Onde Jaden abandona seu filho recém nascido em um orfanato por causa das drogas, mas dois anos depois de se livrar das drogas, ele começa a procurar seu filho, e quando encontra, pode ser que ele ache também, a pessoa certa.
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Eu queria falar que o Jaden precisava ir, mas ver meu filho tão feliz, me impedia.
Ele nunca brincou assim com Erick, pois ele nunca se esforçou, é difícil saber disso, mas também fico feliz que Jaden seja uma boa pessoa e que se importa com o filho.
Eu podia até contar para Dom que Jaden é seu verdadeiro pai, porém é Erick que ficará morando com a gente, então, na cabeça dele não fará muito sentido, acho que prefiro deixar do jeito que está.
Jaden é uma boa pessoa, e por isso, me sinto bem em ver Dom com ele.
— Filho, você precisa tomar banho. — Eu digo.
— Sim. O Jaden pode me dar banho?— Ele me perguntou.
— Você sabe? — Eu questiono Jaden, que ri de desespero.
— Não. Me ajuda? Eu quero dar banho nele. — Jaden disse.
— Claro, vamos lá. — Eu disse e nós três fomos até o banheiro e eu ajudei ele em todos os momentos.
E logo Dom decidiu jogar água na gente, o que foi bem engraçado, já que nem eu e nem Jaden esperávamos isso.
Quando levei Dom para sala, já de roupa no corpo e todo pronto para dormir, eu digo.
— Filho, eu acho que o Sr Hossler precisa ir. — Eu digo.
— Não precisa me chamar assim também. Vamos combinar, eu não sou tão velho assim. — Jaden disse e eu dou um riso baixo.
— Mamãe, chama ele pra jantar com a gente. — Dom disse.
— Mas o jantar ainda nem está pronto, meu amor. — Eu disse.
— Se quiser, eu fico aqui com ele para você preparar a comida de vocês e não se preocupe comigo, eu janto em um restaurante mesmo. — Jaden disse e eu fiquei com pena dele e então, tive uma ideia.
— Quer saber? O que vocês acham de pedirmos uma pizza? — Eu digo e recebo um sorriso dos dois.
— Eu quero, mamãe. — Dom disse animado.
— Eu acho uma boa ideia, me fala o valor e pede pra trazer uma máquina de cartão, por favor? — Jaden disse.
— Que te falar valor o que, eu que vou pagar. — Eu disse.
— Não, eu faço questão. — Ele insiste.
— De maneira alguma, você é nosso convidado, eu pago. — Eu digo.
— Com todo respeito, mas não. Nós podemos rachar então! — Ele sugere.
— Assim está melhor. — Eu disse e sorri.
O tempo passou e eu, Dom e Jaden ficamos assistindo patrulha canina no sofá e eu fiz questão de cobrir Jaden, e Dom se sentou no meio de nós dois.
E logo eu ouço a campainha tocar e logo vou até a porta e recebi a pizza e eu e Jaden pagamos a conta.
— Vamos jantar, pessoal. — Eu disse e eles caminharam até a mesa de jantar.
— Oba, a minha favorita! — Dom disse, após ver a pizza e ele já ia pegar seu pedaço, mas eu o interrompi.
— Psiu, você já lavou a mão, meu amor? — Eu o questiono, com o cenho franzido e ele dá um sorrisinho envergonhado.
— O mesmo para você, Hossler. — Eu disse e dou um sorriso.
Todos correram até a cozinha e eu peguei Dom e ele se sentou na bancada da pia e lavou as mãozinhas.
— Agora podemos comer! — Eu disse e eles sorriram e fomos comer.
Jaden ficava a todo momento, me lançando sorrisos com certa "malícia" estampada na cara.
A porta se abre e eu vejo Erick passar por ela, logo ele me encara desconfiado.
— Quem é ele? — Erick me questionou.
— É um amigo. Jaden Hossler. — Eu disse.
— Trabalho com ela na gravadora. — Jaden disse e esticou a mão para cumprimentá-lo e Erick faz o mesmo, mas com o cenho franzido, como se estivesse curioso.
— Hm. E o que está fazendo aqui com o nosso filho? — Erick disse.
— Meu filho, Erick. — Eu disse e vejo Jaden segurar o riso.
— Tem espaço para mim? — Ele me perguntou, e antes que eu possa responder, ele se sentou ao meu lado e foi com a mão direto na pizza.
— Ei, tira a mão suja da pizza. Vai lavar essa mão de rua. — Eu disse.
Erick bufou e se levantou, indo até a cozinha e vejo Jaden soltar uma risada nasal.
— Eu não sabia que tinha namorado.— Jaden disse, com certo "incômodo"?
— Na verdade, eu sou o noivo dela. — Erick disse e me deu um selinho, inesperado por mim, e que também, não foi retribuído por mim.
Vejo o incômodo de Jaden com essa situação, mas o que eu podia fazer nesse momento?
Tentamos conversar normalmente, só que Erick nos atrapalhava a todo momento, nós até tentávamos o incluir na conversa, mas de nada adiantava, ele sempre interrompia e era chato para caramba.
— Eu sou que já está na minha hora.— Jaden disse.
— Tem certeza? Está cedo. — Erick disse com deboche no seu tom de voz. Dom abraça Jaden e não queria soltar, mas Erick tentou trazer ele de volta, mas ele não quis.
— Filho, vem.— Erick disse.
— Você não é meu pai. — Dom disse.
— Meu amor, vem com a mamãe. Amanhã a gente vai ver o tio Jaden, tá bom? — Eu disse e Dom veio para meu colo.
— Até amanhã, Sophia. — Ele disse e me deu um beijo na bochecha.
— Até amanhã, Jaden. — Eu disse.
— Tchau campeão. — Jaden disse e dei um beijo na bochecha de Dom, que ficou sorrindo e retribuiu o ato.
Jaden foi embora e eu não disse nenhuma palavra a Erick.
E eu fiz Dom dormir, já que ele estava bem cansado do dia que teve.
Após ele estar dormindo, eu fechei a porta do seu quarto e fui até a sala onde Erick estava.
— Qual o seu problema? — Eu o questiono.
— Oi? — Ele se faz de desentendido.
— Disfarça não, Ana Lúcia. — Eu disse.
( Gente, na minha cidade, quando alguém se faz de sonso, você fala: Disfarça não, Ana Lúcia. E esses dias que eu fui entender o significado disso! )
— Eu não sei do que você está falando. — Erick disse.
— Não se faz de vítima! Você estava maltratando o garoto. E ainda chamou o Dom de filho, o que aconteceu com você? Queria competir com ele por acaso? Seu idiota. — Eu disse.
— Só queria proteger o que é meu. — Ele disse.
Eu sei um sorriso debochado.
— Eu não sou nenhuma objeto para ser seu, e nunca, vou ser de homem algum. E se quiser que eu não te fale mais merdas, vai para casa. — Eu disse e abri a porta para ele.
— Desculpa por isso. — Ele disse.
— Tá bom, Erick. — Eu disse.
A cada briga nossa, minha paciência se diminuía. Por quê ele insiste em fazer essas palhaçadas?
