Red Lines [caitvi]

14.

Caitlyn POV

Diana, Leona e eu estávamos sentadas em uma mesa diferente da semana passada. Nós éramos convidadas da própria boate agora e o nosso lugar era bem localizado e mais próximos do palco, além de bebidas de graça. As garçonetes estavam nos servindo bem, também, mas eu estava procurando para ver se Violet estava por perto.

Eu tinha contado as meninas toda a história com a Sarah e como ela tratou a Violet. Elas ficaram bastante chateadas, também, mas as reações que vieram em seguida foram ainda mais pertubadoras.

Diana tomou um gole da sua bebida e disse. ─ É uma pena, mas o que você vai fazer a respeito? Você não pode mudar isso. Lugares como esse são comandados por mafiosos e gângsters, você sabe. Então como você pode saber que Sarah não é a filha de um desses caras? É melhor você deixar isso quieto.

Em resposta aos comentários de Diana, Leona se manifestou.

─ Ela é realmente muito bonita e doce e eu sei que você gosta dela, Caitlyn… e que está tendo relações com ela….mas… ela me parece bastante…problemática. Quero dizer, sim, ela é um bom tema para o seu trabalho da faculdade, mas se eu fosse você eu diria a ela que você não quer ser envolvida em toda essa história. Esses são os problemas dela, não seus. O que eu quero dizer é, não tem como você ter um futuro com essa mulher, Cait.

Diana desviou o olhar da conversa e dançava a música que estava tocando no momento, ainda sentada em sua cadeira, procurando por dançarinas, mas nenhuma delas estavam na pista de dança ainda.

Eu ignorei a opinião delas, não querendo escutá-las… pois esses pensamentos horríveis já passaram pela minha mente outras vezes, também.  Minha cabeça me dizia para dar o fora desse ‘relacionamento’ que tenho com ela, pedi-la para ir embora, para que assim eu retornasse para a minha vida estudantil e minhas amizades.

Porém toda vez que eu fecho os olhos, eu a vejo. Toda vez que eu vejo seu rosto, eu a quero. Toda vez que nos beijamos, eu quero o seu amor. Eu quero estar na vida dela. Eu quero morrer segurando a sua mão. Eu não vejo uma prostituta, um brinquedo, ou escravq, ou até mesmo uma pessoa problemática. Eu vejo só a Violet…e eu a amo…completamente. Não existe saída para mim, eu estou presa à ela agora. Só que eu não quero ser solta.

Eu sei a realidade e os contras dessa situação. Eu sei que se nós tentássemos um relacionamento, seria doloroso e amargo e difícil. Mas, eu quero mesmo assim. Estava cansada de pensar em tudo o que teríamos que aguentar e resolver. Agora, eu quero enfrentar essas montanhas que estão no nosso caminho.

Eu queria Sarah morta.

Nada nunca fez eu me sentir mais enjoada do estômago na minha vida do que o momento em que ela mandou Violet ajoelhar na jaula como se ela fosse a cachorra dela. E a maneira como ela me olhou. Tive que adotar uma cara sem expressão ou apenas tornaria aquilo pior para Violet. Mesmo que eu tivesse amado se ela a enfrentasse ou se recusasse a obedecê-la, sabia que ela ainda não estava preparada para isso – emocionalmente, financeiramente, ou de qualquer outra forma. E ela a machucaria, talvez até na minha frente. Neste caso eu teria que enforcar a vadia.

  Em seu coração, ela ainda era a escrava dela. Era uma posição escura – o lugar dela – nas palavras de Sarah, mas como ela disse, ela era desejadabali. Ela está protegida. E talvez pertencer à ela, uma mulher fria e cruel, seja seguro para ela. Ela não tem que se preocupar com se apaixonar novamente com ela como sua parceira, e depois, há a assistência  financeira que ela parece dar a Vi.

Leona é uma fera da computação e além do mais está se formando em Contabilidade. Quem sabe, algum dia, se sequer chegássemos a esse ponto, ela poderia ser útil em verificar as transações financeiras de Sarah. Se eu tivesse algum podre dela talvez  pudesse ajudar Violet de alguma forma. Poderia ser um plano a ser executado.