Uma reconciliação familiar

328 42 3
                                    

                    ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ғɪғᴛᴇᴇɴ
             
A vida é tão irônica, não é mesmo?

A vontade que a mesma tinha de estar em uma rede social sumiu em um instante e ela acabou fechando o notebook com força demais sem se preocupar se ele iria quebrar ou não.

Por mais que quisesse resolver as coisas, ainda sentia raiva do Taeyong, a mesma sabe que não deveria estar alimentando esse tipo de sentimento, mas era inevitável. Ainda não havia se esquecido de todas as coisa que ele disse a ela e também o que vinha fazendo, ele se lembrava de dela e ainda sim a mandou ficar longe de si e agora estava me pedindo para voltar a ser seu amigo?

Inacreditável.

A garota pegou seu celular e seus fones de ouvido para tentar se distrair e não pensar em qualquer coisa que envolvesse Lee Taeyong. Havia algo em si que queria conversar com ele, mas outra parte dizia que era perca de tempo, que ela apenas se machucaria mais.

Mas então se ela não conversasse com ele não saberia como seria e o que aconteceria a seguir e ela queria isso, embora ainda tivesse medo e estivesse tentando ser cuidadosa.

Afinal de contas a quem ela estava tentando enganar?

Amelie costuma agir com a emoção, embora ela tenha um lado racional, sua emoção sempre vence, é bom se permitir sentir coisas, mas são essas mesmas coisas que acabam nos fazendo tomar algumas escolhas erradas, e ela tinha medo de fazer a escolha errada. Medo de falar com Taeyong e isso ser a escolha errada tanto quanto não falar com o mesmo mas afinal, o quê era o correto a se fazer?

É melhor eu deixar isso pra lá. — Ela tenta fixar isso em sua mente e não pensar mais no fato do Lee estar tentando falar consigo. 

A verdade era que Amelie precisava de algo mais concreto que um simples pedido de desculpas vindo do rapaz. Ela havia passado tempo demais pensando nele nos últimos anos, ela queria poder ter ouvido o voz dele todos os dias e noites, queria tê-lo visto em seu dia a dia, mas nada disso aconteceu. A distância a fez ficar estacionada no tempo imaginando que aquele garoto ao qual ela sempre fora apaixonada nunca iria mudar, que ele sempre estaria ali por ela, assim como ela sempre esteve por ele, ter ido embora sem ter realmente o deixado, ela não se permitiu se apaixonar novamente e nem mesmo conhecer pessoas novas.

Ela amava Taeyong. Ou ainda o ama, e isso é lindo mas não quando seu amor é limitado a seguir em torno do outro, a verdade era que o mundo de Amelie girava em torno do Lee, mas o dele nunca realmente girou em torno do dela, e isso era doloroso. Uma rejeição, mesmo que nunca dita, ela foi rejeitada mesmo sem realmente tê-lo deixado saber sobre seus sentimentos.

Doloroso.

Isso era o amor? Uma amor é tão bonito, mas no momento para a jovem garota, aquilo tudo era tão horrível, aquela amargura era horrível, aquela saudade que acaba lhe fazendo chorar, talvez de raiva por realmente não entender o porquê de ter que passar por isso.

Taeyong, porque você não me ama do mesmo modo ao qual eu te amo? — Haviam vários porquês rondando a cabeça da jovem.

Se fosse pra voltar a ser sua amiga e se sentir sufocada, ela realmente preferia manter a distância, não iria aceitar pouca coisa sentindo muito. Ela tinha sentimentos grandiosos demais para ser uma simples melhor amiga de infância. Mas quem realmente merece o seu amor?

                                                                […]

Já era noite quando sua mãe e seu pai voltaram para casa, o homem parecia estar cansado demais, Amelie estava realmente preocupada com o estado de seu pai, ele sempre fora a pessoa mais alegre de toda a família e agora parecia estar tão diferente, nem parecia ser a mesma pessoa.

— Pai, você está se sentindo bem? — A garota pergunta ao ver o pai respirar com certa dificuldade sentado no sofá.

— Acho melhor você ir se deitar. — A mãe da garota fala e o homem apenas concordou se levantando e se apoiando na mulher.

Amelie vê sua mãe levando o seu pai para o quarto e suspira um pouco cansada. Era ruim ver alguém doente e não poder fazer nada, ainda mais quando é alguém de sua família. É assim que as coisas ocorrem, você ajuda no necessário de mãos atadas esperando a próxima coisa a vir seja uma boa notícia, mas quase nunca realmente é algo bom e então você acaba se conformando com o que o destino já reservou a você.

Depois de algum tempo, a mãe da garota volta com um semblante sério. Ela pede a Amelie para ajudá-la com o jantar e a garota apenas assentiu e foi para a cozinha da casa junto de sua mãe. Ambas começaram a executar suas tarefas em silêncio, até que a mais velha resolve dizer algo.

— Quando irá se resolver com o Taeyong?

Aquela pergunta fez a garota parar de cortar os tomates na hora, ela não esperava que a mesma fosse fazer aquele tipo de pergunta até porque de todas as pessoas ao seu redor — que não eram muitas — sua mãe com toda a certeza sempre foi a que mais detestou sua amizade com o rapaz, ela sempre temeu uma coisa, que Amelie se apaixonasse e acabaria sendo rejeitada.

— Eu não quero falar sobre isso. — A garota retruca simples e sua mãe apenas respirou fundo. — Não deveria estar feliz? Você nunca gostou realmente da nossa amizade.

— Você está certa, eu nunca gostei dessa amizade, mas também não gosto de te ver assim, triste. — A mulher confessa com certo pesar e Amelie Apenas se sente mal por estar maltratando sua própria mãe. — Você sabe que eu deixei vocês, eu sei que foi difícil pra você não ter uma mãe naqueles tempos, mas eu também tenho uma mãe, Amelie. E Ela não tem ninguém a não ser eu, você estava aqui com seu pai e com o Taeyong, mas e a minha mãe? Com quem mais além de mim ela estaria? Eu só quero que entenda que eu amo todos vocês, independentemente do que pense e agora eu estou aqui pelo seu pai. — A mulher diz calmamente e Amelie se sente uma idiota e babaca total, ela nunca havia pensado por esse lado, ela apenas via o lado dela e não dos outros.

— Eu sou uma egoísta, não sou? — A garota murmurou e sua mãe apenas balançou a cabeça negando.

— Você era uma adolescente, não poderia entender algo assim, apenas não vamos mais falar sobre isso, seu pai não ficaria feliz se houvesse uma confusão, eu só queria esclarecer as coisas.

Aquilo de fato já era um grande avanço na relação de Amelie e sua mãe. Talvez o ressentimento tivesse quase que destruído por inteiro os laços maternais que ali antes existiam, mas nada que uma boa conversa não pudesse resolver, quando se deixa toda a culpa e a raiva de lado, é possível estabelecer algo de fato sólido. 

— Eu quero que saiba que se você ama o Taeyong, tem o meu total apoio. — A mulher fala olhando para a garota que apenas encolheu os ombros.

— Ele não gosta de mim desse jeito.

— Está insegura, quando deixar de ser insegura poderá ver as coisas com mais clareza. — As palavras da mulher apenas incentivaram Amelie a responder aquele pedido de amizade.

Mas ela realmente o faria ou ficaria apenas na vontade? 

                                                                [...]

💚 Última atualização, vou tentar colocar todos os capítulos já escritos de Who I am aqui e então não irei mais atualizar fanfic alguma até dezembro.

Quando eu voltar do hiatus pretendo trazer Fanfics novas com o Dream e o WayV, quem sabe algumas até mesmo envolvendo shipps, então me esperem! 😊💚

Autumn - Lee TaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora