(22) start.

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emma hacker.
 

   
Acordei as 4 horas da manhã. Um horário muito cedo, porém a cirurgia foi marcada às 7 horas e ficaríamos longa parte do dia na sala de operação. Acredito que eu descansei bastante dormindo ao lado dos dois, Ben e Vinnie.
      
Me virei para o lado ficando de frente para meu marido, vendo que o mesmo acordou com o alarme, e me deu um sorriso.

- Bom dia! - falou, me dando um beijo na minha testa.

- Bom dia! - dei um selar na sua bochecha e me aconcheguei nos seus braços.
      
Benjamin que estava ao meu lado, sendo eu no meu dos dois, se mexeu resmungando. Ele não acordara de madrugada, até agora. Virei minha cabeça para o bebê ainda no carinho de Vinnie, vendo ele abrir uma cara de choro. Me levantei rapidamente, logo o pegando no colo, com o Hacker atrás de mim sentado.

- Ele deve estar querendo comer- argumentou Vinnie.

- Deve estar mesmo. Ele não comeu antes de dormir, porque dormiu no carro.

- Vem, vamos lá.
      
Meu marido saiu da cama, e estendi Ben para ele pegar, quando pegou eu sai facilmente da cama. Descemos as escadas indo para a cozinha onde deixamos a fórmula do leite dele. Comecei a fazer a bebida para o pequeno, enquanto Vinnie aninhava mais ainda o bebê em seu colo. Tentei fazer o mínimo de barulho possível, para não acordar os outros a uma hora dessa.
        
Depois de pronto, me aproximei do meu marido , que estava sentando numa cadeira da mesa de jantar, dando para ele a mamadeira que continha o alimento de Benjamin nela. Logo deu ao pequeno que rapidamente abocanhou o bico. Me sentei ao seu lado, encostando minha cabeça em seu ombro, observando como de forma sonolenta ele tomava todo o líquido.
        
Após algum tempo, tive que infelizmente me arrumar para o trabalho, me impedindo de continuar a olhar os dois. Tomei um banho, para acordar mesmo. E logo coloquei minhas roupas casuais, já que eu chegaria e colocaria o uniforme do hospital.
       
Acabado já de me aprontar, fui em direção ao quarto vendo que Ben já tinha voltado a dormir, e Vinnie, ao que parece, estava apenas esperando eu sair para o acompanhar.

- Vou indo, amor! - informei chegando perto dele, dando um beijo em sua bochecha logo nos seus lábios também.

- Tchau, vanilla- se despediu.
        
Faz tempo que eu não escutava ele me chamar assim. Me chamava assim desde que nos encontramos novamente, após nos conhecemos. Segundo Segundo eu tinha cheiro de baunilha- acho que pode ser devido ao excesso de coisas que eu usava no corpo naquela época- acho que pode ser devido à escassez do meu cabelo. Dose anos atrás. Com o tempo ele perdeu o costume, e parou de me chamar. Ao ouví-lo, novamente, me chamando assim depois de muito tempo, meu peito ardeu em nostalgia.
         
Com um sorriso peguei minhas coisas e saí do quarto acenando para meu marido. Fui para o carro que estava na frente de casa, e logo liguei o mesmo indo em direção à uma cafeteira. Peguei um café com leite sem açúcar e dirigi, agora, para o hospital.
         
Finalmente seria a grande cirurgia, alto risco e adrenalina irão correr pela a sala de operação 2 e 3. Muitos médicos competentes para o caso, estavam dando tudo de si para a vida das duas crianças. E eu acredito que dê tudo certo.
        
Assim que eu chegar no hospital, o outro doutor pediátrico do caso e eu, vamos decidir quem é o gêmeo mais forte. Sempre tem disso, nós identificamos a mais saudável, com mais condições de sobrevivência para receber toda a nossa ajuda possível. Não queria que fosse assim, mas, infeliz são as normas.
       
Depois de um curto caminho, cheguei ao meu destino. Saí do carro com minha bolsa com coisas de necessárias para várias cargas de horário no trabalho, e adentrei o local, cumprimentando algumas enfermeiras e cirurgiões que estavam na minha visão.
         
Não estava preocupada com Vinnie cuidando de Benjamin, acredito que mesmo ele não se dando bem no início, ele faria de tudo para o nosso filho. Meu marido ainda tinha a ajuda da mãe e do seu pai. Estou tranquila quanto a isso.

- Bom, essa provavelmente será uma das operações em que vocês estão mais animados para participar- comecei a converdarcom residentes e internos que participarão da cirurgia- Quero falar para vocês que mesmo que não consigamos fazer tal processo, já foi muito bom todo o seu comprometimento para essas duas crianças. Espero que vocês dêm seu melhor, e boa sorte ao grupo A e ao grupo B.
           
Cada grupo cuidava de uma criança, só tinha algumas pessoas como via de escape. Eu e outro cirurgião, chegamos perto da mesa onde tinha os dois irmãos bebês anestesiados. Pegamos o bisturi, e começamos a operação.

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