Red Lines [caitvi]

6.

Caitlyn POV

A aula havia acabado e agora estou sentada aqui na mesa do Dr. Collier, o deixando ver meu questionário e coisas que quero discutir com Violet. Viktor não está dizendo nada neste momento, ele está olhando todo o meu trabalho e eu estou contando os minutos até poder ver Violet novamente.

 Olhei para o relógio acima de sua cabeça na parede. 13:06h. Violet está seminua em algum lugar agora mesmo, numa sala cheia de mulheres assanhadas. Elas estão provavelmente apalpando o corpo dela das formas mais nojentas. Deus, eu estou com ciúmes.

 Viktor começou a fazer algumas anotações no meu caderno, e a comentar.

─ Você deveria perguntar a ela se houve algum tipo de abuso sexual em seu passado. – ele disse enquanto escrevia, ainda não olhando para mim. ─ E também, qualquer abuso de substâncias… drogas, álcool… algo que o ajude a lidar com o que faz. Ela trabalha com mulheres e homens? Existe atividade heterossexual?

 Ai Meu Deus. Eu me sinto enjoada só de ouvi-lo me pedir para perguntar essas coisas para Violet. E, eu quero saber as respostas para essas perguntas? Gostaria de ter coragem de contar a Viktor toda a história entre Violet e eu e pedir seu conselho. Apesar de que, ele provavelmente me diria pra pegar meu dinheiro de volta, pedir para que ela fosse embora e apenas estudá-la de maneira profissional.

 Minha nota estaria arruinada, sem mencionar a minha vida se Violet partisse agora.

 ─Você está bem? – Viktor fez contato visual comigo dessa vez.

 ─Sim, tudo bem.

 ─Uma outra coisa que me deixou curiosa… – limpei minha garganta. ─ Ela diz coisas como ‘eu amo seu cabelo’, ‘amo sua pele’, eu amo, eu amo, eu amo o tempo todo. Imagino que é mais provável que ela diga tudo o que as mulheres desejam ouvir, certo? Tipo, ela provavelmente não quer dizer isso quando fala essas coisas para as mulheres.

Viktor me lançou um sorriso debochado e olhou através da sala.

 ─ Provavelmente não. – ele respondeu, confirmando minhas suspeitas,

 ─ Mas, ela talvez esteja tão perdida que acredite de fato no que está dizendo, porém ela ama todo mundo. Certamente ela cresceu acostumada a usar esse discurso e a fazer essas caras que fazem com que as mulheres acreditem que ela está sendo sincera, como agora… ela não sabe o que ela ama, na realidade. Ela ama tudo isso porque ela precisa amar. Para sobreviver na vida dela, ela precisa achar toda mulher atraente, ela tem que sorrir para todas elas, deixar que elas a toquem, fazê-las acreditar que ela adora suas atenções. Você deveria perguntá-la a respeito, mas eu aposto que ela se enquadra na categoria de nem mesmo se dar conta de que está fazendo isso. – Viktor disse.

 ─ Nossa. – senti lágrimas em meus olhos e pisquei para que sumissem.

 Agora não.

 ─ Eu não sei se sou boa o bastante para ajudá-la. – admiti, abaixando o olhar para o meu caderno aberto. ─ Eu quero ajudar. Ela é uma pessoa maravilhosa, de verdade.

 ─ Você só pode fazer o básico, Caitlyn. – James me disse com sabedoria na voz. ─Você é uma aluna, mas… após ter feito o que estiver ao seu alcance, você pode recomendar alguns médicos que são brilhantes. Vou lhe dar os nomes deles. Essa Violet pode ir vê-los se ela assim escolher. Mas isso é opção dela. Ela pode não querer. Entretanto, sua tarefa não é ajudar alguém. Você não está pronta para isso, Caitlyn. Só estude o que você ver e escreva sobre isso. Não tente fazer nada,Você poderia causar mais danos do que bem. Veja, você é boa, Caitlyn, e você escolheu essa pessoa complicada para avaliar, mas eu acredito que você pode fazer isso e pode fazer certo. Só que eu também sei que você é muito afetuosa. Não se envolva demais com ela. E se algo der errado ou ela começar a agir estranho ou intimidante de alguma maneira, me ligue. Você ainda tem meu número?