Não com você

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Boa noite meus denguinhos, como estão?
No capítulo anterior inclui a doação de sangue no final porque acho um tema muito importante, literalmente salva vidas e não é algo difícil de de fazer, então se você tem possibilidade e se enquadra nos requisitos, doem sangue!


"É, parece que a equipe é boa, com certeza nós conseguiremos resultados melhores." dessa vez, sem nenhum tom de provocação, Gabi dividia o pensamento.

"Também achei. E o aumento de verba!? A Bruna nunca nem cogitou essa ideia" Roberta concordou e seguiu na frente junto de Gabi.

"O que foi, poste de luz? Você tá quieta demais pra quem ama reclamar do frio." Brait era como uma mãe pra todas as mulheres de sua equipe.

"É que não tá frio né. Ok! Eu só não gosto de mudanças repentinas, eu estava acostumada com a Bruna." O desabafo veio após um olhar não muito amoroso de Camila.

"Conheço bem esse costume! Rosamaria, você vai precisar se adaptar, a Caroline parece uma ótima profissional e vai ser ótimo para nós e  para o nosso trabalho termos alguém que se dedica para chegar a algum lugar."

Como se o universo cooperasse com Rosamaria, assim que chegaram na entrada da clínica, Camila já havia acabado de tentar ajudar a amiga, então seguiram em silêncio até o ambiente de trabalho.

A manhã no laboratório geralmente era o período mais calmo, focavam mais na parte teórica colocando em pauta tudo que cada profissional pensava e podia auxiliar. Muitas vezes haviam contradições entre a equipe, sempre em busca do melhor que podiam fazer nas suas áreas, discutiam os pequenos erros e evoluções das pesquisas.

Muitos médicos que tiveram a oportunidade e conheciam Rosamaria, desejavam a sorte de uma oportunidade tão grande como a que estava tendo, para o currículo de um médico estar envolvido na criação de uma vacina era algo excepcional. Mas para Rosa é muito mais que isso, desde nova a mulher sempre sonhou em poder ajudar o maior número possível de pessoas, seu coração batia mais rápido quando via o resultado de seu trabalho em seus pacientes, se orgulhava da médica incrível que se tornara ao longo dos anos e de todo processo de aprendizado, a vacina não era somente uma informação para o currículo e sim a oportunidade que tanto sonhou durante toda a vida.

"Com licença. Fiquei sabendo que o horário da manhã é tranquilo, então vim conhecer o laboratório." como sempre o tom de Caroline era sereno.

"E veio acompanhada." uma mulher um pouco mais alta entrou atrás de Carol.

"Vocês já conhecem de vista, mas essa é a Thaísa, coordenadora da clínica."

"Oi, chefona! Seja bem vinda" Gabi parecia ascender na presença de Carol, sua animação era notória.

"Eu gostei dela, se importaria de me mostrar o resto do laboratório?" Thaísa entrou na brincadeira e aproveitou para conhecer o resto do novo local de trabalho.

"Você não fala muito, né Rosa?" Caroline a questionou enquanto circulava a mesa de trabalho da médica.

"Não com você" Rosa jurou que o tom usado era baixo, mas infelizmente foi percebido por Carol.

"Sabe Rosamaria, eu já dei aulas, por um curto período, mas o suficiente pra aprender a escutar tudo muito bem. Para uma mulher tão madura e vivida, sua atitude soa muito infantil" dando mais destaque para última frase, Carol se juntou a Gabi, Thaísa e o restante das mulheres que decidiram acompanhar o tour pelo local.

A mente de Rosamaria agora trabalha tentando processar o fato de ter sido chamada de infantil, não lidar bem com adaptações e levar tempo para se acostumar com mudanças era algo infantil? Sentir saudades da antiga diretoria era infantilidade?

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