Capítulo trinta e seis

471 45 1
                                    

Pov Josh Beauchamp

— Elas estão com a cabeça colada; são gêmeas siamesas.

A notícia é um choque, e a única coisa que me tira da inércia é ver Any saindo, batendo a porta. Levanto-me imediatamente e a sigo, encontrando-a perto das escadas. A abraço por trás e coloco minha mão em sua barriga.

— Eu... eu não quero, Josh! Eu prefiro matá-las do que elas viverem em uma cama pelo resto da vida!!!

— Meu anjo, calma. Vamos cuidar delas; vamos ter essas meninas. Não precisamos pensar no pior agora. Vamos ver se há a possibilidade de separá-las após o nascimento. Não se preocupe tanto.

Beijo sua testa e a abraço, sentindo as bebês se mexendo. Isso faz Any sorrir um pouco. Suspiro baixinho; tudo vai dar certo, tem que dar.

— Estou com tanto medo, Josh! — Ela chora em meu ombro, e eu beijo seu pescoço, acariciando suas costas.

— Vai dar tudo certo, bebê, eu sei que vai! — Digo e beijo sua testa. Faço cafuné nela, tentando acalmá-la.

— Será que fiz algo de errado durante a gestação? — Ela pergunta, se culpando.

— Claro que não, vida, não é sua culpa. Elas vão ficar bem.

Levamos Any para casa, tentando deixá-la calma.

...

Chego na faculdade para buscar minha pequena. Hoje é sexta-feira, e ela já está no oitavo mês de gestação. Estamos tensos, mas Any e nossas filhas estão sendo acompanhadas pelos melhores médicos.

— Oi, vida!!! — Ela diz sorrindo. A abraço e beijo sua testa, sentindo-me tão orgulhoso dela. Ela está indo bem na faculdade, tirando as melhores notas.

— Oi, meu amor, como estão você e nossas bebês?

— Faminta. — Ela responde, e eu rio baixo, beijando sua barriga e sentindo as meninas se mexerem.

— Elas estão agitadas? — Pergunto.

— Sim, é um sinal bom.

— Sim. — Digo, aliviado.

...

Chegamos em casa e ajudo Any a descer do carro.

...

Estamos deitados na cama de conchinha. Faço carinho em sua barriga e deixo beijos carinhosos em seu rosto e pescoço.

— Te amo, amo. — Digo baixinho no ouvido dela.

— Te amo, loirinho. — Ela responde, sorrindo.

Beijo sua testa e a cubro com a coberta quentinha. Any beija meus lábios, e eu acaricio seu rosto, segurando sua cintura. Ela sorri durante o beijo. Quando a falta de ar se faz presente, faço um carrinho no rosto dela e deixo selinhos. Ela ri, e ficamos de conchinha.

— Qual nome quer dar a elas, princesa? — Pergunto.

— Não sei ainda. Estava pensando em Maya e Mayara, Nayara e Maya, Isabela e Isabel, entre outros.

— Que tal escolhermos quando elas nascerem? — Sugiro.

— Ótima ideia, amor.

Beijo sua testa, abraço-a e acaricio sua barriga. Começo a cantar uma melodia baixa no ouvido dela, que sorri.

— Há uma chance da gente se encontrar
Há uma ponte pra nós dois em algum lugar (oh, se há)
Quando homem e mulher se tocam num olhar
Não há força que os separe

Há uma porta que um de nós tem que abrir
Há um beijo que ninguém vai impedir (não vai)
Quando homem e mulher se deixam levar
É fácil viver mais

Há uma estação onde o trem tem que parar
Eu tô na contramão (te esperando pra voltar)
Pra poder seguir sem limites pra sonhar
Pois é só assim que se pode encontrar o amor

Há uma chance da gente se encontrar
Há uma ponte pra nós dois em algum lugar (sim)
Quando homem e mulher se tocam num olhar
Não há nada que os separe

Há uma porta que um de nós vai ter que abrir (talvez seja eu)
Há um beijo que ninguém vai impedir (claro que não, não)
Quando homem e mulher se deixam levar
Não há força que os separe

É mais fácil viver mais, uh!

Há uma estação (sim) onde o trem tem que parar (sim)
Tô na contramão te esperando pra voltar
Pra poder seguir sem limites pra sonhar
Pois é só assim (só assim)
Que se pode encontrar o amor

Você me deixa nervosa
Eu erro a letra toda
Ai, meu Deus, que coisa!
Eu também erro
Eu erro direto (mas é assim, né)

Há uma estação onde o trem tem que parar
Tô na contramão te esperando pra voltar
Pra poder seguir sem limites pra sonhar
Pois é só assim (só assim)
Que se pode encontrar o amor

Há uma estação onde o trem tem que parar
Tô na contramão te esperando pra voltar
(Eu também espero) pra poder seguir
(Eu também espero) sem limites pra sonhar
Pois é só assim
Que se pode encontrar o amor.

N/A: Para quem quiser ouvir essa música, aconselho ouvir na voz do cantor Zé Vaqueiro; é melhor.

Ela sorri e ri baixinho.

— Te amo, vida!!!!! — Digo baixinho, e ela sorri.

— Te amo, vida!!!!!! — Ela diz sorrindo, e logo adormecemos.

...

Parei o carro na faculdade de Any. Ela me ligou pedindo para que eu a buscasse. Vejo minha pequena vindo e enxugando o rosto, o que me faz ficar preocupado. Ela vem com a mão na barriga.

Ela me abraça e chora em meu peito. Faço carinho em seu rosto.

— Minha vida, o que houve? — Pergunto.

— Elas, Josh! Elas estão falando coisas terríveis sobre nossas bebês. — Ela diz chorando.

— Oh, meu bebê, não chore.

— Josh... — Ela diz.

— Diga, minha neném.

— Ah... ah, a bolsa estourou!

Arregalo os olhos, abro a porta do carro e ela se senta. Vou dirigindo até o hospital, rezando para que tudo corra bem.

 MEU PROFESSOR É UM MAFIOSO!??|| 2° temporada||                BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora