Presente inconstante, futuro incerto

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O trânsito da grande metrópole era quase que insuportável, filas e mais filas de carros se estendiam pela ponte de Manhattan, Amelie já estava mais que impaciente e ela nem tinha muito tempo pois tinha um compromisso importante em meia hora e justo naquela manhã, houve um grande congestionamento. Ela esperava chegar logo ao seu local de destino e já até imaginava que a corrida do táxi não seria nada barata. E enquanto carros buzinavam uns para os outros sua caixa de mensagens se enchia, pois sua chefe estava lhe aguardando no estúdio, mas nada de Amelie chegar aquilo tudo iria prejudicar toda a sua agenda diária.

Desde que se formou, a garota vivia em Nova Iorque, ela simplesmente não conseguiu voltar para São Francisco após o falecimento de seu pai, sua mãe ainda vive na antiga casa que eles possuíam na cidade, só que agora com a sua avó. Vez ou outra sua mãe telefona para ela apenas para saber como estão as coisas e se ela tem cuidado de sua própria saúde. Muitas coisas mudaram ao decorrer dos anos, ela ainda mantém contato com seus amigos da faculdade, mas não é sempre que se vêem por cada um ter resolvido buscar a sorte em caminhos distintos.

Se ela dissesse que não sentia falta de seus amigos, estaria mentindo, pois sentia e muita. Às vezes esperava poder voltar no tempo apenas para revê-los ou reviver certas coisas, mas a vida não é como nós esperamos que ela seja, talvez tenha realmente sido bom ela apenas ter se focado em seu trabalho pois caso contrário não seria tão bem sucedida como agora.

E quando o trânsito pareceu começar a andar, o carro da frente parou subitamente fazendo com que o taxista batesse levemente na traseira e então o carro de trás acabou por bater neles, Amelie por sorte estava usando o cinto de segurança e por isso não se feriu, mas sua cabeça doía, assim como o seu corpo por ter sido impulsionado em surpresa para frente.

— A moça está bem? — O senhor perguntou olhando pelo espelho retrovisor enquanto que os carros buzinavam sem parar.

— Estou sim. — A garota murmurou e notou que estavam quase chegando, valeria mais a pena ir a pé. — Olha, eu vou a pé a partir daqui. — Ela avisou ao taxista entregando duas notas de cinquenta dólares a ele.

Ela desceu do táxi e viu um homem se aproximando do táxi para ir falar com o taxista que logo desceu do veículo e eles então começaram a discutir sobre quem pagaria o conserto do veículo. O trânsito estava parado, os veículos todos estavam em fila e os dois motoristas discutiam no meio de tantas buzinas, ela então olhou para o veículo que bateu na traseira do táxi  em que estava anteriormente, a batida não pareceu ser séria mas o motorista não saiu de seu lugar e isso intrigou um pouco a jovem que se aproximou do veículo e deu duas batidas leves no vidro da janela para saber se o motorista estava bem e não demorou muito para que este baixasse e ela pudesse ver um homem de cabelos castanhos, ele pareceu ainda estar em choque.

— Está tudo bem? — Ela perguntou examinando-o com o olhar e tentando encontrar algum machucado.

— Acho que sim?! Desculpe por isto. — Ele respondeu após franzir o cenho e pareceu ficar envergonhado e sem jeito.

— Acredito que o grande causador disso tudo seja aquele cara ali. — Ela apontou com a cabeça para o motorista do carro da frente que discutia com o taxista. — Acho que você terá um pouco de prejuízo. — Ela comentou ao ver o capô do veículo bastante amassado e o rapaz riu um pouco.

— Meu dia já começou bem, não é mesmo? — Ele tinha um bom senso de humor e isso ela não poderia negar. — Acredito que não chegará a tempo ao seu compromisso.

— Bem, não é a primeira vez que isso me acontece e não estou assim tão longe, apenas pensei que talvez precisasse de ajuda mas já que está bem, eu preciso ir.

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⏰ Última atualização: Jan 29, 2022 ⏰

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Autumn - Lee TaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora