Segunda chance (?)

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OI OI OIIIIIII!

Demorei mas cheguei KKKKKKK

Gente, vou deixar um spoiler aqui e só entendedores entenderam 👁👅👁: LATE CORAÇÃO, CACHORRO, LATE CORAÇÃO!

Pronto, já dei KKKK prepararam o lencinho? Espero que tenham comprado caixas e caixas pq hoje é o último capítulo 😳😳😳😳😳😳

Joguei a bomba e sai correndo KKKKKKKKKK

Ops- boa leitura 💖

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— Sakura… — a voz rouca do marido chamava pela mulher.
Prestes a sair do quarto do casal, ela exitou, encarando aquele que não tinha visão.
— Sim? — esperou.
— Não me deixe aqui… — implorava com as palavras falhas — sozinho com ele.
Apesar de Sakura ter a fama de ser dona de uma personalidade forte e muito teimosa, pensou realmente na proposta. Foi difícil convencer Tsunade de que seu homem só ficaria psicologicamente bem em casa, finalmente conseguiu provar quando Kakashi saiu pelos corredores e, depois de fugir do hospital, ficou perdido entre as ruas de Konoha.
O escândalo foi grande. Como assim o hokage agora era cego e andava perdido na vila?
Pior que isso? Ser dono de devaneios uma vez que a população não estava ciente da posse de duas almas em um só corpo. O problema passou a ser maior quando os homens entraram em discórdia e o sistema físico entrou em pane.
Após o ocorrido a Senju não tinha opção a não ser deixar Kakashi num lugar seguro;
isto é, dentro da própria casa, sendo cuidado por Sakura e na companhia dos filhos. A questão pareceu ser saudável. O Hatake mostrava uma melhoria comportamental, os filhos estavam felizes e Sakura… bem, resistia ao amor que sentia pelo homem.
— Sakura, por favor — em tom baixo, aquele que carregava os cabelos pratas pedia novamente.
O silêncio dela ensurdecia seus ouvidos.
— Tudo bem, mas não vou dormir com você. Vou estar na poltrona.
Apesar de sempre pensar no bem estar do marido, não baixava a guarda. Kakashi pensava que estava tudo bem, por que ela insistia em ser fria? Ele foi capaz de ouvir as rodinhas da poltrona baterem na parede, do seu lado da cama. Soube que Sakura suspirou, cansada e mesmo assim orgulhosa.
Ela queria voltar ao sofá que, por mais desconfortável que fosse, era melhor do que ter a tensão da presença dele. Mesmo assim aceitou, pois era dona de uma grande preocupação. O homem teve febre o dia inteiro e as reclamações de dores de cabeça eram frequentes; ela entendia isso, afinal, quem suporta um psicopata manipulador falando 24 horas na mente?
Os pesadelos se tornaram diários e os gritos involuntários assustavam as crianças no meio da madrugada. Estavam felizes com a presença do pai, mas sabiam que ele sofria. Kakashi deixou o silêncio dominar e por mais difícil que fosse dormir, apagou no cansaço. A rosada cochilava encolhida na cadeira e em uma das vezes que acordou na madrugada, ouviu os gemidos do marido. O Hokage carregava angústia e provavelmente relembrava sua culpa de águas passadas, o corpo suado não parava quieto e a febre não passava.
— Kakashi. Kakashi, acorda. — depois de medir a temperatura do marido, sacudiu o corpo masculino.
       Tirou a coberta e sentiu a própria mão molhada do suor que Kakashi carregava. Acordou assustado e claro, não acostumado com a falta de visão.
— Sakura! — sentou na cama sentindo o calor e, afobado, chamou por ela. 
- Calma, calma. Kakashi, calma.
     A mais nova repetia a mesma palavra assustada, angustiada com a reação posterior dele. O corpo suado ameaçou cair no chão quando o hokage quis sair da cama e, no reflexo, ela amorteceu a queda. Foi capaz de ouvir o choro daquele que aos poucos cedia e abraçava o corpo feminino. 
 - Tira ele de mim...Por favor, tira.
 - Eu não posso. - segurando os cabelos pratas entre os dedos e reprimindo as próprias lágrimas, Sakura respondia num fio de voz. 
 " - Ela não vai te ouvir. Acha que é capaz de se livrar de mim? Não seja tolo." 
      A verdade é que Kakashi já não suportava a situação. A causa principal? Bom, Sakura não sabia, mas o seu receio afastava os dois cada vez mais e a âncora que era para marido acabou por ficar distante. O estado frio do relacionamento fazia com que Orochimaru ganhasse vantagem em cima das inseguranças do homem e agora Kakashi navegava em um mar agitado, com ondas de 15 metros engolindo o barco onde estava. O sannin investia na estratégia e estava seguro de que, uma hora ou outra, Kakashi cederia.
  - Tira... Tira de mim. Amor, me ajuda!
      O desespero do Hatake era o suficiente para quase gritar da tamanha tortura psicológica que enfrentava e mesmo assim, tinha o amor reprimido para com a esposa. A pressão era tamanha que ela não conseguiu lidar. Encolheu o corpo e firmou o aperto contra Kakashi na tentativa de dizer em silêncio que ele estava seguro, que estava tudo bem. 
       Ela por fim deixou que as lágrimas descessem grossas e o chorar fosse abafado nos fios prateados do ex-sensei. O silêncio não durou muito, Kakashi pedia por socorro. 
 - Eu nunca imaginei que olhar no fundo dos seus olhos e vê-los brilhar fosse tão importante. Tenho saudade, sinto falta. - ele confessou enquanto alisava o rosto feminino, tentando se lembrar da beleza que encontrava na amada. 
      A mais nova encarou os olhos negros a luz da lua e, na mais terna incerteza, desfez o contato com a mão masculina; quente, grande e acolhedora. O orgulho dela não admitia, mas Sakura também tinha saudade. Soluçou e a partir daí não teve mais volta, desabou por completo. 
 - Dias atrás eu tinha medo de ver nossa família desmembrada, agora estamos na mesma casa e nem olhar para os meus filhos consigo. Eu quero a minha vida de volta. - em meio ao desabafo, houve os devaneios. 
       Nas palavras do marido ela derramava a dor, sentindo doer no peito quando sabia que ele falava consigo, mas não era capaz de olhar nos seus olhos. O peso vinha, ele não sabia da verdade. 
       A questão foi deixada de lado quando, na escuridão do quarto, Kakashi se calou e encolheu o corpo. Ao estender a mão até a testa do Hatake, a médica percebeu que a situação só piorava junto com a saúde mental. A comprovação de que ele não estava nada bem foi ter desfeito o contato e estendido o braço num sinal rápido de afastamento. 
       Kakashi abriu a boca e com o estômago revirado, deixou tudo sair. Logo de início Sakura se assustou, lógico; mas teve alguma paz ao entender que o hokage jogava o que lhe fazia mal para fora. 
       Quando o homem foi erguido por ela, só teve forças para deitar na cama e se recuperar do enjôo. O clarão que veio em seguida indicou a luz acesa e junto com ela veio a surpresa de Sakura. O que ela pensou ser a janta do marido era na verdade o líquido negro que ele tinha expelido no hospital e junto, sangue. 
       Tapou a boca com as mãos na tentativa de abafar sua reação e, ao mesmo tempo, observar aquilo que aos poucos se mexia ao encontro de Kakashi. Quando finalmente conseguiu raciocinar, correu para pegar um pano; contudo, ao voltar presenciou o bizarro. 
       O líquido negro voltava à boca daquele que parecia satisfeito ao recuperar o que tinha perdido e Sakura sabia, aquele não era o homem que amava. Interrompeu o processo absorvendo aquilo no tecido e deixando Orochimaru com a amargura do fracasso. O corpo se erguia na cama para avançar na mulher e ao mesmo tempo retraia. A médica não era tola, tinha ciência que o marido enfrentava mais uma das batalhas mentais. 
         Sakura recuou, chocada. Doía ver Kakashi assim e ainda que fosse formada em medicina, não fazia ideia de como ajudá-lo. Parou quando encostou o corpo na parede e, ali, cedeu. Deixou alcançar o chão e sentou no piso gelado, vendo o amante contraindo na cama. Não conseguia olhar, era incapaz de vê-lo sofrendo. 
      As lembranças invadiam sua mente de forma dolorosa, fazendo ela se arrepender de muitas coisas.
" — Pequena, qual o motivo de tanto ciúmes? — Ele perguntava, deixando de olhar as estrelas para dar atenção às orbes claras. 
       A resposta demorou e só veio após um longo suspiro e muita coragem para passar por cima do próprio orgulho. 
 — Tenho medo de te perder… 
         Kakashi virou o corpo em direção ao seu, procurando encontrar realidade nas palavras da garota. Alisou a pele clara com os dedos de forma delicada e, relutante, a mais nova deixou uma lágrima cair enquanto desviava o olhar. Era sensível, ainda se sentia uma criança. 
 — Eu demorei muito tempo para te encontrar. 
 — Isso não significa que deixaria de ter prazer por meros minutos. — insegura, negava encarar o namorado. 
 — Eu posso ter isso com você em horas, dias, meses e anos. E nem se não pudéssemos, nunca te deixaria. — ele secava a lágrima solitária, vendo que finalmente ganhava o olhar da garota. 
- Palavras são só palavras, Kakashi. - séria, passou a olhar nos olhos bicolores.
- Não me importa o que você acha. Mesmo se um dia não acreditar em mim, eu sempre vou te amar. "
        Voltou para a realidade quando ele deixou a tensão dos músculos e se encolheu no lençol da cama. A mulher se levantou e percebeu que quanto mais se aproximava dele, mais inquieto ficava.
  - Sou eu, fica calmo. 
  - Não quero te machucar... - Kakashi sussurrou, procurando distância da rosada. - Você está bem? 
       Sakura não respondeu. Mordeu o próprio lábio na tentativa de conter a emoção. Ele se importava. Mesmo lutando pelo controle do seu corpo ele se importava com ela. O "eu te amo" estava afirmado de forma invisível dentro da pergunta dele e foi tão involuntário quanto inocente. A preocupação virou rotina uma vez que o amor dominou Kakashi, e Sakura também não podia fugir disso.
       Estava prestes a chamar por ela de novo, em busca do tormento ao silêncio, mas desistiu depois da luz apagar e de um lado da cama afundar. Ela deitava ao seu lado, dormiria consigo.
  - Não - quando sentiu a mão pequena tocar seu rosto, disse em negação. 
  - Você não vai me machucar, eu sei disso.
  - Confia no Orochimaru? - a pergunta era feita com seriedade, apesar da resposta ser óbvia.
  - Não.
  - Então não confia em mim, querida. - pedia num sussurro, mas quem disse que Sakura escutava? 
  - Confiar no meu marido é o suficiente para não ter que confiar em um monstro.
  - Sakura... 
  -  Você disse que não poder me ver te faz falta, então aproveita enquanto pode escutar a minha voz e abraçar o meu corpo. - foi a vez dela dizer, num fio de voz. 
         Os lábios finos do homem se afastaram um do outro quando ele pensou em responder, mas desistiu no meio do caminho. Ela estava certa e Kakashi não tinha argumentos contra. Ainda que receoso, deixou-se levar pelas mãos femininas que guiavam o seu corpo para cima do dela. Sem malícia, ele deitou sob o colo da esposa e, com saudade do afeto, abraçou a cintura da médica. 
 - Não devia estar fazendo isso... - mesmo depois de Sakura pensar que a conversa tinha acabado, o hokage reviveu o assunto. 
 - Não tenho medo de você, já provei isso. 
         Nas palavras doces daquela mulher orgulhosa que amolecia o coração, Kakashi viu amor. Teria ele a família de volta? Parou para pensar numa grande possibilidade dos seus devaneios se tornarem realidade quando sentiu os dedos da moça emaranhados nos seus fios pratas. 
 - Nunca tive coragem para te falar, mas... também senti sua falta. - ela voltou a dizer, desta vez pensando que soou tão baixo que o homem nem sequer tinha ouvido. 
         Ele provou o contrário quando ergueu o corpo até alcançar a testa e deixar ali um beijo casto, como fazia nos velhos tempos. 
         Naquela noite Kakashi dormiu. Pela primeira vez em semanas ele não foi atormentado por fantasmas do passado e não se importou com  a cegueira. Dormiu sereno, como não fazia há muito tempo. Adormeceu sabendo que era amado, que não precisava mais sofrer. Ambos se amavam a tal nível que não precisavam usar palavras para dizer um ao outro que se perdoavam. Já estava feito, e a paz reinou daquele dia em diante.

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E FIM 😭😭😭😭😭😭😭😭

Não acredito nisso-

Agradeço a todos por lerem até aqui, de verdade! Os comentários, as views, o carinho, os compartilhamentos, os favoritos... Todos 😔💝💝💝💝 Meu coração é de vocês.






Um roda pé aqui pra dizer q é mentira KKKKKKKKKKKKKKK

Aí gente, desculpa. Senti falta de um humor 😂😂😂😂😂😂😂

Até o próximo capítulo, baby! 😎💜

Seria mesmo o Sasuke??Onde histórias criam vida. Descubra agora