Estamos vivos, mas a preço de quê?

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Sona sentia sua perna queimar de tão rápido que corria

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Sona sentia sua perna queimar de tão rápido que corria. Ela já tinha perdido a noção da distância que havia percorrido, mas eles ainda estavam em seu encalço. Os caçadores de magos não desistiriam enquanto não a capturassem, e ela e Lux sabiam disso. As duas corriam pela floresta escura, atravessando arbustos e folhagens baixas a toda velocidade, distanciando-se cada vez mais dos muros de Demacia.

No fundo, elas sabiam que isso iria acontecer, e Lux já havia montado um plano reserva para tal circunstancia. Eles atacaram em pleno teatro, no meio do público, enquanto Sona estava na metade de sua apresentação. E como ajuda do destino, dentre eles estava Garen, que disfarçadamente atrasou os caçadores de magos enquanto as meninas fugiam pela estradinha de trás do teatro.

Sona e Lux estavam cobertas de esgoto pois desceram pelas galerias de Demacia para transpassarem os muros da grande cidade e chegarem com mais rapidez ao porto, no entanto os caçadores de magos persistiam em persegui-las. Sona erguia seu vestido na altura do joelho para pular algumas raízes de árvores, com seu Etwahl flutuando ao seu lado, e Lux seguia mais a frente segurando um báculo de duas pontas em suas mãos, olhando toda hora para trás e liderando o caminho.

Quando finalmente avistaram o porto, havia uma pequena embarcação com várias pessoas que estava a poucos metros da ponte, e parecia que havia acabado de desatracar, quando as pessoas começaram a gritar ao piloto que parasse de se mexer ao avistarem Sona e Lux correndo pela orla. Era o barco do plano de fuga que Lux vinha montando, e dentre as pessoas, Sona reconheceu o piltovense loirinho e chato, chamado Ezreal. 

As duas ainda tiveram que correr e nadar um pouco pela água para alcançar a embarcação, e foram puxadas pelas pessoas que estavam no barco, mas não antes de Sona ser atingida por uma lança de petricita em seu ombro. Quando tomou o golpe, Sona automaticamente soltou a mão do homem que estava puxando-a para a embarcação e caiu dentro d'água. Ela ouviu a gritaria lá fora, e de dentro do mar, ao olhar a superfície, ela viu os feixes de luzes brilharem como fogos de artifício no tremulado céu.

 Ela ouviu a gritaria lá fora, e de dentro do mar, ao olhar a superfície, ela viu os feixes de luzes brilharem como fogos de artifício no tremulado céu

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Seus sentidos começaram a se ofuscar, e Sona sentia-se cada vez mais leve a medida que ia afundando.

Livre de culpa, de dor, de medo... 

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