apaixonado.

– Não olhou não. – Escutou outra negar. – Ele olhou para mim! – Exclamou.

– Claro que não, foi para mim! – Intrometeu-se mais uma, dessa vez, era uma garota ao lado da Hyuuga. Qual era o seu nome mesmo? Yunno? Yuri? Yuki? Suki! Sim, era isso, Suki.

Hinata estava com o cenho franzido, o sono já estava atrasando seu raciocínio e conseguindo um feito que não era muito comum, irrita-la e àquelas garotas conversavam absurdamente alto, Deuses! Elas pensavam que estavam cochichando? Metade da sala poderia ouvi-las, onde estava Iruka-sensei? Os olhos perolados foram de encontro ao professor, mas não o encontrou, ele deveria ter saído e por isso as conversas tornaram-se mais altas e escandalosas, caso o contrário, o professor já teria gritado com a sala e os mandando ficarem quietos. Droga, por que eles não podiam apenas ficar em silêncio e fazer as atividades? Certo, acalme-se Hinata, ninguém tem culpa do seu mal humor, suspirou e tratou logo de responder as questões.

– Sasuke-kun é tão bonito! – A garota suspirou perdida.

– Eu vou me casar com ele quando crescer. – Uma nova garota surgiu, dessa vez, a jovem Hyuuga nem se preocupou em encara-la, conhecia aquela voz muito bem.

– Pfff, não mesmo! Quem vai casar com ele sou eu, testuda. – As sobrancelhas de Hinata suavizaram em entendimento quando descobriu a resposta da atividade.

– O que disse, Ino-porca!? – Ralhou a outra.

– Sasuke-kun nunca se casaria com você.

– Ah, é? E por que não? – Hinata as encarou rapidamente, elas realmente estavam brigando por ele? Correu o olhar pela sala e encarou o moreno.

O Receptáculo do DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora