Tom cinza

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Oi gente, como estão?
Só pra deixar registrado, mais pra frente vocês vão entender o porquê das gêmeas aparecerem com tanta frequência numa fic rosattaz. Beijitos e boa leitura.





Mais um dia típico em São Paulo, as nuvens carregadas e tom cinza tomavam o céu, grossas gotas de água batiam contra o vidro da janela de Rosamaria. Como sempre fazia, buscou pelo guarda chuva amarelo tão amado, ainda que as pessoas se equivocassem nos pensamentos ao verem uma mulher de quase um e noventa com um chamativo e exagerado guarda chuva amarelo, a médica não o largava.

Agradecendo uma das melhores compras de sua vida, entrou rapidamente em seu carro, dirigindo pelas ruas de São Paulo com todo cuidado, notou que provavelmente seria um dia agitado no hospital, alguns acidentes durante o percurso confirmaram isso e poderia até mesmo levar Rosamaria para auxiliar na emergência. Sempre que necessitavam de ajuda rápida, a mulher era chamada.

Estacionou o veículo estranhando não ver os carros de suas amigas, caminhou até a entrada da clínica, ninguém estava ali, não é normal que todos os funcionários de um lugar faltem no mesmo dia, claramente algo acontecia. Tentando compreender a situação, procurou por seu celular para verificar as mensagens.

"Devido aos grandes números de acidentes relacionados as tempestades em São Paulo, todos os funcionários da clínica do qual as pesquisas não tem urgência, não precisam comparecer neste dia." No mural de notícias do site do hospital, essa era a primeira mensagem.

A médica acabou enviando uma mensagem para Sheilla, procurando saber se a emergência precisava de médicos extras, mas até o momento a tranquilidade ainda era presente.
Afim de não perder a viagem, acabou ficando no laboratório para adiantar o que podia.

"Pensei que tivesse sido clara ao dizer que não precisaria vir." A voz tão conhecida por Rosamaria tomou o laboratório.

"Bom dia, Carol." Sorriu para a mais velha e fez um gesto para que se juntasse. "Não costumo olhar o celular pela manhã, não chequei os avisos. Mas de qualquer forma não foi uma viagem perdida."

"A chuva só tende a aumentar, Rosa, não prefere ir pra casa?" O caos que se tornava a cidade de São Paulo em dias como esse era motivo de preocupação para a diretora, era sua obrigação manter a saúde de seus funcionários.

"Não, senhora! Você também está aqui."

"Esse é um bom ponto, fico pra ajudar então." Se ofereceu buscando pelo jaleco que usava enquanto permanecia no lab 1.

Trabalhavam na área de testes, ainda em animais, escreviam os relatórios sobre cada sintoma gerado pela vacina, cada mínimo detalhe precisava ser registrado.

"Esse aqui não tem muito tempo, provavelmente a substância que acrescentamos causou em seu cérebro um dano grave. Uma pena!"

"Até que pra alguém de 170 anos, seu cérebro ainda funciona bem." horas juntas sem nenhuma provocação entre elas não era algo comum, Rosamaria não poderia perder a oportunidade de atazanar a chefe.

"Você tem sorte grande de que assassinato ainda é crime e eu perderia meu emprego pra viraria presidiária."

"Tu sabe que isso não me alflinge, então não faz mínima diferença, não?"

Entre provocações um alto som foi ouvido e as luzes do ambiente se apagaram. Rosamaria e Caroline se assustaram e permaneceram imóveis por alguns segundos até começarem a rir desesperadamente uma da outra.

"Sinto te acabar com a sua felicidade, mas em casos assim, somente os refrigeradores ficam ligados pelo gerador. Estamos trancadas aqui." Rosa encarava Caroline tentando decifrar sua expressão.

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