Negada pela própria família e tratada como intrusa em minha casa. Depois de uma tragédia em minha vila fui a única sobrevivente, ver todos mortos em meus pés, e aquele demônio sedento por meu sangue. Vi minha vida miserável passar em um flash, achei...
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O que seria sentir algo?algo forte o suficiente para criar laços, sem abusos e sem mágoas, algo puro o suficiente para que eu me sinta eu mesma perto de alguém, alguém me aceite e me ame, alguém que possa curar minha dores e que me façasentirverdadeiramenteúnicaefeliz[...]
- Sato: Estou me sentindo muito fraca...-A mulher colocou a mão no peito e tossiu.
- Mayumi: A Sra. tem se alimentado direito nesses últimos dias?-Verifico suas pálpebras em busca de sinais de anemia.
- Sato: Faz uma semana que não consigo descansar direito, quando a noite chegava, tinha medo de fechar os olhos e aquele oni aparecesse e atacasse minha filha e meu marido...
- Mayumi: Entendo...Vou preparar uma chá para aumentar sua imunidade, depois peço que se alimente e descanse bastante.
Saindo do quarto deixo Sr.Torime e a Sra.Sato a sós, pedindo para que ele troque a toalha em sua testa sempre que a água fique em temperatura ambiente.
Indo para o jardim procuro plantas medicinais a minha volta, andando um pouco e sempre verificando as folhas das árvores do jardim. Escondido e sozinho debaixo de uma grande folha vejo um vaga-lume iluminando a noite fria e pacata, assim que levanto a folha para verificar ele sai voando em direção a uma árvore sozinha e distante, em meio à escuridão aquele pequeno ponto de luz brilhante se destacava em meio às árvores com seu verde apagado devido a bruma da lua e a escuridão.
Sem ao menos perceber vou seguindo o vaga-lume, encantada com seu brilho, ele vai voando calmamente e pousa em uma árvore com folhas médias e pontudas. Reconhecendo aquela folha, retiro uma faca de tamanho médio e bastante afiada do coldre em minha perna, vou em direção ao tronco da árvore e uso a faca para cortar fatias da madeira da Árvore de Freixo[Fraxinus excelsior] para preparar o chá para abaixar a febre da Sra.Sato.
Pegando as fatias e parte da casca da árvore, me levanto e guardo a faca novamente em meu coldre que sempre fica em minha perna.
- Mayumi: Obrigada pela ajuda, amigo. - Me viro sorrindo, e vou em direção a casa novamente.
Adentro a cozinha e pego madeira para acender o fogo, coloco a água para ferver e me viro para a mesa, retirando partes da madeira podre, e algumas sujeiras. Perdida em meus pensamentos mais profundos acabo não percebendo os minutos passando, e logo a água estava fervida. Coloco as cascas dentro do jarro com água fervida, e fico observando-a mudar de cor e a seiva da árvore tomar conta da água com seus nutrientes.
Com o chá preparado levo a jarra e um copo para os aposentos da família Sato. Adentro o cômodo e vejo que a mulher havia adormecido e seu marido ainda estava trocando continuamente a toalha em sua testa. Coloco a bandeija com o chá medicinal ao lado da Sra.Sato adormecida, e chego perto de seu rosto para medir sua temperatura.
