Pov's Lili Reinhart
Abro devagar a porta do escritório de Cole, vendo-o com o celular no ouvido próximo à janela. Ele estava de costas e observando a chuva forte caindo do lado de fora. O assunto me parecia ser importante, mas no momento que seus olhos se encontram com os meus notando minha presença, Cole afasta o aparelho do rosto e acena com o sorriso mais lindo do mundo.
— desculpe, podemos resolver isso amanhã cedo?- ele volta a falar- chegou um assunto importante agora...- sorrio com o coração preenchido- perfeito... até depois
Deixo o peso do meu corpo sobre a porta. Cole desliga o telefone e na medida que vem se aproximando, minha respiração parece fraquejar mais. Nunca vou me acostumar com a ideia desse homem ter o total controle sobre minhas emoções. Mesmo que seja involuntariamente
— qual o assunto importante que acabou de chegar?- ergo o pescoço para olhá-lo tão de perto
— estou olhando para ele agora.
Posso vê-lo sorrir. E é tão lindo. Suas mãos descem para minha cintura e me beija. Nossas línguas se entrosam uma na outra podendo sentir o seu gosto de hortelã. Seguro sua nuca e acaricio seus fios pretos que tanto amo, me desvinculando aos poucos para, no fim, encostar minha testa na sua. Inalando seu perfume refrescante e delicioso
Delicioso. Talvez essa não seja a palavra certa.
Não agora. Quando seu aroma pregnante se transforma em um aperto na barriga e um forte enjoo que faz me afastar na hora.
— o que foi?- ouço Cole perguntar, mas a náusea me atinge de maneira tão intensa que não ouso pensar por mais um milésimo. Levo as mãos à boca e corro para o banheiro
Tudo parece diferente de dois minutos atrás. A sensação repentina me faz colocar tudo que comi nas últimas cinco horas para fora. Meu estômago se revira e sinto minha visão ficar turva mesmo com os olhos fechados. Tudo o que podia sentir era toda a comida sendo despejada na privada e as mãos de Cole amarrando meu cabelo para trás.
— Lili- posso ouvi-lo me chamar. Ele se senta no chão logo atrás de mim, apoiando suas mãos em minhas costas
Acho que a chuva intensificou, pois agora consigo ouvir os trovões e o barulho forte da água quase anular a preocupação de Cole.
— o que você sente?- meu namorado questiona mais uma vez. Tenho quase certeza que essa pergunta foi feita no mínimo três vezes no momento em que estava impossibilitada de responder
Dou descarga e me encosto em seu peito logo atrás de mim. Não me importo no momento se estamos no chão, e Cole parece também não ligar. O enjoo ainda presente me impede de absolutamente tudo nesse momento.
— me sinto zonza.
— por que não contou que estava passando mal? Sabe que poderia descansar.
— acontece que é a primeira vez que me sinto assim- explico com os olhos fechados- eu estava bem, o mal estar veio exatamente quando entrei aqui
— quer ir ao hospital?- perguntou. Nego com a cabeça
— eu estou bem- asseguro- me ajude a levantar
Com cuidado, Cole se levanta e puxa minha mão para que eu consiga fazer o mesmo. A tontura ainda permanece, mas de forma mais leve do que há três minutos atrás. Seguro as fortes mãos que me guiavam para o sofá em seu escritório, fazendo-me sentar e descansar a cabeça no encosto
Dois, cinco, no máximo dez minutos devem ter se passado até que os sintomas tenham sumido completamente. Ainda me sentia levemente fraca. Mas a sensação é como se nada tivesse acontecido, nenhum enjoo ou náuseas. Isso me faz questionar se deveria ir ao médico
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𝐍𝐔𝐍𝐂𝐀 𝐃𝐄𝐒𝐈𝐒𝐓𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐀𝐑 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ
Romance"- Não tirem ela de mim, não arranquem o meu coração" Lili reinhart uma garota de apenas 22 anos e já com muitas dificuldades pela vida, precisa de um emprego para pagar as contas de casa e ajudar sua mãe que luta contra o câncer com o tratamento...