Borges
Acordei com alguém me sacudindo de um lado pro outro.
Mercedes: Levanta daí Darlysson.- Abri os olhos vendo minha vó me encarar.- Busca o pão la pra sua vea' filho.- Dei risada vendo a carinha dela.
Eu: Marca dez coroa.- Sentei na cama passando a mão no rosto.
Ela saiu do quarto fechando a porta. Não fazia a menor ideia de quantas horas eram. Levantei indo até o guarda-roupas, peguei uma bermuda e um camiseta qualquer.
Me vesti e sai do quarto indo pro banheiro. Mijei, lavei as mãos e o rosto saindo de la.
A padaria era na rua aqui de casa, sem necessidade de eu tirar o carro da garagem a essa hora. Peguei minha carteira e sai sem avisar.
Caminhei recebendo os olhares curiosos. Reconheci alguns vizinhos cumprimentando com um sorriso fraco apenas.
Antônio: Mas menino, quanto tempo!- Olhei pro senhor sentado na porta de casa.
Eu: Ta bom seu Antônio?- Parei olhando pra ele que me analisava com o olhar.
Antônio: To bem filho.- Sorriu fraco, balancei a cabeça em positivo e continuei meu caminho.
Entrei na padaria passando direto pelo caixa e segui até o balcão, aguardei na fila pequena que havia se formado. Fiz meu pedido assim que chegou minha vez.
Eu: Valei chefe.- Agradecia pegando o saco de pão da sua mão.
Fui até o freezer pegando duas bandeja de mussarela e outras duas de mortadela. Segui até o caixa vendo uma morena que não me parecia estranha.
Eu: Bom dia.- Ela levantou o olhar e antes mesmo de me responder cobriu a boca com a mão me olhando assustada.- Ta tudo bem?
Xxx: Darlysson!- Se inclinou sobre o balcão me abraçando pelo pescoço.
Encarei ela assim que me soltou, tentando me lembrar de quem se tratava.
Xxx: Sou eu, Natália.- Sorriu mostrando o aparelho.
Eu: Natália do seu Luís?- Perguntei olhando em seus olhos.
Natália: Eu mesma, em carne e osso.- Sorri de canto.
Eu: Ta diferente demais.- Analisei ela por completo.
Natália e eu tivemos um caso, mas isso quando a gente estudava. Se eu me lembro bem ela é uns dois anos mais nova do que eu.
Natália: Isso é bom ou ruim?- Perguntou mexendo no cabelo.
Eu: Bom até demais.- Sorri reparando nela novamente.- Deu quanto ai?- Perguntei me referindo ao pão.
Natália: 16,30.- Entreguei uma nota de vinte pra ela que me passou o troco.- Foi bom te ver.- Sorriu.
Eu: Digo o mesmo.- Sorri de volta saindo da loja.
Segui pra casa. Entrei indo direto pra cozinha aonde minha vó passava o café e meu irmão mexia em alguns papéis. Reparei que ele estava com uniforme de um hotel.
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Valeska
RomansaEla é do tipo que não desiste por nada Calculista e não paga de emocionada Sempre sorri porque chorar não muda nada Antes sozinha do que mal acompanhada...