Serie Familia Baker Confiando em você livro 3

capitulo 7

Angel dormiu profundamente em meus braços. Mas eu ao contrario não consegui pegar no sono.
Eu tinha certeza de que ela era uma das prostitutas de Mikhail.
Jamais me passou pela cabeça que ela fosse virgem.

E eu fui tao bruto com ela. Não sei o que deu em mim, mas quando vi o sangue em meu pau, percebi o quanto fui idiota com ela.

Estou tão confuso. Se não estivesse nevando eu sairia para cavalgar. Mas não vou judiar de Maximus a esse ponto.

Me levanto e vou até o celeiro.
Max me reconhece assim que entro.

—Ei, meu rapaz. Só você me entende.—Afago seu pescoco.— Eu nunca pensei que fosse sentir isso outra vez. Para mim, Molly seria sempre a única em meu coração.
Ja faz tanto tempo. Seis anos! Seis anos, pra ter novamente uma mulher em meus braços. O que Molly acharia disso?—Max relincha, como se me entendesse.—Que loucura. Será que isto é certo? E se ela descobrir que já a vi antes? Se ela souber que já a conhecia...

—Você me conhecia? —Ouço a voz de Angel e tomo um susto. Como não percebi sua presença? — Vamos Thomas de onde você me conhece?

—O que faz aqui fora neste frio? —Tento desconversar.

—Não mude de assunto! Você me conhecia ou não?—Seus olhos estão me fulminando.

—Sim, mas não do jeito...— Ela não espera eu terminar de falar e sai correndo. Vou atrás.—Espere! Eu vou explicar!

—Explicar? Explicar? Que você me conhecia esse tempo todo e não contou?— Ela para se vira pra mim, com os cabelos cobertor de flocos de neve. —Isso não tem explicação. Você me enganou...—Se vira novamente e começa a andar desajeitada com as galochas maiores que seus pés e o cobertor arrastando no gelo.

Sigo atrás dela que, não sei como, consegue andar mais rápido que eu e entra em casa pisando duro.

—Espera!—Seguro seu braço.

—Me solta!—Ela puxa. —Não toque mais em mim! Você é um mentiroso! Quem me garante que não foi você que me trouxe para este lugar? O que fez comigo? Você nunca me responde nenhuma das minhas perguntas, não diz nada sobre seu trabalho? E se for um sequestrador?

—Eu não te sequstrei! Já disse encontrei você caída no meu celeiro e te trouxe pra minha casa.

—Como vou acreditar? Você mentiu pra mim.—Angel vai para o quarto e novamente a sigo.

—O que está fazendo?

—Me vestindo. Vou embora.

—Mas você não pode ir!

—Posso, posso sim. Ou sou sua prisioneira?— Ela me enfrenta.

—Nao, você não é. Mas para onde vai? Não lembra nem lembra seu nome. Não tem dinheiro e estamos isolados aqui.

—Conveniente para você. Assim me mantem sob seu domínio. Quem sou eu Thomas? De onde me conhece? Eu exijo que me diga! —Diz apontando o indicador bem na minha cara.

—Escuta, eu não sei como se chama. Vi você uma vez na Rússia. Você estava na varanda de uma casa e chorava. Foram apenas alguns minutos e nada mais...

—Há quanto tempo?

—Sei la, seis, sete meses.

—Me viu por alguns minutos, não sabe meu nome e lembra meu rosto? Isso parece história pra boi dormir. Vou embora...—Ela coloca as roupas que dei a ela. —Eu preciso sair daqui! Ainda que seja andando pela neve!

—Ficou maluca? Pode morrer congelada.—Não posso deixar que ela parta. Em poucos dias Angel, ou seja lá qual for o seu nome, se tornou essencial em minha vida.