Novos antárticos

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Oi minha gente! Novo capítulo, espero que gostem!

⚠️atenção: Toda a parte da história relacionada a base, pesquisas e rotina dos pesquisadores da Antártida pouco tem a ver com a realidade das pesquisas na Antártida. Tudo descrito no romance tem finalidade apenas para entretenimento.

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Os pés dela tocaram na areia áspera e cheia de pedregulhos. Ela sentiu uma sensação totalmente nova tomar seu corpo. Ela não sabia nomear. O frio parecia quase insuportável agora do lado de fora, ela até poderia sentir falta do aquecedor de merda do navio, mas Raquel não poderia ligar menos isso agora. O ar entrava gelado e seco por suas narinas e a faziam ter a sensação que ardia por dentro a cada respiração. A claridade quase a cegou por um instante, e ao horário de Madrid já deveria estar anoitecendo.

Mas logo o barulho das aves migrando e das ondas leves batendo na orla chamaram sua atenção. Ela olhou pra sua frente e se deparou com o breu branco ártico. O azul e o branco se confundindo em uma linha fina no horizonte. Muito mais intensos e presentes de que quando ela olhava pela janela do navio.

O vento soprou forte e gélido em seu rosto e ela pensou que não conseguiria respirar. Mas ela viu os fios em frente ao seu rosto se encherem de pontos brancos macios. Ela os tocou e eles viraram água com o calor da luva. E então sorriu sem perceber.

O barulho de motores a sua frente a chamou atenção. Algumas motos vinham na direção dos pesquisadores. Olhando mais ao horizonte ela pode vê-la: A base comandante Martinez. A base espanhola na Antártida.

Imensa e moderna. Um imenso vermelho no meio do breu branco. Coberta de neve e estável. Ela era linda até mesmo de longe. Cintilava em vermelho-sangue e branco.

Ela voltou a olhar ao seu redor. Os pesquisadores e trabalhadores que estavam na base recepcionavam toda a nova equipe com carinho e gentileza. Ela sorriu para um deles que veio diretamente em sua direção para cumprimentá-la. O cientista a cumprimentou e demonstrou bastante admiração por conhecê-la. Em seguida, outras duas pesquisadoras a cumprimentaram igualmente felizes por conhecê-la enquanto o homem conversava com o restante de sua equipe.

Ela se sentiu bem recepcionada. Principalmente quando viu que suas meninas também se sentiam bem. Era uma chuva de sentimentos quentes que tornavam o frio do lugar bastante suportável. Raquel estava ilusionada com tudo ao seu redor. Aquela sensação de que coisas maravilhosas estavam por vir.

As meninas subiram nos snows-esquis e acomodaram suas bolsas em uma outra moto adaptada com um cargueiro. Precisaram de duas viagens para levarem a todos até os pés da base. Raquel e suas alunas foram as primeiras a chegarem na base. Ela desceu da moto e olhou para cima apenas para admirar um pouco mais da imensidão do lugar que estava prestes a entrar. Ela era muito mais brilhante que nas fotos, muito maior e mais bonita. Toda sua frente era de um vidro que se adaptava de acordo com a quantidade de luz solar, assim que, naquela hora e dada a claridade, estava bastante escura em sua vidraçaria frontal.

Um dos pesquisadores as convidou a entrarem. Assim que uma das portas isoladas hermeticamente foi aberta para que elas pudessem entrar, grunhidos de alegria puderam ser ouvidos. Os outros pesquisadores estavam todos reunidos no salão principal bem na parte de frente da base os esperando e os saudando com felicidade. Eles tinham cervejas e vinhos em mãos. Havia pizza e petiscos e alguma decoração improvisada formando uma faixa de boas-vindas.

Os trabalhadores da equipe do início de verão as abraçaram e as cumprimentaram. Eles eram quase o triplo da nova equipe de Raquel. Novamente elas receberam uma chuva de carisma e elogios por seus trabalhos para encherem um pouco mais seus egos. Todos estavam lisonjeados em conhecê-las. O grupo de Raquel não sabia lidar com tantos elogios, elas realmente não estavam acostumadas com aquilo mesmo depois de algum tempo do sucesso mundial e notoriedade acadêmica da pesquisa com a aurora.

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