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Dois anos atrás

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Dois anos atrás...

As drogas são o meu vício e quando eu descobri que minha ex estava grávida, eu não tive outra opção a não ser entregar meu filho nas mãos do pessoal do orfanato.

Tenho certeza que essa será minha melhor decisão, não quero que essa criança sofra ao ver seu pai drogado por causa de um relacionamento mal sucedido.

Sei que ele irá sofrer demais em um orfanato, mas espero de coração que ele encontre uma boa família e que ele seja feliz.

Ele tem quase um mês e eu prefiro deixar ele enquanto não se acostumou comigo, pois mais tarde pode ser complicado de eu me afastar dele.

Assinei as documentações e o deixei ali, sei que posso parecer egoísta ou algo do tipo, mas tenho certeza que é a melhor decisão.

Deixei o local aos prantos, eu queria ficar com ele e cuidar dele, mas eu não tenho condições, eu sempre estou me drogando e a mãe dela se foi, eu não consigo cria-lo sozinho.

Sei que sou novo demais para me drogar, mas eu estou viciado e não consegui evitar, mas por essa criança, eu quero mudar e eu vou mudar.

— Como assim eu não posso engravidar?- Eu questiono ao doutor e ele me olha com tristeza no olhar

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— Como assim eu não posso engravidar?- Eu questiono ao doutor e ele me olha com tristeza no olhar.

— Infelizmente eu não posso fazer nada, Sophia. - Ele me disse.

— Mas Dr Rodrigo, não tem algum tratamento ou algo do tipo? Existem tantas maneiras de engravidar! Eu não acredito que isso não tem jeito, tem que haver um jeito!!- Eu disse, com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Tudo o que eu sempre quis foi ter um filho, um bebê que me trouxesse paz e alegria para meu coração, mas saber dessa notícia, me fez perder as esperanças de algum dia poder ter alguma felicidade na minha vida.

— Sinto muito. Mas seu caso é diferente, eu te aconselhar a recorrer a uma adoção. - Ele disse e eu observei seus olhos, ele também estava triste, mas tentava não demonstrar.
— Ok. Eu agradeço, tenha um excelente dia.-  Eu disse e saí de sua sala.

Meu noivo que me aguardava do lado de fora da sala, correu até mim e me olhou com esperança nos olhos, mas eu apenas neguei com a cabeça e ele suspirou.

— Se acalma, nós podemos adotar. Não é?- Ele disse e me abraçou, me guiando até a porta e saindo do local.
— Sim. - Eu disse.
— Qual é amor! Nós vamos ter nosso filho, apenas temos que esperar um pouco. - Ele disse.
— Eu acho que você não entendeu, mas amor, eu nunca vou ter um filho. Eu sou infértil. - Eu disse.
— Meu Deus. - Ele só teve essa reação.

Ele pegou seu telefone e fez uma ligação, e após alguns minutos veio até mim.

— Quer passar em um orfanato? Depois a gente pode ver algumas coisas do nosso casamento. - Ele disse.

Eu até pensei sobre, mas desisti, eu não quero ver o que as pessoas fazem com bebês inocentes, eles tem uma oportunidade e dispensam assim.

As crianças passam por coisas terríveis em orfanatos, e vê-las agora, com esse pensamento, não seria nada adequado.

— Não. Eu apenas quero ir para casa. - Eu digo e ele suspirou, segurando em seus cabelos, mas que merda, por quê ele está bravo?

— Olha, eu te entendo, mas isso tudo por causa de uma criança? Eu não vejo nada demais nisso. Além do mais, uma criança requer muitas coisas e muitos cuidados. Acho que nós não estamos prontos para isso, não é?- Ele disse e aquilo me doeu muito.

Ele sabia que era o meu sonho, ele não podia fazer aquilo, não podia tratar como se não fosse nada, como se fosse um rachado na tela do celular ou algo do tipo, é o meu sonho!

— Nada demais, Erick? Tá de brincadeira comigo? Você sabe que isso é meu sonho e eu já tenho idade suficiente para ter um filho. Eu tenho condições para cria-lo e eu poderia fazer isso sem você, por quê me parece que essa notícia lhe agradou muito. Eu não posso ter filhos, nossa que incrível, não é?- Eu disse e ele engoliu seco, sem dizer nada.
—  Quem cala consente. - Eu disse.

Eu saí do local, lhe deixando sozinho.
A caminho do meu apartamento tem um pequeno orfanato e eu sempre vejo as crianças brincando e se divertindo, mas não imagino o quão difícil deve ser viver sem um pai e sem uma mãe.

Eu quero muito mudar o destino de uma criança, quero ser a mãe que ela precisa, isso me dá uma alegria no coração, só de imaginar.

Passo pelo mesmo local todas as vezes e reparo nas crianças, me dá uma certa vontade de ir até lá, mas logo desisto, porém hoje, algo em mim me despertou um desejo de ir. E assim eu fiz.

— Bom dia. - Eu disse e uma senhora me deu um sorrisinho, me dando espaço para passar.
—  Bom dia. - Ela me respondeu.

Observo as crianças e vejo um bebê, não me parecia ter mais que três meses, ele era um fofo.

— Como ele se chama?- Eu questiono a senhora, me aproximando do bebê e ela dá um sorrisinho.
— Ele ainda não tem nome, ele foi deixado aqui essa semana. Então, não temos muitas informações, apenas que ele tem quase um mês. - A senhora disse.
— Eu posso pegá-lo? - Eu questiono.

Ela me lançou um sorriso.
— Claro que pode. - Ela disse e eu fui até a moça que estava com ele no colo e o peguei, com muito cuidado e carinho.

O bebê não chorou e nem se assustou com alguém estranho, no caso, eu.
Eu comecei a brincar com ele, e ele me lançou uma gargalhada.

— Nossa, parece mesmo que ele gostou de você. - A senhora disse, impressionada.
— Ele... Gostou?- Eu a questiono.
— Sim. Ele não costuma sorrir e nem ficar muito tempo com alguém. Ele sempre está um pouco "irritado". - A senhora disse.
— Bem, então somos amigos agora, campeão.- Eu disse e o bebê sorriu, e como podem dizer que os bebês são chatos ou algo do tipo?

Sinceramente, eu senti uma certa conexão com esse bebê, algo nele me despertou felicidade.

Continua...?

O que acharam desse primeiro capítulo? Estão gostando?

Drugs - Jaden Hossler Onde histórias criam vida. Descubra agora