-Téo!!!!! -Rosa gritava pelo menino o aguardando para o café.-Aquiiii! - o pequeno respondeu olhando para os lados. - Cadê a Carol? - Questionou triste. - Ela nunca vai gostar de mim, né mamãe?
Haviam duas semanas que Téo estava na residência da médica imobulogista, neste meio tempo, se acostumou a chama-lá de "mamãe"
"Jamais, meu amor! Carol é muito ocupada, precisa estar no hospital sempre." Respondeu sabendo que aquela não era a verdade.
Caroline, mesmo após as duas semanas, ainda não tinha se adaptado muito bem a ideia de ter um "filho", Téo era uma criança magnífica, amava ler, ir a escola, conversar e assistir desenhos, o pequeno até já estava fazendo parte da pequena turminha de filhos dos médicos do hospital. Mas ainda assim, Caroline e Rosa não tiveram uma conversa definitiva sobre como a vida andaria agora, será que realmente a adoção do menino seria possível? Será que a decisão certa seria deixar que ele fosse para um lar adotivo? E o casamento? Haviam muitos temas a serem tratados, porém, quando mais Rosa se aproximava, mais Carol se afastava, dando a entender que essa conversa não aconteceria.
Desde que o menino chegou, foram poucas as vezes que Caroline e Rosamaria dormiram juntas, comeram juntas ou até mesmo conversaram.
"Ei, rapaz! Hora da escola, vamos" Rosa falou enquanto Téo descia da mesa.
"Sabe, acho que já sou inteligente pra ir pra escola."
"Mesmo os mais inteligentes ainda precisam estudar, agora vamos!" Rosa falou rindo .
Após um longo dia de trabalho, o casal finamente retornou para casa junto. Apesar de tudo, o cuidado de Gattaz com o pequeno Teo era notável em suas ações, a mulher carregava o pequeno em seus braços enquanto sua namorada procurava pelas chaves de casa
"Pode colocar ele na cama, por favor?" Rosa pediu num tom triste.
"Sim, senhora!" Gattaz percebeu o clima ruim e tentou amenizar com uma brincadeira.
"Acho que precisamos conversar, não acha?" Rosa questionou.
"Vou colocá-lo na cama." Alguns minutos depois, Carol retornou a sala ainda com o menino em seus braços. "Toda as vezes que eu tentei deita-lo ele se agarrou em mim, acho que um pouco de carinho não é demais." sorriu sincera.
"Sei que você está odiando a ideia de começar uma família dessa forma." Iniciou sua frase mas foi interrompida.
"Não! Não tenho ódio a nada do que está acontecendo, tenho algumas questões para serem tratadas, Rosa. O menino já está apegado em nós, já te chama de mãe! Você imagina o quão traumático seria para ele se a justiça não nos desse a guarda?"
"Carol, eu sei." Permitiu que as lágrimas começassem a rolar.
"Eu não posso deixar que o teo se machuque no meio de tudo isso, fico pensando em como seria difícil para nós vivermos a maternidade e depois perdermos tudo que construímos"
"Os advogados e a avó dele estão cuidando dos processos, Carol, a passagem de guarda, as visitas da assistente social, tudo isso já está acontecendo e, enquanto isso, não posso simplesmente larga-ló, você me entende?" A esse ponto, a mais nova já chorava como uma criança. "Por favor, da uma chance pra nós começarmos essa família, eu faço o que for preciso, apresso o casamento, contrato os melhores advogados do país, dou um tempo do trabalho, qualquer coisa, Carol, mas por favor." Nesse momento gattaz só não a abraçou pois o pequeno ainda dormia em seus braços.
"Tudo bem, vamos tentar, não preciso de todas essas condições, apenas que você me prometa que, acima de qualquer coisa, independente do que acontecer, você se manterá firme e fiel ao que estamos construindo." Caroline sabia que mais cedo ou mais tarde precisaria ceder, pois não cogitava a ideia de perder Rosamaria e sabendo que a mais nova não abriria mão da ideia da adoção, não se viu em outra escolha se não tentar iniciar uma família ao seu lado. Então, num gesto rápido, Rosamaria já estava abraçada em Carol com o pequeno Teo entre elas.
"Eu te amo, por toda vida, pra sempre!"
"Eu também te amo, Rosa! Por toda eternidade."
A manhã seguinte foi como uma cena de filme, o casal se divertia enquanto preparavam um café da manhã reforçado, já que na escola de Teo haveriam gincanas comemorativas de final de ano. O menino não podia conter sua animação enquanto pulava de um lado para o outro.
"Mamaaaaaae!" Gritou contente.
"Oi." As duas mulheres responderam juntas, logo em seguida sorrindo uma para outra."
"Amo vocês!" Correu para a sala para pegar sua bolsa e enfim sairem.
"Obrigada por fazer isso por mim, em apenas uma manhã o Teo já se sentiu amado por você." Rosa não continha o sorriso enquanto observava o trânsito lá fora.
"No fundo ele sabe que sempre gostei dele." Em um gesto de carinho, Carol enlaçou sua mão na de Rosa.
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Alguns dias depois da conversa entre o casal, decidiram reunir-se com suas amigas para que pudessem decidir o que fariam no ano novo, já que com uma criança a mais e alguns casais novos, a organização mudaria um pouco.
Se encontraram no apartamento de Carol, conversavam animadas, música ambiente, as crianças aproveitando o espaço para brincarem, o sol se pondo proporcionando um fim de tarde incrível.
Naquele momento Carol pensava consigo mesma em como a vida era maluca, em um ano assumiu a direção de um hospital, conheceu o amor de sua vida, sua afilhada adoeceu, ganhou um filho e uma quase esposa, só conseguia pensar em como terminaria o ano feliz e realizada.
Já rosamaria, se sentia grata por tudo que estava vivendo, a alegria em experimentar o sentimento de mãe, a felicidade em estar em uma relação com uma mulher incrível, a sensação de dever cumprido em sua profissão.
Não existia nada naquele momento, que pudesse acabar com a felicidade em seus corações.
"Como anda seu plano de pedir a novinha em casamento?" Thaísa aproveitou um momento de distração das amigas para se aproximar de Carol.
"Anda caótico, agora preciso pensar que temos um pequeno no meio. Queria algo especial, uma viagem, uma ida a um restaurante que ela goste, não sei."
"Quer uma sugestão?" Carol acenou positivamente. "Por que não faz da mesma forma como foi quando vocês estiveram juntas a primeira vez? Digo, a noite da pizza." Thaísa se lembrou de quando furaram a noite da pizza deixando apenas Carol e Rosa com as crianças.
"Você não acha simples de mais? A Rosa merece muito mais que só uma noite de pizza." Gattaz questionou insegura com a ideia.
"Nada que se recebe de coração é simples demais! Ela te ama, você ama ela, se resolvesse pedir ela aqui mesmo, ela aceitaria, Carol.
Agora vamos, antes que elas comecem a reclamar."E assim, thaisa plantou uma sementinha nos pensamentos de Carol para o tão esperado pedido de casamento.

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Sob Nova Direção
FanficRosamaria não lida bem com mudanças, mas como será lidar com Caroline Gattaz como sua chefe?