Capítulo vinte e seis

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Point of View JB

— NYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY — chamo minha mommy.

— Que foi, meu amor? — pergunta ela, chegando e me pegando no colo.

— Ny — estico meus bracinhos na direção dela. Ela ri e me pega no colo, me abraçando.

Point of View Any Gabrielly

Acho que vou cair com o JB, meu Deus, eles são pesados. Desço e dou uma mamadeira para ele, coloco-o assistindo e coloco as crianças em ordem. O Noah vem buscar eles para levar à escola, e Jade fica dormindo.

Me sento no sofá e JB põe a cabeça no meu colo. Faço carinho nele e ele sorri.

— Mommy, suninho — diz ele, sorrindo.

— Pode dormir, meu amor — digo, e ele sorri antes de fechar os olhos.

Point of View Kyle Beauchamp

Encaro Any, mais confuso do que nunca. Ela está estranha, se isolando de tudo e de todos, inclusive de mim e das crianças. Ela está tão diferente, sempre cabisbaixa. Sempre que pergunto algo, ela só diz que está cansada. Sinto que ela está pedindo socorro à sua maneira, mas não fala nada. Não sei o que fazer, sinto que ela está se afastando cada vez mais.

...

Termino de pôr meus filhos para dormir e vou para o nosso quarto. Abro a porta sem fazer barulho e vejo Any de costas para mim, com uma gilete suja de sangue.

Sinto um impulso de gritar, mas me contenho. Me aproximo com calma.

— Meu amor, o que aconteceu? — pergunto, me abaixando na sua frente e observando seu rosto molhado por lágrimas.

— Desculpa — ela murmura, fechando os olhos.

— Me explica, meu anjinho — peço com calma.

— Eu não consegui impedir, desculpa — ela diz, chorando.

Tiro a gilete dela, pego-a em meus braços como se fosse uma noiva e a levo até a cama. Limpo seus pulsos com algodão, faço um curativo, tiro suas roupas e a cubro com um lençol. Dou um beijo na testa dela e me deito ao seu lado, puxando-a para meu peito.

— Desculpa — ela repete, chorando baixinho.

— Está tudo bem, neném — digo, tentando acalmá-la. Faço carinho em seu cabelo e deixo um beijo em sua testa. Ela suspira.

— O que houve, minha princesa? — pergunto.

— Eu tive uma pré-depressão por causa do desprezo dos meus pais. Quando conheci vocês, eu tinha que tomar alguns remédios que acabariam no meu leite, mas quando descobri que vocês gostavam de mim, eu parei de tomar. Fiquei com medo de dizer a vocês e continuei sem tomar. Eu me sentia feliz, mas quando vi você com a Camile, comecei a me sentir mal, insegura, desprezada e sem importância. Quando voltei para minha psicóloga, ela disse que eu estava com depressão e ansiedade. Eu ia começar a tomar remédios, mas descobri a gravidez e desisti. Depois, quando fui à psicóloga novamente, quando as crianças tinham três anos, ela disse que eu tinha depressão severa, mas eu escondi de todo mundo. Depois de tudo, só piorou — diz, chorando baixinho.

Olho para a parede, sentindo um peso na consciência. Isso é culpa minha... Eu contribui para isso.

Puxo-a para mim, envolvo-a em meus braços e ponho minha boca na sua orelha.

— Me desculpe, meu amor. Eu nunca vou te deixar. Eu te amo e vou te ajudar, eu juro — digo baixinho, dando um abraço caloroso e terno nela.

Faço carinho em seu cabelo e ouço sua respiração leve. Acho que ela adormeceu.

...

Não consigo dormir, não sei como ajudar, mas vou descobrir. Ela está dormindo serenamente sobre mim. Faço carinho em seus cabelos e beijo sua testa.

Any resmunga ao acordar e me olha, encolhendo-se.

— Bom dia, meu amor — digo, e ela sorri tímida. Se levanta, revelando seu corpo nu. Pego-a no colo e ando até seu closet.

Deixo-a em uma das poltronas lá dentro. Pego um short de pano e um top confortável e a visto. Depois a pego no colo novamente, beijo sua testa e ela põe o rosto no meu pescoço.

— Vamos tomar café, meu amor? — pergunto.

— Não estou com fome — ela diz baixinho.

— Está bom, querida, mas mais tarde você vai comer alguma coisa — respondo, colocando-a na sala. Subo para chamar as crianças.

Chamo todos eles, dou banho, arrumo e faço as mochilas.

— Pequenos, a mamãe não está muito bem, então não irritem ela, tá bem?

— Tá bem,papai — respondem os quatro.

— Vamos tomar café — digo, descendo com as crianças e dando café para eles.

 MEU PROFESSOR É UM MAFIOSO!??|| 2° temporada||                BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora