2.

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Caitlyn POV

Eu já tinha tomado pelo menos uns três “sex on the beach”  antes de avistar a garota da jaula outra vez. Ela havia sido arrastada depois de duas horas dando prazer ás mulheres que estavam na fila da jaula. Uma hora tinha se passado desde que a vimos novamente.

Eu reconheci que ela provavelmente precisava e merecia um bom momento de descanso após essa longa noite, mas eu estava ficando estressada pelo tempo que eu esperei ela.

O que eu iria dizer a ela?

“Oh, oi, eu estava me perguntando se você queria sair comigo por algumas semanas e então eu posso te fazer perguntas sobre sua vida e ver o porquê de você ser tão maltratada.”

Não, definitivamente não. Eu não quero que pareça que eu estou a inferiorizando ou a chamando de louca ou desequilibrada, mas também não quero soar como algum tipo de ninfomaníaca.

Diana foi quem a viu no escuro quando ela estava caminhando graciosamente pelas mesas, dessa vez usando um traje de garçonete, com a gravata borboleta combinando com as algemas de pulso, apenas de sutiã, o que era… visualmente lindo. E aquelas calças pretas apertadas… nossa! tenho que parar de babar por essa garota, eu estou aqui por razões educacionais. Aham, Claro Cait. Parte de mim tinha que admitir que eu achei esse lugar, e todo esse mundo, fascinante e proibido.

Meu pai é o chefe de polícia na nossa cidade natal – Bellevue (Washington) – onde ele ainda vive, e ele iria me odiar por estar em um lugar como esse, sem deixar de lado o fato de convidar essa garota para ir a minha casa e ter conversas com ela. Eu nunca poderia dizer-lhe nada disso. Mas, aqui é Nova York e outro lado do mundo. Meu pai nunca iria descobrir. Portanto, agora eu tinha que tirá-lo do pensamento e fazer o que eu preciso.

—  Ela também é muito linda sem a maquiagem da personagem. – disse Diana, com uma voz sonhadora, e de quem já estava apaixonada por ela, era fácil ela se encantar logo de cara.

Ela estava no bar, rindo com a bartender dali, dando uma checada ao redor do lugar enquanto a música tocava e três outras dançarinas estavam, de mesa em mesa dançando para clientes, e elas jogavam dinheiro para cima. Essas outras garotas eram bonitas, também, mas a da jaula era, de alguma forma mais especial para mim, ela tinha algo a mais. Eu não poderia dizer com exatidão o que era, mas não conseguia tirar meus olhos dela.

Seu rosto era bem desenhado e seu cabelo era em um tom rosa meio avermelhado, seus lábios me chamavam a atenção e seu sorriso lindo também. Na verdade, minhas pernas começaram a tremer só assistindo ela andar ao redor das mesas, calmamente, agora fora da jaula e sem o seu colarinho. 

Ela pegou a bandeja grande de bebidas e se despediu da linda bartender loira, indo ao trabalho e entregando bebidas em uma mesa a cerca de cinco metros de distância da nossa. Eu queria a ouvir falando novamente, a ver interagindo com as clientes, não como uma capturada que não podia falar, mas como ela mesma.

Acho que nós três estávamos atordoadas em silêncio, pois nenhuma de nós estava falando. Apenas encarávamos, com nossos lábios inferiores atingindo a mesa, feito idiotas, a vendo servindo bebidas às mulheres mais velhas.

— Meninas! – ela gritou alegremente para as ‘meninas’ daquela mesa, que tinham pelo menos 50 anos. Eu sorri, vendo que ela já estava fazendo com que elas se sentissem como meninas de novo, no instante que as notou. Todas elas se animaram num passe de mágica, e riram como adolescentes.

— Oh, aí está ela - As vozes gritaram e ela começou a distribuir as bebidas corretas para as mulheres. — Garota vampiro! Nós AMAMOS você! Você é TÃO linda!-  os elogios eram distribuídos

Red Lines [caitvi]Onde histórias criam vida. Descubra agora