Sona e Jarvan tinham tudo para ficarem juntos mas nunca se notaram de verdade pois ambos tinham seus sonhos e suas ambições de vida. Ele vivia preocupado em orgulhar seu pai, com seus atributos de guerra e esforços. Ela, musicista encantadora, incap...
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Monumental e regida por uma cultura severa, Demacia é o lugar mais indesejado para se morar se você possuir poderes mágicos dentro de si. Cercada de petricitas, rochas antimagias que enfraquecem poderes arcanos, o Império ergue-se sob a premissa de ser um lugar livre das malícias e destruições causadas pela maldade de magos mundo afora. Seja você um imigrante ou nascido no próprio país, o lugar era aconchegante e a sensação de paz reinava por entre os muros daquelas terras. Não havia um demaciano que não acreditasse fielmente à proposta do império, e todos estavam propostos a manter a paz, mesmo que para isso tivessem que guerrear contra o mundo inteiro.
Mas o seio de Demacia estava recheado de magos ocultos, vivendo suas vidas pelas ruas como qualquer outro humano comum, alguns membros de famílias nobres, outros apenas cidadãos simples de vilarejos distantes que procuravam não chamar muita atenção. Todos em busca de viver em paz, porém essa paz era uma fachada. Caçadores de Magos aterrorizavam a população demaciana com suas inspeções brutais, levando pessoas que julgavam ser magos de suas famílias, executando-as ou aprisionando-as e fazendo com que nunca mais fossem vistas. Essa prática não era comum, porém após a morte de alguns membros importantes da realeza de Demacia, o rei Jarvan III jurou caçar magos para vingar sua perda e esse movimento de ódio ganhou força.
De todos que foram violentamente assassinados nos Portões do Luto, o rei de Demacia, Jarvan III, ainda lamentava a perda de seu melhor amigo Barret Buvelle. Em seus ofícios, sempre que tinha que tomar uma decisão, o rei lembrava dos conselhos e agia como se o amigo, praticamente irmão, ainda estivesse ali o guiando. Essa dor era ocultada com sua rotina, afinal, não poderia viver em luto eternamente, havia um país inteiro o aguardando para governar. Estava convencido de que iria matar o mago que ceifou a vida de seu amigo, e ao completar seu plano de vingança, talvez encontrasse paz para a dor em seu peito.
Foi então que decidiu promover um baile para a aristocracia demaciana que andava inquieta, para acalmar os ânimos e também para distrair-se de sua rotina de guerra diária. Mesmo sendo Demacia um lugar tranquilo de se viver, suas fronteiras viviam fervendo em batalhas, principalmente a parte que fazia fronteira com Noxus, um império problemático, impiedoso e sangrento. Governar não era uma tarefa simples, e manejar os interesses políticos de tantos nobres era a parte mais maçante do trabalho. Uma festa com bastante bebida, música e comida seria a folga que Jarvan III queria dar a si mesmo.
A corte estava animada com o evento, e por todo castelo só se falava no tal baile. Os jovens soldados do centro de treinamento estavam mais falantes e animados, brincando mais enquanto treinavam e Jarvan III caminhava pelo corredor aberto, ladeado de pilastras robustas com esculturas de soldados demacianos, observando como o clima estava mais leve. Ao seu lado, um homem de meia idade, com sua armadura impecável, uma lança nas costas, cabelos pretos amarrados num rabo de cavalo para trás sem sequer um fio desalinhado, o acompanhava com um leve sorriso no rosto.
"Aparentemente, esse evento deixou todo mundo bastante animado." Comentou o homem. Jarvan III sorriu, parando próximo a uma pilastra enquanto fitava dois homens jovens lutando entre si sendo supervisionados por um instrutor idoso de corpo robusto.
